(Reuters) – O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a indicar nesta quinta-feira, durante entrevista coletiva, que eventual piora da área fiscal do governo não pressupõe uma reação mecânica da política monetária.
Segundo ele, se o fiscal “for um pouquinho pior”, mas o governo seguir realizando reformas econômicas, com o entendimento do mercado, esta piora não seria “tão relevante”.
O governo Lula persegue a meta de resultado primário zero em 2024, mas economistas afirmam que o objetivo é difícil de ser alcançado, porque depende da geração de mais receitas. Campos Neto, por sua vez, tem defendido que o governo deve seguir perseguindo a meta.
Durante a coletiva de imprensa, o presidente do BC também reforçou que a sinalização sobre novos cortes de 0,50 ponto percentual da taxa básica Selic nas “próximas reuniões”, dada nos documentos recentes da autarquia, refere-se aos próximos dois encontros do Comitê de Política Monetária (Copom), em janeiro e março.
“Neste momento entendemos que a linguagem do Copom não é amarrada. Entendemos que ‘próximas duas reuniões’ é compatível com as incertezas”, disse Campos Neto, ao ser questionado se a comunicação do BC não estaria engessada por indicar cortes de 0,50 ponto percentual da Selic, sem deixar muita margem para uma aceleração do processo.
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