Você pagaria para conversar com a Alexa? Pois saiba que essa possibilidade não está muito distante. Há sinais de que a assistente de voz da Amazon está sendo atualizada com tecnologia de inteligência artificial (IA) generativa. Isso significa que ele poderá ficar bem mais “esperta”. Mas isso terá um custo.
Muita gente já utiliza a Alexa a partir da linha Amazon Echo ou por meio de dispositivos de outros fabricantes que são compatíveis com a assistente. Os usos vão desde dar comandos de voz para a Alexa informar a previsão do tempo até controlar funções de casa, como a iluminação ou a temperatura do ambiente.
Alexa mais esperta
Mas as possibilidades de uso da Alexa podem ser ampliadas ainda em 2024. De acordo com a CNBCa Amazon está preparando uma versão da assistente capaz de gerar respostas ou resultados mais relevantes para o usuário. Ou seja, a assistente pode ficar mais conversativa.
Se a capacidade de interação da Alexa for significativamente aprimorada, a tendência é a de que os usuários utilizem a assistente com mais frequência. O problema é que a IA generativa exige muita capacidade de processamento. Um modelo de assinatura seria então uma forma de a Amazon compensar os custos com isso.
Não é uma ideia recente. Rumores sobre a Amazon cobrando pelo uso da Alexa surgiram em setembro de 2023. Na ocasião, Dave Limp, vice-presidente sênior da divisão de dispositivos da Amazon, levantou a possibilidade de a Alexa se tornar um serviço de assinatura em troca de recursos mais avançados.
Alexa ficando para trás
A Amazon tem alguns desafios pela frente se quiser levar a ideia adiante. Para começar, é preciso que assinatura mensal tenho preço razoável. Uma das fontes da CNBC disse que a Amazon considera um preço de US$ 20 por mês, mas que o valor ainda estaria em discussão.
Além disso, é preciso que a IA generativa incremente de modo expressivo as capacidades da Alexa, do contrário, os usuários não verão sentido em pagar para ter acesso a ela. No ano passado, o próprio Dave Limp reconheceu que a assinatura depende de a “Alexa se tornar extraordinária”.
No meio de tudo isso, a Amazon deve considerar manter uma versão “básica” da Alexa, sem custos adicionais para o usuário, de modo que dispositivos atuais compatíveis com a assistente não percam a utilidade.
Mas que fique claro: nada disso foi confirmado ainda. A CNBC até procurou a Amazon, mas a companhia preferiu não comentar o assunto.
O que é certo é que a Amazon precisa mesmo dar uma atenção maior à Alexa. Ou apostar em uma nova tecnologia de inteligência artificial. Isso porque, diante do avanço agressivo de ferramentas como Google Gemini e ChatGPT, a assistente da Amazon ficou parecendo coisa do passado.