Bill Walton, a gregária estrela da NBA que se tornou comentarista da ESPN e era conhecido como um fã dedicado do Grateful Dead, morreu após lutar contra o câncer, confirmou a NBA na segunda-feira. Ele tinha 71 anos.
Uma figura imponente que media 1,80 metro, Walton jogou por três times da NBA e ganhou dois campeonatos durante seus 13 anos na liga, que terminou em 1987, após inúmeras lesões. Ele era um superastro universitário na UCLA e foi incluído no Hall da Fama da NBA em 1993.
“Bill Walton era realmente único. Como jogador do Hall of Fame, ele redefiniu a posição central. Suas habilidades versáteis únicas fizeram dele uma força dominante na UCLA e o levaram a ser MVP da temporada regular e das finais da NBA, dois campeonatos da NBA e uma vaga nas equipes do 50º e 75º aniversário da NBA”, disse o comissário da NBA, Adam Silver, em um comunicado.
“Bill então traduziu seu entusiasmo contagiante e amor pelo jogo para a transmissão, onde fez comentários perspicazes e coloridos que entretiveram gerações de fãs de basquete. Mas o que mais me lembrarei dele foi seu entusiasmo pela vida. Ele era uma presença regular nos eventos da liga – sempre otimista, sorrindo de orelha a orelha e procurando compartilhar sua sabedoria e cordialidade. Eu valorizava nossa amizade íntima, invejava sua energia ilimitada e admirava o tempo que ele dedicava a cada pessoa que encontrava”, disse Silver.
Walton se juntou à lista de comentaristas da ESPN em 2002, cobrindo jogos da NBA e de basquete universitário. Antes da ESPN, Walton também cobriu NBA e jogos universitários para ABC e NBC. Ele foi nomeado um dos 50 maiores locutores esportivos de todos os tempos em 2009 pela American Sportscasters Assn.
O chefe da ESPN, Jimmy Pitaro, saudou Walton como uma “personalidade singular” cujo entusiasmo se traduziu na tela para os fãs.
“Bill Walton era um jogador lendário e uma personalidade singular que realmente apreciou cada experiência ao longo da jornada de sua vida extraordinária”, disse Pitaro em comunicado. “Bill frequentemente se descrevia como ‘o cara mais sortudo do mundo’, mas qualquer um que tivesse a oportunidade de interagir com Bill era o sortudo. Ele era uma pessoa verdadeiramente especial e generosa, que sempre reservava tempo para os outros. O espírito único de Bill cativou e inspirou o público durante sua segunda carreira como locutor de sucesso.”
Em 2023, a vida de Walton foi celebrada com o documentário “O cara mais sortudo do mundo”, que foi ao ar como parte da série “30 for 30” da ESPN.
Nascido em San Diego, Walton começou sua carreira profissional no Portland Trailblazers como a escolha número 1 do draft da NBA em 1974. Ele seguiu para o então San Diego Clippers em 1979 e mudou-se com o time para Los Angeles em 1984. Ele encerrou sua carreira na NBA com duas temporadas no Boston Celtics de 1985-87. Ele ganhou seus anéis com o Celtics em 1986 e com o Trailblazers em 1977. Ele foi eleito o MVP da liga em 1978 e o MVP das finais da NBA em 1977.
Durante seus dias na UCLA, sob a tutela do lendário técnico da universidade, John Wooden, Walton foi eleito o jogador universitário nacional do ano três vezes e suas equipes conquistaram o campeonato masculino da NCAA duas vezes.
Em meados da década de 1980, enquanto o Grateful Dead desfrutava de um ressurgimento de carreira, o fandom de longa data de Walton pela banda tornou-se conhecido – sendo tão alto que era difícil não vê-lo em seus shows – e celebrado.
“É semelhante porque requer, antes de tudo, uma tremenda disciplina”, disse Walton, comparando tocar em uma banda a tocar em um time, em uma entrevista sem data para a TV na década de 1980.
Os sobreviventes de Walton incluem sua esposa Lori e quatro filhos: Adam, Nate, Luke e Chris. Luke Walton seguiu seu pai na NBA como jogador e agora é assistente técnico do Cleveland Cavaliers. Adam Walton é treinador assistente de basquete no San Diego Mesa College.
