“Agonia sem fim”. É assim que Cristiane Kroessin, filha de Reinaldo Kroessin, define a vida da família desde que o idoso de 74 anos desapareceu em 2 de julho. Ele estava internado no Hospital Hans Dieter Schmidt, em Joinville, quando fugiu. Desde então, o idoso, que era ativo e saudável, não foi mais visto.
Nesta quinta-feira (29), quase dois meses após o desaparecimento de Reinaldo, as forças de segurança voltaram a fazer buscas na área de mata para onde o idoso teria ido após sair do hospital. O local já havia sido alvo de buscas logo após o desaparecimento.
“Para que a gente possa dar uma resposta à família, decidimos chamar o pessoal do Exército, uma equipe especializada; os Bombeiros Voluntários, que desde o primeiro momento estão colaborando; o Grupo de Resgate em Montanha e a Defesa Civil. Quase 40 pessoas estão nas buscas e esperamos concluir com êxito e fazer uma varredura detalhada e minuciosa”, disse o delegado Fábio Fortes.
Jairo Machado, coordenador de equipe do Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinvilleexplica que as características do local tornam a busca por pistas sobre o idoso mais difícil.
“A maior dificuldade é que nessa montanha existem muitas trilhas e muitas pessoas andam por aqui. Isso atrapalha porque a gente não consegue achar rastros ou vestígios de pessoas perdidas”, explica o bombeiro. “Esse trabalho com 40 pessoas permite uma busca mais minuciosa para alcançar o maior espaço possível”, complementa.
Após horas de busca, não houve novos indícios do paradeiro do Reinaldo, segundo o delegado Fábio Fortes. Nesta sexta-feira (30), novas buscas devem ser feitas no local.
“Agonia sem fim”: idoso está desaparecido há quase dois meses
A família acompanhou a nova busca por notícias do idoso. “É triste, uma agonia sem fim. A gente não sabe o que aconteceu, não tem notícia nenhuma e não sabe o que esperar”, fala Cristiane, filha de Reinaldo.
Ela destaca que o pai é saudável e ativo. “Ele sempre foi muito saudável, com uma vida completamente ativa. Ele trabalha, faz as coisas dele, dirige, passeia, anda por tudo”, destaca.
Desde o desaparecimento de Reinaldo, a vida da família não é a mesma. “A gente não consegue dormir, comer, trabalhar, descansar. A vida gira em torno de querer notícias”, desabafa a filha.
Idoso estava internado em hospital antes de desaparecer
Reinaldo estava internado no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt quando fugiu no dia 2 de julho. De acordo com a família, a equipe do hospital informou que o idoso estava agitado e que deram medicação para que ele se acalmasse. Além disso, teria sido necessário amarrá-lo. Ainda assim, o idoso fugiu do local.
Em nota divulgada à época, a direção do hospital informou que “o paciente evadiu-se da ala A, próximo da meia-noite, após apresentar agitação e confusão. Ele foi visto pela última vez trajando calça azul clara e jaqueta cinza, no corredor de serviços”.
*Com informações de Juno César, da NDTV.