Numa revelação gritante, a temperatura média global subiu acima dos críticos 1,5 graus Celsius durante um período completo de 12 meses. Esta é a primeira vez que se observa um padrão de aquecimento deste tipo, evidenciando uma aceleração alarmante das alterações climáticas.
Os dados, provenientes do Serviço de Alterações Climáticas Copernicus da União Europeia, servem como um lembrete claro da escalada da crise climática que enfrentamos.
Quebrando o limite do Acordo de Paris
A marca de 1,5 graus Celsius é uma referência significativa estabelecida no Acordo de Paris como um limite aspiracional para o aquecimento global. O facto de esta meta ter sido ultrapassada é um testemunho chocante da urgência necessária para uma acção climática intensificada. O aumento da temperatura, atingindo os 1,52ºC entre Fevereiro de 2023 e Janeiro de 2024, coloca o mundo perigosamente perto de violar o histórico Acordo de Paris. Ainda não se sabe se esta violação é uma anomalia de curto prazo ou um indicativo de uma tendência de aquecimento sustentado.
Implicações do aumento da temperatura
As implicações deste aumento de temperatura são de longo alcance. O aumento do aquecimento global está correlacionado com eventos climáticos mais frequentes e severos, como tempestades, secas, inundações e incêndios florestais. Nos últimos 12 meses assistimos a um aumento destas condições climáticas extremas, com Janeiro de 2024 estabelecendo um recorde como o janeiro mais quente. O aumento das temperaturas também levanta preocupações sobre os impactos a longo prazo nos ecossistemas, no nível do mar e na biodiversidade global.
Um apelo à ação
O relatório da agência de monitorização do clima serve como um alerta para governos, organizações e indivíduos reforçarem os esforços para reduzir as emissões e fazer a transição para práticas mais sustentáveis. Ações urgentes para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa são cruciais para evitar novos aumentos nas temperaturas globais. Apesar das estatísticas sombrias, os especialistas sublinham que a intervenção humana, através da utilização de tecnologias verdes e da redução das emissões de carbono, ainda pode fazer uma diferença significativa na trajectória do aquecimento mundial.