Na vida, muitas vezes somos ensinados a esconder nossos problemas, a manter uma imagem de perfeita harmonia mesmo quando o caos reina dentro de nós.

Esta foi uma lição que aprendi desde cedo com os meus pais – uma mentalidade de “varrer para debaixo do tapete” que ditava a forma como eu lidava com os meus problemas, grandes ou pequenos. Na minha opinião, longe da vista significava longe da mente.

Mas, como coelhinhos de poeira que se acumulam debaixo do tapete, essas questões não resolvidas começaram a se acumular e a se infiltrar em meus relacionamentos, fazendo com que desmoronassem um após o outro.

Refletir sobre esse ciclo de relacionamentos fracassados ​​me fez perceber a questão fundamental em questão – nunca foi sobre a outra pessoa, mas sobre a maneira como eu estava lidando com meus problemas.

Essa constatação marcou o início de uma jornada em direção à autoconsciência e à cura emocional. Era hora de levantar o tapete e enfrentar a bagunça de frente.

Entendendo a raiz do problema

Enquanto crescia, sempre admirei a capacidade dos meus pais de manter uma aparência calma, independentemente do que acontecia nos bastidores. Parecia a maneira ideal de lidar com os problemas – simplesmente fingir que eles não existiam.

Essa abordagem ficou enraizada em mim durante toda a minha infância. Se surgisse um problema, eu simplesmente o deixaria de lado, varreria-o para baixo do proverbial tapete e daria um sorriso corajoso.

No entanto, à medida que fiz a transição para a idade adulta e comecei a navegar nos meus próprios relacionamentos, esta mentalidade começou a causar mais danos do que benefícios. Questões não resolvidas do meu passado viriam à tona em discussões, causando confusão e mágoa.

Comecei a ver o padrão – sempre que surgia um problema, em vez de abordá-lo, eu recuava para a negação ou para a evitação. Isso não apenas gerou mal-entendidos, mas também gerou ressentimento e desconfiança em meus relacionamentos.

Foi um alerta que me fez perceber que ignorar os problemas não os faz desaparecer; apenas atrasa o confronto inevitável. Enquanto isso, a bagunça escondida continua a crescer debaixo do tapete, esperando uma oportunidade para explodir.

Abraçando o desconforto

Num mundo que valoriza o conforto e a facilidade, optar por abraçar o desconforto parece contra-intuitivo. No entanto, à medida que me aprofundei na minha jornada de autodescoberta, percebi que o desconforto não é o inimigo, mas sim um professor.

Durante anos, eu estive fugindo do desconforto, buscando refúgio no alívio de curto prazo que adveio de ignorar meus problemas. No entanto, isso só levou à dor a longo prazo e a padrões repetidos de relacionamentos fracassados.

Em vez de temer o desconforto que surgiu ao enfrentar meus problemas, tive que aprender a me apoiar nisso. A dor do confronto, embora intensa naquele momento, foi muito menos prejudicial do que a dor acumulada de anos de evitação e negação.

O processo não foi fácil. Significou enfrentar verdades sobre mim mesmo que há muito ignorava e aceitar a responsabilidade pela minha parte nos relacionamentos fracassados. Mas cada confronto trouxe consigo uma sensação de libertação, uma leveza que veio de finalmente liberar o que havia sido varrido para debaixo do tapete por tanto tempo.

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Aprendendo a linguagem das emoções

As emoções, descobri, não são apenas sentimentos aleatórios que vão e vêm. São mensagens, sinais do nosso eu interior de que algo precisa da nossa atenção.

Crescendo, fui ensinado a suprimir minhas emoções, para manter a firmeza e seguir em frente diante da adversidade. Esta mentalidade de “varrer para debaixo do tapete” estendeu-se também ao meu mundo emocional – em vez de sentir as minhas emoções e compreender o que elas estavam a tentar dizer-me, eu simplesmente as ignorava.

Mas as emoções, assim como os problemas, não desaparecem simplesmente quando ignoradas. Eles apodrecem e crescem, eventualmente manifestando-se de maneiras prejudiciais à saúde. Meus repetidos fracassos de relacionamento foram uma prova disso.

Aprendendo a enfrentar meus problemas também significou aprender a confrontar minhas emoções. Significou reconhecer a raiva, o medo, a tristeza – permitir-me sentir essas emoções plenamente, em vez de fugir delas.

O poder da vulnerabilidade

Mostrar vulnerabilidade costuma ser visto como um sinal de fraqueza, mas, na realidade, é uma das coisas mais fortes que uma pessoa pode fazer.

Esta foi uma lição que tive que aprender da maneira mais difícil. Durante toda a minha vida, fui ensinado a manter minhas lutas e problemas ocultos, a ter uma cara corajosa e fingir que estava tudo bem. Mas esta abordagem não estava funcionando; estava fazendo com que meus relacionamentos fracassassem e minha saúde emocional fosse prejudicada.

Abrir-me sobre meus problemas, admitir que estava lutando, parecia um risco imenso. Eu estava com medo de ser julgado ou rejeitado. Mas o que descobri foi o oposto – mostrar vulnerabilidade não afastava as pessoas, aproximava-as.

É um pouco como abrir as janelas de uma sala abafada – pode ser desconfortável no início, mas no final permite a circulação de ar fresco, trazendo renovação e clareza.

Desaprendendo o velho, abraçando o novo

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A mudança é uma fera estranha. Pode ser assustador, mas libertador. Desconfortável, mas necessário.

Minha jornada para enfrentar meus problemas de frente foi uma jornada de mudança. Significou desaprender as lições da minha infância, a crença de que os problemas deveriam ser escondidos em vez de enfrentados.

Havia noites em que eu ficava acordado, questionando se estava tomando a decisão certa. Houve dias em que eu voltava aos velhos padrões, voltando a varrer as coisas para debaixo do tapete.

Mas cada tropeço foi uma lição, uma lembrança da pessoa que eu não queria mais ser. Foi um processo difícil, cheio de dúvidas e medo. Mas também foi um processo repleto de crescimento e autodescoberta.

A cada confronto, a cada problema enfrentado de frente, eu estava lentamente me livrando do antigo eu e abraçando uma nova versão de mim mesmo – uma versão que era mais honesta, mais autêntica, mais em contato com minhas emoções e necessidades.

Essa jornada não era para se tornar perfeito ou livre de problemas. Tratava-se de me tornar real – de enfrentar os desafios da vida em vez de fugir deles, de reconhecer as minhas falhas em vez de escondê-las. Tratava-se de aprender a enfrentar os problemas de frente, por mais desconfortáveis ​​que fossem.

O fracasso como trampolim

Muitas vezes somos ensinados a evitar o fracasso a todo custo, a vê-lo como algo negativo e prejudicial. É uma mentalidade arraigada em nossa sociedade, reforçada pelo medo do julgamento e da rejeição.

Mas à medida que me aprofundei em minha jornada de enfrentamento de problemas, comecei a ver o fracasso sob uma luz diferente. Em vez de um beco sem saída, tornou-se um trampolim, uma parte essencial do meu crescimento e autodescoberta.

Em vez de fugir do fracasso ou sentir vergonha dele, aprendi a aceitá-lo. Comecei a ver cada fracasso como uma oportunidade de aprender algo novo sobre mim mesmo e sobre como lidava com os problemas.

Essa mudança de perspectiva não foi fácil. Era contra tudo o que aprendi enquanto crescia. Mas foi um passo crucial para interromper o ciclo de varrer as questões para debaixo do tapete.

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Procurando ajuda profissional

Admitir que você precisa de ajuda pode ser uma pílula difícil de engolir, especialmente quando você foi criado para acreditar que os problemas devem ser mantidos em sigilo, escondidos do mundo.

Mas quando comecei a enfrentar meus problemas de frente, percebi que havia algumas questões que não conseguiria resolver sozinho. Esses eram padrões e crenças arraigados que carreguei comigo desde a infância.

Buscar ajuda profissional foi uma virada de jogo. Um terapeuta treinado foi capaz de fornecer as ferramentas e os insights de que eu precisava para me aprofundar em meus problemas e enfrentá-los de maneira segura e estruturada.

A terapia não foi uma admissão de fraqueza, como inicialmente temia. Em vez disso, foi um ato de coragem – uma vontade de enfrentar os meus problemas e trabalhar para ser mais saudável e feliz.

Palavras finais: Olhar para dentro é o primeiro passo para seguir em frente

Compreender a nós mesmos, nossa verdadeira natureza, é uma das ferramentas mais poderosas que temos para enfrentar os desafios da vida. Trata-se de reconhecer nossos padrões, nossos gatilhos e nossas respostas emocionais. Trata-se de compreender o que nos motiva, o que nos traz alegria e o que nos traz dor.

Minha jornada de enfrentar os problemas de frente me forçou a olhar para dentro, a descascar as camadas e a conhecer meu verdadeiro eu. Nem sempre foi confortável; ver nossas falhas e inseguranças expostas pode ser angustiante.

Mas foi necessário.

Através deste processo, comecei a compreender a minha verdadeira natureza – os meus pontos fortes e fracos, as minhas esperanças e medos, as minhas paixões e desgostos. Esse autoconhecimento se tornou minha bússola, guiando-me pelos altos e baixos da vida.

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Formado em Educação Física, apaixonado por tecnologia, decidi criar o site news space em 2022 para divulgar meu trabalho, tenho como objetivo fornecer informações relevantes e descomplicadas sobre diversos assuntos, incluindo jogos, tecnologia, esportes, educação e muito mais.