A Klabin (KLBN11) é, no próximo dia 7, a primeira grande exportadora de commodities a publicar seu resultado do quarto trimestre, em um período que deve ser positivo para as empresas do setor de papel e celulose. A Suzano (SUZB3) divulga seu balanço no dia 28 de fevereiro. 

De forma geral, analistas enxergam que os resultados das duas companhias serão impulsionados pelo melhor preço dos seus produtos.

“Esperamos um trimestre melhor para as empresas expostas à celulose, devido aos preços mais elevados do produto de fibra longa (BSKP), com alta de 17% no trimestre”, fala o time da XP Investimentos, liderado por Lucas Laghi. 

O quarto trimestre de 2023 foi marcado pela reposição de estoques por parte dos compradores, que se preparam para o Ano-novo chinês, que acontece na segunda semana de fevereiro. A movimentação fez o preço do produto subir. 

O time do Bank of America, liderado por Caio Ribeiro, vai na mesma linha e diz que enxerga as empresas de papel e celulose se beneficiando de remessas sazonais mais fortes, custos menores e preços de celulose mais altos neste trimestre. “Os preços da celulose subiram durante o período e aumentaram aproximadamente US$ 88 por tonelada, impulsionando os resultados da celulose em geral”, diz. 

Fora o preço mais alto, o banco americano vê que a Suzano deve se beneficiar de maiores volumes, já que não realizou paradas no quarto trimestre.

“Esperamos que a Suzano reporte resultados mais fortes no trimestre, principalmente diante de maiores volumes e preços no segmento de celulose. Assim, estimamos uma alta no Ebitda [lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização] de 17% na comparação trimestral”, corrobora o Itaú BBA. Para a Klabin, a opinião é parecida – apesar de ver nessa empresa a possibilidade de menores volumes. 

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De acordo com a LSEG, a previsão para a receita líquida da Suzano é de R$ 9,8 bilhões, alta de 9,6% na base sequencial, para o Ebitda, R$ 4,5 bilhões, alta de 22,5%, e para o lucro líquido, R$ 2,5 bilhões, revertendo prejuízo.  

Para a Klabin, na mesma ordem, as projeções são de R$ 4,4 bilhões, alta de 11,7% R$ 1,5 bilhão, alta de 17,3%, e R$ 644,7 milhões, mais do que quintuplicando. 

O BTG Pactual também enxerga as companhias do setor melhores no quarto trimestre, mas indaga se o momento irá durar. 

“Temos questionado a extensão do recente aumento nos preços e mantemos opinião de que este seria o pico deste ‘mini-ciclo de alta’, com os preços de revenda já sendo negociados com um desconto de US$ 50 por tonelada em relação aos grades importados”, diz o banco. “Esperamos que os preços da celulose apresentem tendência de queda no primeiro semestre de 2024, exercendo pressão sobre os resultados de ambas as empresas”.

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