A Superintendência de Registro de Valores Mobiliários (SRE) da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) suspendeu a oferta pública de distribuição de cotas da segunda emissão do FII Suno Energias Limpas (SNEL11).
De acordo com a área técnica da autarquia, foram encontradas irregularidades em informações sobre a taxa de ingresso da oferta – um valor cobrado a mais dos novos investidores em relação ao montante pago por cotistas de emissões anteriores.
“[Informações presentes no documento] contrariam manifestação pretérita do colegiado, mostram-se inconsistente com disposições do regulamento do fundo e contrariam entendimento da área técnica a respeito da sua forma de contabilização”, explica a CVM.
Em 2018, a CVM suspendeu a negociação do Mérito Desenvolvimento Imobiliário (MFII11) por dois meses. Na época, a autarquia também questionou detalhes da taxa de ingresso cobrada pelo fundo.
Em relação ao SNEL11, a comissão determinou a imediata suspensão da oferta pelo prazo de até 30 dias – até 19 de janeiro.
“Neste período, deverão ser definitivamente sanados os vícios que levaram à suspensão da oferta”, pontua comunicado da CVM. “Caso as irregularidades não sejam corrigidas neste prazo, a SRE poderá cancelar a oferta em definitivo”, complementa o texto.
Procurada, a Suno não se manifestou por estar em período de silêncio – adotado em função da realização da segunda emissão de cotas do fundo. A oferta foi lançada no final de novembro e pretende captar até R$ 166 milhões. O preço de subscrição foi definido em R$ 100 mais a taxa de ingresso, de R$ 16.
“Em decorrência da suspensão temporária da Oferta, o cronograma anteriormente divulgado será alterado, sendo que as novas datas serão divulgadas oportunamente”, informa comunicado da carteira ao mercado nesta quinta-feira (21). “O fundo tomará todas as medidas cabíveis para sanar os vícios que levaram à suspensão da oferta”, finaliza o texto.
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