Coleção de moedas do mundo inteiro em forma de mosaico. Na imagem de quadro completo, pode-se encontrar, entre outras, a rupia indiana, o yuan chinês, o iene japonês, o dólar americano, o baht tailandês, o dólar de Singapura, o real brasileiro, o euro europeu e o peso mexicano. As notas estão misturadas e a imagem é de quadro completo.

O dólar subiu em geral hoje, após o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, reafirmar que um corte de juros em março não é provável, e em meio a declarações de outros dirigentes em linha similar. Além disso, um indicador forte da economia dos Estados Unidos contribuiu para apoiar a moeda, enquanto dados mistos foram divulgados na Europa.

No fim da tarde em Nova York, o dólar avançava a 148,67 ienes, o euro tinha baixa a US$ 1,0744 e a libra recuava a US$ 1,2539. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 0,50%, a 104,452 pontos.

Powell destacou que um corte de juros em março não é o quadro mais provável, pois o Fed precisa estar confiante de que a inflação caminha de modo sustentável para a meta de 2%. Também destacou incertezas no radar, como o quadro geopolítico, inclusive no curto prazo. As declarações apoiaram o dólar hoje. Em linha similar, o presidente da distrital de Minneapolis, Neel Kashkari, disse ver “progresso significativo” na luta contra a inflação, mas também comentou que o cenário atual dá tempo ao Fed para avaliar os indicadores e só então decidir adiante sobre o momento certo de começar a cortar os juros. O presidente da distrital de Chicago, Austan Goolsbee, também disse que esperava dados, mas evitou descartar um eventual corte já em março.

Além da postura do Fed, a moeda dos EUA foi apoiado por sinais da economia. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços do país, medido pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM), avançou a 53,4 em janeiro, quando analistas ouvidos pela FactSet reviam 52,0. O Wells Fargo destacou a força do componente de preços pagos na pesquisa, com o maior aumento mensal desde agosto de 2012, segundo o banco, o que lançaria dúvidas sobre se a força da inflação está superada. Já na leitura da S&P Global, o PMI de serviços subiu de 51,4 em dezembro a 52,5 em janeiro, ante previsão de 52,0 dos analistas.

Ante moedas emergentes, o dólar recuava a 17,1169 pesos mexicanos. Havia expectativa no México por detalhes sobre reformas que o presidente Andrés Manuel López Obrador enviaria ao Congresso, para tentar avançar com reformas constitucionais atualmente sem consenso. Entre elas, López Obrador deseja reformar a previdência e mais medidas para garantir renda mínima adequada no país, mas pode haver também questões que dividem governo e oposição, em ano eleitoral, como uma tentativa do presidente de que as estatais de energia tenham prioridade sobre empresas privadas no setor e a tentativa oficial de eliminar órgãos reguladores.

O dólar ainda avançava a 829,2866 pesos argentinos. No mercado paralelo, o chamado dólar blue recuava a 1.160 pesos. O jornal local Ámbito Financiero reportava que o Banco Central da República Argentina (BCRA) voltou a comprar dólares pela terceira sessão consecutiva, mas as reservas caíram novamente. As reservas da autoridade monetária recuaram US$ 22 milhões hoje, segundo dados oficiais citados pelo diário, a US$ 26,990 bilhões.

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