Muita gente se arrepiou quando, na abertura do carnaval de Recife deste ano, Chico Sience subiu ao palco para cantar “A praieira”, um de seus sucessos com a Nação Zumbi. Obviamente, não era Chico quem estava lá. Mas sim um holograma do artista que morreu em 1997, ao 30 anos.
- Super Bowl 2024: Saiba quais são as atrações deste ano, horários e como assistir
- Luto na música: Maestro japonês Seiji Ozawa morre aos 88 anos
No Twitter, o repórter de cultura do Jornal do Commercio, Emannuel Bento, explicou o feito.
“Com uso de inteligência artificial, voz do cantor foi reconstruída através de arquivos de áudio. O vídeo foi captado por um ator, mas o rosto também foi construído a partir de fotos de arquivo. Inciativa abriu o show ‘Recife cidade do mangue’, com Louise, filha de Chico, e participação de Céu, Isadora Melo, Ylana, Jorge du Peixe, Maciel Salu, Toca Ogan e Nailson Vieira”, escreveu Bento no post.
Veja um trecho da “apresentação” de Chico Science via holograma:
Nascido em Olinda, Francisco de Assis França — o Chico Science — foi um dos principais nomes de movimento de contracultura que surgiu nos anos 1990, em Recife, e que viria a ficar conhecido conhecido como mangue beat.
Com a Nação Zumbi, Chico gravou dois discos: “Da lama ao caos” e “Afrociberdelia”. Com referências que vão de Mestre Salustiano a Jorge Ben Jor, criou uma obra genuína, única, admirada e respeitada por muitos de seus contemporâneos, como Cássia Eller, Arnaldo Antunes e Herbert Vianna.