O recordista mundial da maratona Kelvin Kiptum, 24, e seu treinador Gervais Hakizimana morreram em um acidente de carro no oeste do Quênia que também deixou um terceiro passageiro ferido, informou a polícia local neste domingo (11).
As autoridades indicaram que o veículo transportava três pessoas e duas morreram no local do acidente, enquanto a terceira foi levada ao hospital. “Os dois [falecidos] são Kiptum e o seu treinador”, disse Peter Mulinge, comandante da polícia do condado de Elegeyo Marakwet, no oeste do Quénia.
“Era Kiptum quem dirigia em direção a Eldoret quando perdeu o controle (…) matando dois ocupantes no local. Uma passageira ficou ferida e foi levada às pressas para o hospital”, acrescentou Mulinge.
Kiptum, que estabeleceu o recorde mundial (2 horas e 35 segundos) na Maratona de Chicago em outubro passado, estava em fase de preparação para os Jogos Olímpicos de Paris.
Essa marca de Kiptum foi a terceira vez que foi estabelecido como recorde mundial masculino em Chicago, e a primeira desde 1999, quando o marroquino Khalid Khannouchi o fez.
Sebastian Coe, presidente da World Athletics, disse que ficou “chocado e triste ao saber desta perda devastadora”.
“Em nome da World Athletics, enviamos as nossas mais sinceras condolências às suas famílias, amigos, colegas e ao Quénia”, disse Coe num comunicado.
“Um atleta incrível deixa um legado incrível, sua falta será muito sentida.”
A World Athletics indicou que desde outubro passado não voltava a competir, mas que iria participar na maratona de Roterdão em abril, onde esperava tornar-se o primeiro homem a ultrapassar a marca das duas horas naquela competição.
O técnico Hakizimana, natural de Ruanda, foi um corredor que treinou durante anos no Quênia, onde conheceu Kiptum na cidade de Chepkorio.
A morte prematura de Kiptum lembra a de outro grande maratonista queniano, Samuel Wanjiru, que também perdeu a vida aos 24 anos.
Wanjiru, campeão olímpico em 2008 em Pequim, morreu em 2011 após cair de uma varanda.
O recorde mundial anterior de distância máxima era detido pelo compatriota queniano Eliud Kipchoge, com 34 segundos a mais que Kiptum.