Resumo
- A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) inicia hoje consulta pública para a implementação do 6G no Brasil. O prazo se encerra em 7 de agosto.
- Sociedade, empresas, institutos de pesquisa e consultores podem enviar manifestações.
- A faixa entre 5.925 MHz e 7.125 MHz deverá ser destinada à nova tecnologia.
- Países como China, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos e Austrália também estão em testes para o 6G.
A Agência Nacional de Telecomunicações abre hoje consulta pública para tomada de subsídios para a estruturação da rede móvel sucessora do 5G. Em outras palavras, a agência reguladora inicia os trabalhos para implementação do 6G no Brasil.
Nós do Tecnoblog conseguimos visualizar o documento em primeira mão. Dentre os detalhes mais interessantes, chama atenção a destinação da faixa entre 5.925 MHz a 7.125 MHz para a futura tecnologia de telecomunicações.
Pessoas da sociedade em geral e principalmente representantes de empresas do setor, institutos de pesquisa e consultores independentes poderão enviar manifestações sobre o tema. Nesta fase inicial, a Anatel irá desenhar os requisitos técnicos para a conformidade dos equipamentos de radiocomunicação de radiação restrita.
O processo iniciado pela Gerência de Certificação e Numeração não chega a mencionar o termo “6G”, mas fala em redes superiores ao 5G num prazo de até três anos. Ele se inicia hoje e tem prazo de 70 dias para ser concluído (portanto, em 7 de agosto).
Este é o primeiro de muitos passos em torno do projeto de 6G no país. Países como China, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos e Austrália, além da União Europeia, também atuam em testes para a futura tecnologia. A Casa Branca e aliados defendem a conectividade “aberta, livre, global, interoperável, confiável, resiliente e segura”.
Organizações setoriais como a União Internacional de Telecomunicações (ITU) e o 3GPP participam do desenvolvimento de padrões técnicos para o 6G.
Enquanto isso, a Anatel avança na liberação da lista de cidades aptas a receber o sinal 5G: são 530 até agora. A TIM lidera as entregas relacionadas à conexão (186), bem à frente de Claro e Vivo (ambas com 62). Um estudo recente mostrou que a rede é veloz, com média de 360 Mb/s, mas só está disponível em 10% do tempo.