O que fazer em caso de intestino solto? Saiba como resolver o problema O funcionamento intestinal diz muito sobre o estado de nosso organismo, sabia? A frequência de evacuação é um bom indicador de saúde, já que desarranjos normalmente são sintomas de doenças gástricas, má alimentação e até problemas emocionais. A prisão de ventre, por exemplo, é sempre motivo de atenção. Mas sabia que o intestino solto é igualmente preocupante? Isso pode indicar intolerância a algum alimento, infecções, disfunções no sistema excretor e maus hábitos alimentares.
O que caracteriza o intestino solto?
Em primeiro lugar, é preciso definir o que significa estar com o intestino solto. Como você deve saber, a frequência de evacuação normal é de 3 vezes ao dia até 3 vezes na semana, sendo natural que cada indivíduo tenha seu ritmo.
Uma pessoa que vai ao banheiro a cada 2 dias, por exemplo, não necessariamente tem qualquer problema: ela só tem um intestino mais “preguiçoso”. Agora, evacuar mais de 3 vezes ao dia é sinal de alerta.
Mais importante ainda do que ficar de olho na frequência da evacuação é observar a aparência das fezes. O ideal é que elas tenham uma forma alongada e uma consistência pastosa, lisa ou com pequenas fissuras na superfície.
Já quando se tornam mais líquidas e com bordas mal definidas, provavelmente seu intestino está um pouco solto. Além disso, a dificuldade de controlar a evacuação também demonstra desarranjos intestinais.
Quais são as principais causas?
O aumento no número de evacuações e o amolecimento das fezes podem ocorrer por muitos motivos. Veja só alguns dos principais!
Intolerância alimentar A intolerância a alguns grupos alimentares é uma das principais causas do intestino solto. Quando o corpo não consegue digerir bem a lactose ou o glúten, por exemplo, há uma reação alérgica que pode inflamar o intestino, levando ao aumento na frequência de evacuações.
Infecções Infecções por bactérias, vírus e parasitas também motivam o desarranjo intestinal. Em geral, esse quadro vem acompanhado de outros sintomas, como febre, dor abdominal e náuseas. Já quando se trata de parasitoses, o problema pode vir acompanhado de coceira no ânus.
Síndrome do intestino irritável A síndrome do intestino irritável é caracterizada por uma anomalia nos movimentos de relaxamento e contração dos músculos do cólon e de outras partes do tubo digestivo. Ela leva o intestino a ficar descoordenado, o que pode modificar o ritmo de evacuações, além de causar cólicas, inchaço abdominal e muco nas fezes.
Síndrome do intestino solto Já a síndrome do intestino solto ocorre quando o intestino se torna muito poroso. Assim, há uma deficiência na proteção natural contra toxinas, que passam a “vazar” para o organismo. Além do desarranjo intestinal, o problema leva a sintomas muito variados, como dores de cabeça e nas articulações, acne, fadiga crônica e inflamação generalizada.
Problemas emocionais Os problemas emocionais têm tudo a ver com o intestino solto! Isso porque há um nervo na região — o nervo vago — que tem ligação com o hipotálamo, a área do cérebro que controla os impulsos relacionados às emoções. Com isso, os movimentos intestinais podem ser desencadeados por respostas emocionais, como o estresse e a ansiedade.
Dieta rica em gorduras e industrializados O consumo excessivo de gordura é um dos grandes culpados pela evacuação frequente. Ainda, pode deixar as fezes mais pastosas do que o normal. Os alimentos industrializados podem causar o mesmo efeito, já que são repletos de substâncias que irritam o intestino, como corantes, conservantes e aromatizantes.
Efeitos colaterais de substâncias Por fim, o intestino pode ficar mais solto devido aos efeitos colaterais de algumas substâncias e medicamentos. Antibióticos, alguns remédios para o tratamento de doenças cardíacas e câncer e altas doses de vitamina C são capazes de causar um desarranjo intestinal.
Quais alimentos ajudam a melhorar os sintomas?
Não é segredo para ninguém que a alimentação saudável é uma grande aliada. Se a frequência das evacuações aumentar, vale a pena tentar controlar o problema por meio da dieta, já que alguns alimentos ajudam a regular o funcionamento do intestino.
Para tanto, aposte naqueles que têm função anti-inflamatória ou que causam o efeito aglutinador, deixando as fezes mais firmes. São exemplos:
- Banana verde;
- Batata;
- Cenoura;
- Maçã sem casca;
- Pera cozida;
- Arroz;
- Pães de farinha branca;
- Carnes brancas.
Até regularizar a situação, é bom evitar alimentos que soltam o intestino, como verduras, grãos (aveia, milho e lentilha, por exemplo), oleaginosas e frutas com bagaço e casca, além do mamão e da ameixa, muito conhecidos por seu efeito laxativo. As sementes como chia, gergelim e linhaça também devem ficar de fora do cardápio.
Quando procurar um médico?
Caso a frequência de evacuações não volte ao normal dentro de alguns dias ou o problema se torne muito preocupante, não deixe de consultar um médico. Afinal, o desarranjo intestinal pode ser sintoma de doenças que exigem tratamento rápido ou investigação mais profunda.
E se as dores de barriga estão relacionadas a questões emocionais, não ignore os sinais do seu corpo, viu? Isso indica que você está passando por emoções que causam malefícios à sua saúde mental e que podem levar a um quadro de depressão, entre outros problemas.
Além disso, você deve procurar um especialista — o coloproctologista — sempre que notar sintomas mais graves, independentemente da frequência de evacuações. São eles:
- Sangramento
- durante a evacuação ou sangue nas fezes;
- Dores anais;
- Cólicas abdominais frequentes;
- Caroços na região anal;
- Secreção e coceira no ânus;
- Diarreia persistente;
- Incontinência fecal;
- Constipação intestinal frequente.
Tirando essas situações, adultos com mais de 50 anos — ou a partir de 40 anos quando há histórico de câncer de próstata, intestino, reto e cólon na família — devem consultar o coloproctologista regularmente para fins preventivos e a realização de exames de rotina. A frequência ideal é de uma vez ao ano.
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