O Ibovespa Futuro opera com alta nos primeiros negócios desta quinta-feira (21), após a divulgação do relatório trimestral de inflação (RTI) Banco Central do Brasil e antes dos comentários de Campos Neto e Diogo Guillen sobre política monetária.
A probabilidade da inflação brasileira ultrapassar os limites do intervalo de tolerância da meta em 2023 (de 4,75%) caiu de 67% para 17%, de acordo com o RTI de dezembro. Segundo o BC, essa alteração ante o relatório de setembro reflete a queda na projeção de inflação para este ano (de 5,0% para 4,6%) e a redução da incerteza associada a um horizonte mais curto de projeção.
Mais tarde, a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) poderá decidir sobre o rotativo dos cartões de crédito.
No campo fiscal, o Senado Federal aprovou ontem a medida provisória que estabelece o novo regime jurídico-tributário para as subvenções de investimento (MP nº 1185/2023). A medida será enviada à sanção presidencial, prevalecendo integralmente o texto oriundo da Câmara dos Deputados. Além disso, sucedendo decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o governo abriu crédito extraordinário para regularização do pagamento de precatórios, no montante de aproximadamente R$ 93 bilhões. Por fim, após a promulgação da reforma tributária do consumo realizada ontem, o Congresso deve votar hoje o Orçamento de 2024.
Às 9h13, o índice futuro com vencimento em fevereiro de 2024 operava com valorização de 0,61%, aos 133.535 pontos.
Em Wall Street, os índices futuros dos Estados Unidos operam com alta, depois que Wall Street interrompeu uma sequência de nove altas na véspera.
Os investidores estarão atentos aos dados de quinta-feira sobre os pedidos de auxílio desemprego e ao produto interno bruto do terceiro trimestre.
Os investidores também monitorarão dados da Nike esperados após o fechamento.
Nesta manhã, o Dow Jones Futuro subia 0,39%, S&P Futuro avançava 0,45% e Nasdaq Futuro registrava alta de 0,62%.
Dólar hoje
O dólar comercial operava com baixa de 0,41%, cotado a R$ 4,891 na compra e R$ 4,892 na venda.
O dólar futuro (DOLF24) para janeiro caía 0,43%, indo aos 4,894 pontos.
Enquanto isso, DXY, índice que mede a força do dólar perante à uma cesta de moedas, opera com baixa de 0,34%, a 102,06 pontos.
No mercado de juros, os contratos operavam com baixa. O DIF25 opera com baixa de 0,02 pp, a 10,04%; DIF27, -0,02 pp, a 9,70%; DIF29, -0,04 pp, a 10,08%; DIF31 -0,03 pp, a 10,32%.
Exterior
As bolsas da Europa exibem queda moderada na manhã desta quinta, depois que o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, engrossou o coro de dirigentes de BCs que buscam esfriar o otimismo de investidores por relaxamento monetário agressivo nas economias desenvolvidas.
Em entrevista ao jornal espanhol 20 minutos, Guindos admitiu que os dados mais recentes vieram “favoráveis” ao objetivo de estabilizar a inflação na meta de 2%, mas avisou que ainda é “muito cedo” para discutir cortes de juros.
O comentário é o mais recente em uma crescente lista de dirigentes que reagem à precificação do mercado não só no continente europeu, mas também nos Estados Unidos. Ontem, o presidente da distrital do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na Filadélfia, Patrick Harker, reiterou o compromisso em manter a taxa básica restritiva por um período prolongado.
Ainda assim, investidores insistem em projetar um acentuado afrouxamento em 2024, o que contribuiu para a recente retração dos rendimentos de títulos soberanos. Hoje, os retornos dos bônus europeus estendem o movimento de queda, após a União Europeia fechar acordo fiscal para tentar conter a dívida pública e o déficit. As normas são mais lenientes do que defendiam os países mais conservadores do ponto de vista das contas públicas.
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam em baixa em sua maioria, após a queda de Wall Street na véspera, enquanto os investidores aguardam a leitura do produto interno bruto e os números da inflação dos EUA.
No entanto, o índice Hang Seng, de Hong Kong, reverteu as perdas anteriores, subindo 0,04% na última hora de negociação, enquanto o índice de Shanghai, da China, fechou em alta de 0,57%.
Commodities
Os preços do petróleo sobem após abertura negativa, com investidores de olho nas tensões geopolíticas no Oriente Médio.
As cotações do minério de ferro na China registraram seu melhor dia em duas semanas nesta quinta-feira, apoiados por estoques reduzidos e expectativas de demanda chinesa robusta, apesar de uma perspectiva incerta.
Na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência para janeiro, SZZFF4, subiu 2,3%, a US$ 133,91 por tonelada, interrompendo uma sequência de três dias de perdas.
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