Nova subvariante COVID

Um estudo inovador da Universidade de Alberta apresenta uma nova classe de medicamentos que melhoram a resposta imunitária do organismo contra vírus, mostrando um potencial significativo no tratamento e prevenção de futuros surtos virais, aumentando a produção de interferão.

Segundo o pesquisador principal, “precisamos desses medicamentos para prevenir ou tratar futuros surtos virais”.

Uma equipe de pesquisa da Universidade de Alberta descobriu uma nova classe de medicamentos com potencial para prevenir ou tratar infecções em um futuro surto viral.

No artigo, publicado na revista Naturezaa equipe relata que SARS-CoV-2 – o vírus Que causa COVID 19 — ativa uma via nas células que interrompe a produção de peroxissomos e interferon, partes essenciais da resposta imunológica normal. A equipe testou com sucesso uma nova classe de medicamentos antivirais que estimulam a produção de interferon para reverter esse efeito.

Tom Hobman, autor principal e professor de biologia celular na Faculdade de Medicina e Odontologia, explica que o interferon impede que as células infectadas produzam mais vírus, desligando a célula infectada, o que muitas vezes resulta em morte celular, e então atua nas células circundantes para prevenir eles sejam infectados.

O artigo se baseia na experiência de sua equipe pesquisa anterior que mostrou como o HIV evoluiu para ativar a via de sinalização Wnt/β-catenina nas células como uma forma de impedir o corpo de produzir peroxissomos, que desencadeiam a produção de interferon. Os pesquisadores pensaram que o SARS-CoV-2, outro ARN vírus, agiria de maneira semelhante para neutralizar a resposta antiviral do corpo.

Resultados promissores de testes de drogas

Para o estudo, a equipe testou 40 medicamentos existentes que têm como alvo a via de sinalização Wnt/β-catenina. A maioria foi originalmente desenvolvida e testada para o tratamento do câncer, que muitas vezes responde ao aumento da produção de interferon. Três dos medicamentos reduziram significativamente a quantidade de vírus encontrada nos pulmões, e um dos medicamentos também foi eficaz na redução da inflamação e de outros sintomas clínicos em ratos.

“Observámos, em alguns casos, uma redução de 10.000 vezes na quantidade de vírus produzido num tubo de ensaio e, quando entrámos num modelo de ratinho, os medicamentos impediram a perda severa de peso e os ratos recuperaram muito mais rapidamente”, disse Hobman.

Durante um surto viral, as pessoas que possam ter sido expostas ou que já tenham desenvolvido sintomas precoces fariam um tratamento de quatro ou cinco dias para aumentar os seus níveis de peroxissoma e limitar a gravidade e a propagação da doença.

“A beleza desta abordagem é que, na ausência de infecção viral, não há produção de interferon”, diz Hobman. “Vemos que estes medicamentos servem potencialmente como medicamentos de primeira linha contra vírus emergentes”.

Referência: “A via Wnt/β-catenina é importante para a replicação do SARS-CoV-2 e outros vírus RNA patogênicos” por Zaikun Xu, Mohamed Elaish, Cheung Pang Wong, Bardes B. Hassan, Joaquin Lopez-Orozco, Alberto Felix- Lopez, Natacha S. Ogando, Les Nagata, Lara K. Mahal, Anil Kumar, Joyce A. Wilson, Ryan Noyce, Irv Mayers, Christopher Power, David Evans e Tom C. Hobman, 21 de fevereiro, Vírus npj.
DOI: 10.1038/s44298-024-00018-4



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