Em 28 de Fevereiro, Ismail Haniyeh, o líder político do Hamas baseado no Qatar, convocou publicamente uma marcha do Ramadão em Jerusalém, na Mesquita de Al-Aqsa, conhecida pelos Judeus como o Monte do Templo. Algumas autoridades israelitas acreditam que a ala militar do Hamas pretende que estes protestos se transformem em violência. O Hamas poderá querer evitar chegar a um acordo de cessar-fogo por receio de ser acusado de o violar caso os protestos se tornem violentos.
O Hamas acredita, de acordo com pessoas familiarizadas com as conversações, que qualquer ação na mesquita demonstraria a sua força, apesar da campanha militar de Israel em Gaza, que durou meses, e poderia aumentar a pressão sobre Netanyahu para pôr fim aos combates.
Mas o Hamas pode ter apresentado novas exigências durante as negociações por outra razão.
Na quinta-feira passada, as forças israelitas abriram fogo em Gaza enquanto uma multidão se reunia perto de um longo comboio de camiões de ajuda. A cena caótica levou à morte de mais de 100 pessoas.
As autoridades americanas criticaram fortemente a forma como Israel lidou com o comboio e o seu fracasso em fornecer segurança ao desesperado povo palestino.
Alguns responsáveis informados sobre as conversações dizem que os líderes do Hamas podem acreditar que as mortes em torno do comboio humanitário reforçaram a sua posição negocial e enfraqueceram a posição internacional de Israel.
Adam Rasgon Ele contribuiu com reportagens de Jerusalém.