O índice de dividendos (Idiv) da B3 terminou janeiro com queda de 3,5%, aos 8.755 pontos, após dois meses seguidos de ganhos. No mesmo intervalo, o Ibovespa recuou 4,9%.
De olho na safra de balanços do quarto trimestre de 2023, os especialistas fizeram poucas alterações nas carteiras recomendadas de dividendos para fevereiro – o que resultou na saída de CPFL Energia (CPFE3) do rol de destaques, em comparação ao mês passado.
Um Vale (VALE3) aparece mais uma vez no topo do pódio, com sete indicações, seguida de Banco do Brasil (BBAS3), com seis. BB Seguridade (BBSE3), que anunciou R$ 2,5 bilhões em dividendos nesta segunda-feira (5), e Petrobras (PETR4) figuram em terceiro, empatadas com cinco escolhas. O bloco seguinte traz Engie (EGIE3), Itaú Unibanco (ITUB4) e Telefônica Brasil (VIVT3), todas com quatro apontamentos.
Confira as análises sobre cada papel:
Todo início de mês, o InfoMoney traz um levantamento das carteiras de ações recomendadas por dez corretoras para quem tem foco em dividendos, apontando os cinco papéis preferidos dos analistas. O número pode ser maior, se houver empate, como ocorreu agora. Confira a seguir as análises das sete companhias mais indicadas para fevereiro:
Empresa | Relógio | Nº de recomendações | Dividend Yield em 12 meses (%) | Retorno em janeiro (%) | Retorno em 12 meses (%) |
Vale | VALE3 | 7 | 6,43 | -12,23 | -22,19 |
Banco do Brasil | BBAS3 | 6 | 11,23 | 1,91 | 53,21 |
BB Seguridade | BBSE3 | 5 | 9,20 | 1,78 | 0,51 |
Petrobrás | PETR4 | 5 | 27,80 | 8,62 | 100,11 |
Engenheiro | EGIE3 | 4 | 7,37 | -10,48 | 10,45 |
Itaú Unibanco | ITUB4 | 4 | 4,96 | -3,45 | 35,51 |
Telefônica Brasil | VIVT3 | 4 | 4,92 | -3,89 | 28,76 |
Vale (VALE3)
A empresa segue como a mais lembrada entre os papéis de dividendos, com sete escolhas. “Antecipamos um ambiente operacional melhor para a Vale em 2024, com os mercados de minério de ferro caminhando para mais um ano de déficits e contínuas revisões positivas de lucros”, diz o BTG.
Nas contas do banco, os preços do minério de ferro devem ficar, em média, em US$ 120 a tonelada neste ano, sendo possível haver mais revisões positivas nos próximos meses.
Banco do Brasil (BBAS3)
A instituição permanece em segundo lugar no ranking, com seis indicações. Em relatório, a XP afirma que o setor financeiro segue bem posicionado em relação aos demais, em função da resiliência e do momento favorável dos resultados.
“Levando isso em consideração, reafirmamos nossa visão positiva em relação ao nome (BB), devido ao perfil defensivo de sua carteira, com baixas taxas de inadimplência e a maior taxa de cobertura do setor.”
BB Seguridade (BBSE3)
A companhia ocupa a terceira colocação geral, com cinco apontamentos, empatada com a Petrobras (PETR4). “Possuíamos BB Seguridade na carteira dividendos para estarmos posicionados em uma ação defensiva, geradora de caixa para o acionista e que usualmente reporta um payout (fatia do lucro distribuída aos investidores) próximo ou acima de 90%”, diz a Ativa Investimentos.
Petrobras (PETR4)
A petrolífera também registra cinco recomendações no mês. Segundo o BTG, levando em conta os dividendos regulares e extraordinários, a Petrobras tem potencial para distribuir US$ 19,4 bilhões em 2024 (ano calendário), equivalente a um yield (retorno) estimado de 18%.
“Reconhecemos que não é óbvio que a companhia distribuirá todo o potencial extraordinário, mas permanecemos confiantes de que há espaço para remuneração em caixa que exceda sua política de distribuição (45% do fluxo de caixa menos capex).”
Engie (EGIE3)
A companhia, maior produtora privada de energia elétrica do país, abre o bloco das ações de dividendos com quatro indicações em fevereiro. Segundo a Ágora, a participação no segmento de transporte de gás, além da exposição ao negócio de transmissão de energia, contribui para a previsibilidade nos resultados e manutenção de dividendos atrativos. A instituição prevê um retorno com proventos na casa de 7% neste ano.
Itaú Unibanco (ITUB4)
O banco figura em quatro carteiras neste mês. Na avaliação do BTG, o Itaú conseguiu navegar em um ciclo de aumentos relevantes na inadimplência de cartões de crédito/empréstimos sem garantia, ao mesmo tempo em que seguiu expandindo seus empréstimos e receitas de prestação de serviço – sem afetar significativamente os resultados. Com isso, reúne o status de banco premium com um valuation atraente e exposição a uma carteira mais defensiva.
Telefônica Brasil (VIVT3)
A dona da marca Vivo também registra quatro citações e fecha a lista de destaques. Para a Ágora, as empresas de telecom permanecem com tendências operacionais positivas, que provavelmente resultarão em uma boa geração de caixa – elevando o potencial de retorno aos acionistas. A corretora estima um retorno com dividendos da Telefônica Brasil de 6,4% em 2024, “oferecendo assim uma boa proteção para os investidores”.
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