Após o assassinato do general Seyed Razi Mousavi, na Síria, Irã acusou Israel de ser o responsável pelo ataque e prometeu vingança
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O governo do Irã ameaçou vingança contra Israel após a morte do general Seyed Razi Mousavi, que foi atingido por um ataque aéreo realizado, nessa segunda-feira (25/12), nas proximidades de Damasco, na Síria. O novo episódio aumenta ainda mais a tensão histórica entre os dois rivais regionais, que subiram o tom desde o início da recente invasão da Faixa de Gaza em resposta ao Hamas.
Segundo a mídia estatal iraniana, o conselheiro da Guarda Revolucionária Iraniana (IRGC), considerado um dos homens mais importantes do Irã na Síria, teria sido assassinado em um suposto ataque aéreo israelense em Zeinabiyah, subúrbio de Damasco. Israel, no entanto, não confirmou nem negou as acusações.
Após a confirmação da morte de Seyed Razi Mousavi, autoridades iranianas vieram a público e ameaçaram Israel.
“Sem dúvida, este ato hediondo é outro sinal de frustração e desamparo do regime usurpador sionista na região, e certamente pagará por este crime”, disse o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, em um comunicado.
Já o porta-voz do Ministério da Defesa do Irã, brigadeiro-general Reza Talaee Nik, disse que Israel deve esperar uma retaliação em resposta à morte de Seyed Razi Mousavi.
“Este crime definitivamente merece punição. Eles devem aguardar o preço da sua operação recente. Esperar o momento de pagar o preço dessa operação torturará o regime e os seus elementos até a morte”, disse em uma coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (26/12).
Quem era Seyed Razi Mousavi
Segundo a mídia estatal do Irã, Seyed Razi Mousavi era “um dos conselheiros mais experientes” da Guarda Revolucionária Iraniana na Síria e homem próximo a Qassem Soleimani, major-general da IRGC assassinado pelos Estados Unidos em 2020.
Mousavi teria coordenado a logística militar e cooperação do Irã com a Síria, sendo uma espécie de “ponte” para o financiamento não somente de forças sírias, como também de grupos no Líbano, como o Hezbollah.
Por Junio Silva – Metrópoles