O Ministério do Comércio da China confirmou nesta quinta-feira (21) que o investimento direto estrangeiro em uso real na parte continental do país caiu 10% nos primeiros 11 meses de 2023, para um total de 1,04 trilhão de yuans (cerca de US$ 146,45 bilhões).
Mas uma outra medida, feita pela Bloomberg utilizando os dados oficiais do governo, mostra um quadro ainda mais preocupante. Por essas contas, o capital novo estrangeiro efetivamente utilizado recebido pelo país chegou a 53,3 bilhões de yuans (ou US$ 7,5 bilhões) em novembro, uma queda de 19,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Esse é o pior número desde fevereiro de 2020, quando a economia começou a sofrer os efeitos pandemia de covid-19, que estava em seu início. Segundo a Bloomberg, tensões geopolíticas e uma economia em desaceleração combinaram os efeitos para convencer as empresas estrangeiras a abrandar a sua expansão no país.
O investimento estrangeiro no terceiro trimestre se tornou negativo pela primeira vez desde 1998, provavelmente refletindo uma menor vontade das empresas de reinvestir os lucros na China, em parte devido ao maior retorno no estrangeiro devido à disparidade de rendimento com os EUA.
Os dados oficiais mostraram que, entre janeiro e novembro, 48.078 novas empresas foram criadas na China com investimento estrangeiro, um aumento anual de 36,2%, segundo a agência de notícias Xinhua.
No segmento da indústria de alta tecnologia, os aportes cresceram 1,8% em termos anuais, enquanto os sectores de equipamento médico e de produção de equipamentos de comunicação cresceram 27,6% e 5,5%, respectivamente.
Durante o período, o IDE proveniente do Reino Unido avançou 93,9%, os aportes da França avançaram 93,2% e os da Holanda subiram 34,1%.
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