“Diversão sim; álcool e direção, não”. Esse é o lema da campanha educativa realizada na manhã desta terça-feira (6), pelos agentes do Departamento de Trânsito de Brasília, em Taguatinga. Durante a ação, materiais educativos foram entregues à população, reforçando a conscientização dos motoristas para não misturar álcool e direção neste período pré-carnavalesco.
Os carros que passavam na Avenida Elmo Serejo, em frente à Chácara Onoyama, foram redirecionados para a blitz educativa, que passará pelas principais vias do Distrito Federal com os mascotes do Detran, repentistas e agentes educadores.
Na quarta-feira (7), a campanha percorrerá o Eixo Monumental, das 10h às 11h30, próximo à Funarte. Já na quinta (8) e na sexta-feira (9), das 9h às 13h, o Bloco da Educação estará na Quadra Central 1 de Santa Maria, ao lado da administração regional da cidade.
Conscientização
De acordo com o chefe do Núcleo de Campanhas Educativas do Detran, Miguel Videl, a iniciativa para trazer orientação e conscientização no trânsito para o folião é realizada todos os anos nesse período festivo. “Carnaval está vindo aí, as pessoas podem se divertir, mas têm que se divertir com responsabilidade”, ressalta. “Durante o ano inteiro a gente trabalha a responsabilidade no trânsito; vamos completar 16 anos da lei seca, uma lei que veio para salvar muitas vidas desde 2008”.
Esse trabalho será feito ao longo de todo o Carnaval, com ações também nos blocos infantis e adultos do Distrito Federal. Nas tendas do Detran, estarão disponíveis cinco mil pulseiras de identificação para crianças, para facilitar o reencontro com os responsáveis caso os pequenos se percam.
Prevenção é o melhor caminho
Recém-habilitado, o estudante Marco Antônio Sousa, 20, foi um dos abordados pelos agentes do Detran na blitz educativa. “Achei interessante essa iniciativa preventiva”, disse. “Acho que, quando a pessoa está se divertindo, ela esquece um pouco, e aí, o governo fazendo essa prevenção, a pessoa pode ser que se lembre, (a campanha) dá aquele toque que é importante reforçar”.
Também parada na fila de carros, a dona de casa Ione Pereira Botelho, 55, reforçou os perigos que o álcool pode trazer associado ao volante, como a perda de reflexos: “Às vezes a pessoa acha que está de boa ali, mas não está; querendo ou não, o álcool acaba fazendo um efeito. E há o risco de o próprio motorista ou pessoas que não têm nada a ver com aquilo sofrerem ferimentos graves e até a morte. Então, vamos dirigir conscientes”.
Educação, sempre
A bióloga Daniela Franco, 24, planeja brincar o Carnaval esse ano, e escolheu utilizar o metrô como meio de transporte. “Tem outras estratégias, né? A gente não precisa dirigir alcoolizado”, pontuou. Ela comentou, ainda, que a ação traz uma proximidade maior entre o órgão público e o condutor: “Eu achei bem bacana para mostrar que não é só multa e algo ruim, mas também educação”.
Já o fisioterapeuta Cícero Arrais, 41, falou sobre os repentistas que participaram da ação e também atentou para as outras estratégias, como chamar um Uber ou o amigo da vez. “Ver um repentista logo de manhã cedo é muito bom, até porque eu sou nordestino”, comentou. “Eu acho que a memória do brasileiro é meio curta, então é bom a gente ter o Detran trabalhando com relação à educação do trânsito, porque nesta época de Carnaval muitos jovens acabam bebendo um pouco mais, e a gente tem que dirigir pela gente e pelos outros também”.
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