Por que Sartre diz que o inferno são os outros
Para o filósofo francês Jean-Paul Sartre (1905-1980), a maioria das pessoas não reconhece suas falhas, preferindo culpar um fator externo qualquer. Esse fator normalmente são os outros. Por isso sua frase “O inferno são os outros” possui muitas interpretações equivocadas, sendo normalmente entendida como afirmação de que os outros tiram nossa liberdade,
O fato dessa interpretação ser a mais corriqueira apenas confirma o pensamento de Sartre: normalmente não assumimos as consequências de nossos atos, “O inferno são os outros” anuncia as dificuldades de ser existencialista, pois é preciso ter consciência de que somos responsáveis pelas consequências de nossas ações, e não apenas buscar culpados pelo nosso sofrimento.
O outros nos incomodam não por tirarem nossa liberdade, mas por lembrarem a todo momento que, já que somos livres, somos também responsáveis por tudo o que fazemos, Assim, os outros deixam de ser culpados e reconhecemos nossa própria culpa. O inferno está no fato de possuir consciência da responsabilidade que a liberdade carrega, principalmente em nossa relação com os outros,
Qual a frase mais famosa de Sartre
O existencialismo de Sartre – Brasil Escola “Não somos aquilo que fizeram de nós, mas o que fazemos com o que fizeram de nós”, ou ainda; “O importante não é o que fazemos de nós, mas o que nós fazemos daquilo que fazem de nós.” JEAN PAUL SARTRE (1905-1980).
- Antes de chegar nesta tão celebre frase, Sartre passou por toda uma construção anterior desse pensamento desembocando posteriormente no pensamento conhecido como existencialista.
- Em L´Imaginaire desenvolve um pensamento separativista da percepção e da imaginação, em L´Être et le néant contesta o subconsciente freudiano desvinculando-se do determinismo religioso,e no qual no decorrer da leitura vê-se o cerne da idéia posterior de responsabilizar o homem pelos seus próprios atos expondo a idéia de liberdade como um aprisionamento do ser (“Não somos livres de ser livres”) já que o homem é o único ser capaz de criar o nada: “Ao tomar uma decisão, percebo com angústia que nada me impede de voltar atrás.
Minha liberdade é o único fundamento dos valores.” Desta forma gera no homem a angustia de saber que nada o impede de voltar atrás, o medo de arcar com sua própria liberdade. Assim, condenados a uma liberdade insatisfatória, jamais alcançando o que realmente desejamos sendo, portanto, uma liberdade irrealizável.
A Existência precede a essência? Para o pensamento de Sartre Deus não existe, portanto o homem nasce despido de tudo, qual seja um ser que existe antes de poder ser definido por qualquer conceito, e que este ser é o homem, o que significa que o homem primeiramente existe, se descobre, surge no mundo; e que só depois se define.
Assim, não há natureza humana, visto que não há Deus para concebê-la, a única natureza pré-existente é a biológica, ou seja; a sobrevivência, o resto se adquire de tal forma que não vem do sujeito é ensinado a ele pelo mundo exterior. Se Deus não existe não encontramos, já prontos, valores ou ordens que possam legitimar a nossa conduta.
“Não somos aquilo que fizeram de nós, mas o que fazemos com o que fizeram de nós”.
O homem é aquilo que ele mesmo faz de si, é a isto que chamamos de subjetividade. Desse modo, o primeiro passo do existencialismo é de por todo o homem na posse do que ele é e de submetê-lo à responsabilidade total de sua existência. Para o existencialista não ter a quem culpar já que Deus não existe, e o subconsciente não existe é o que leva ao pensamento da liberdade não livre, pois, junto com eles, desaparecem toda e qualquer possibilidade de encontrar valores inteligíveis, nem um modelinho pré-definido a ser cumprido.
- A fórmula “ser livre” não significa “obter o que se quer”, e sim “determinar-se a escolher”.
- Segundo Sartre o êxito não importa em absoluto à liberdade.
- Um prisioneiro não é livre para sair da prisão, nem sempre livre para desejar sua libertação, mas é sempre livre para tentar escapar.
- Sendo livres somos responsáveis por nossas ações consequentemente somos livres para pensar e conceber nossos próprios paradigmas, não sendo então aquilo que fizeram de nós e sim nos criando a partir do que fizeram de nós.
Somos o que escolhemos ser. http://orbita.starmedia.com/~jeanpaulsartre/ acesso em 23/03/06. Jean Paul Sartre, O ser e o nada. Leila Caroline Jaronski, graduanda em direito pela Faculdade de Direito de Curitiba. : O existencialismo de Sartre – Brasil Escola
O que significa a frase a existência precede a essência?
(SARTRE, 1998, p.545). Isso significa dizer que a existência precede a essência, ou seja, o homem primeiramente existe, descobre-se, surge no mundo; e só depois se define. Em uma palavra, o homem, tal como o concebe o existencialista, se não é definível, é porque primeiramente não é nada.
O que é o inferno segundo a Bíblia
O Inferno existe? Uma amiga cristã e eu temos discutido sobre o conceito do inferno. Ela está amedrontada com a perspectiva de uma punição de fogo eterno. O que a Bíblia ensina a esse respeito? Há séculos, cristãos têm pregado sobre um inferno de fogo queimando continuamente e alguns têm uma imaginação fértil ao retratar horríveis descrições de pessoas sofrendo enorme dor sem terem, ao menos, a misericordiosa possibilidade de morrer.
O resultado é que alguns ficam apavorados e seguem a Deus por medo, enquanto outros se afastam dEle completamente. O que a Bíblia realmente ensina sobre o inferno? Primeiro, as Escrituras falam sobre o inferno. Porém, precisamos ouvir as Escrituras em seus próprios termos. Quando Jesus falou sobre o inferno, estava Se referindo à punição para pecadores não arrependidos.
Uma punição que terminará em fogo eterno e destruição (João 3:16; Mateus 7:13, 14; 25:31, 32, 41). Destruição/fogo eterno é um evento futuro relacionado com a segunda vinda de Cristo. Então “inferno” é algo que ainda está por vir. Segundo, alguns tradutores da Bíblia têm traduzido várias palavras, que possuem na realidade outros significados, como sendo “inferno”.
- O termo hebraico sheol e seu correlativo no grego hades significam o lugar dos mortos que estão na sepultura,
- Veja o uso do termo nos seguintes casos.
- Jacó esperava descer ao sheol – sepultura, junto com seu filho José.
- Ele não esperava que seu amado filho estivesse no inferno, ou que ele mesmo fosse para lá (Gênesis 37:35).
Deus faz descer à sepultura e faz subir de lá (I Samuel 2:6). Isto não se encaixa com o pensamento cristão popular sobre o inferno. No sheol – sepultura – não há atividade, planos e nenhum conhecimento (Eclesiastes 9:10). Não há fogo nem tormento. O justo e o injusto são encontrados lá.
No hades há deterioração. Jesus foi a exceção (Atos 2:27, 31). Sheol e hades são, portanto, o lugar dos mortos e não o inferno. “Lançar no tártaro ” aparece somente em 2 Pedro 2:4 e se refere ao domicílio dos anjos caídos. O termo não é usado para descrever o lugar dos mortos ou um inferno no qual pessoas são lançadas após a morte.
Gehenna é o inferno sobre o qual Jesus falou. Esse é o lugar de punição do injusto, também associado com fogo (Marcos 9:43). Esse fogo virá no fim dos tempos com um juízo divino contra o pecado, pecadores e Satanás (Mateus 25:41). Até lá, os mortos “dormem” em suas sepulturas.
- Apocalipse 20:9, 10 e 15 fala sobre o lago de fogo no qual, depois do milênio, os injustos são queimados.
- Considerando que gehenna está relacionado com fogo e é um evento futuro associado com um julgamento, o melhor é entender o inferno no contexto de Apocalipse 20.
- Este é o inferno do qual Jesus nos advertiu.
Terceiro, durará o futuro inferno “para todo o sempre?” (Apocalipse 20:10 – NVI). O significado do termo para sempre/eterno/eternidade usado nas Escrituras é muito mais amplo do que entendemos. Pode descrever: (a) alguma coisa ou alguém existindo sem um início ou sem um fim (em conexão com Deus); (b) alguma coisa ou alguém com um início, mas sem um fim (a vida eterna dos redimidos, ver João 5:24; Apocalipse 21:3, 4); e (c) alguma coisa ou alguém com início e com um fim no sentido de “por algum tempo” (Êxodo 21:5, 6; Jonas 1:17; 2:6).
Em relação ao termo inferno, a expressão para todo o sempre deve ser compreendida de acordo com o terceiro caso. Por quê? Embora o injusto sofra o inferno por um limitado período de tempo, seu resultado é eterno. O fogo os “devora” (Apocalipse 10:9). Essa é a segunda morte (Apocalipse 20:14, 15). O inextinguível fogo de Mateus 3:12 não pode ser extinto até que seu trabalho esteja completo e tudo seja queimado (Mateus 13:40-42; Jeremias 17:27).
Finalmente, a vida eterna está disponível somente para os que pertencem a Jesus, e não para aqueles que fizeram uma decisão contra Ele e Deus. Além disso, Satanás também será destruído e eliminado completamente no fogo do inferno (Mateus 25:41; Apocalipse 20:10).
Assim, as Escrituras falam sobre o inferno, mas isto está ainda no futuro e terá duração limitada. Deus não é tirano. Pelo contrário, Ele é um Deus de amor e justiça e em Seu reino não haverá mais sofrimento, dor, tristeza ou morte (Apocalipse 21:3, 4). Ekkehardt Mueller (Th.D., D.Min., Universidade Andrews).
: O Inferno existe?
Onde está escrito na Bíblia sobre o inferno
Versículos de Inferno O inferno é o lugar de castigo de todos que pecam e se rebelam contra Deus. O inferno não é o domínio do diabo – o inferno é o lugar onde o diabo vai ser castigado! O inferno também é conhecido como o lago de fogo. Será que o inferno existe mesmo? Sim, o inferno existe mesmo.
- Jesus falou mais vezes sobre o inferno que sobre o Céu.
- Não é uma metáfora.
- É por isso que é tão importante crer em Jesus.
- O castigo justo do pecado é ir para o inferno, um lugar completamente separados de Deus, que é a fonte de tudo que é bom.
- Separado de Deus, tudo que resta é sofrimento.
- Apenas Jesus pode salvar do inferno.
Ele levou o castigo do pecado na cruz para salvar todos que creem nele do inferno. Em vez de ir para o inferno, os salvos irão morar para sempre com Jesus no Céu! O Diabo, que as enganava, foi lançado no lago de fogo que arde com enxofre, onde já haviam sido lançados a besta e o falso profeta.
- Eles serão atormentados dia e noite, para todo o sempre.
- O mar entregou os mortos que nele havia, e a morte e o Hades entregaram os mortos que neles havia; e cada um foi julgado de acordo com o que tinha feito.
- Então a morte e o Hades foram lançados no lago de fogo.
- O lago de fogo é a segunda morte.
- Aqueles cujos nomes não foram encontrados no livro da vida foram lançados no lago de fogo.
“Então ele dirá aos que estiverem à sua esquerda: ‘Malditos, apartem-se de mim para o fogo eterno, preparado para o Diabo e os seus anjos. Eles sofrerão a pena de destruição eterna, a separação da presença do Senhor e da majestade do seu poder. Mas os covardes, os incrédulos, os depravados, os assassinos, os que cometem imoralidade sexual, os que praticam feitiçaria, os idólatras e todos os mentirosos – o lugar deles será no lago de fogo que arde com enxofre.
Esta é a segunda morte”. Mas eu digo a vocês que qualquer que se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento. Também, qualquer que disser a seu irmão: ‘Racá’, será levado ao tribunal. E qualquer que disser: ‘Louco!’, corre o risco de ir para o fogo do inferno. Não tenham medo dos que matam o corpo, mas não podem matar a alma.
Antes, tenham medo daquele que pode destruir tanto a alma como o corpo no inferno. Pois Deus não poupou os anjos que pecaram, mas os lançou no inferno, prendendo-os em abismos tenebrosos a fim de serem reservados para o juízo. Se a sua mão o fizer tropeçar, corte-a.
É melhor entrar na vida mutilado do que, tendo as duas mãos, ir para o inferno, onde o fogo nunca se apaga, onde o seu verme não morre, e o fogo não se apaga. E, se o seu pé o fizer tropeçar, corte-o. É melhor entrar na vida aleijado do que, tendo os dois pés, ser lançado no inferno, onde o seu verme não morre, e o fogo não se apaga.
E, se o seu olho o fizer tropeçar, arranque-o. É melhor entrar no Reino de Deus com um só olho do que, tendo os dois olhos, ser lançado no inferno, onde ” ‘o seu verme não morre, e o fogo não se apaga’. O Filho do homem enviará os seus anjos, e eles tirarão do seu Reino tudo o que faz cair no pecado e todos os que praticam o mal.
O que significa a frase de Sartre
Significa que o homem primeiro existe, se encontra, surge no mundo, e que se define depois. O homem, tal como o existencialista o concebe, se não é definível, é porque de início ele não é nada.
Por que para Sartre o ser humano se diferencia dos outros seres
Continua após publicidade (Instituto CPFL/Divulgação/Reprodução) Continua após publicidade O existencialismo de Jean-Paul Sartre foi uma das correntes mais importantes do pensamento francês. Ele ganhou força, sobretudo, nas décadas de 1950 e 1960, repercutindo fortemente na filosofia, na literatura, no teatro e no cinema.
Para Sartre, o homem se diferencia dos outros seres por pensar sobre a própria consciência e sobre o mundo ao seu redor. Sem ter sido criado com uma essência já definida, é durante a própria existência, em cada situação, que o homem define o que ele é. Assim, ele é o único responsável por seus atos e escolhas.
Quer entender mais, de maneira simples e rápida, o pensamento desse filósofo? Confira o segundo episódio de “Ideias que Colam”, primeira série em animação da Liquid Media Lab, em parceria com o Instituto CPFL, sobre os grandes pensadores da humanidade. Playing in picture-in-picture Jean-Paul Sartre | Ideias que colam instituto cpfl Like Add to Watch Later Play 00:00 02:50 Settings GoogleCast Fullscreen Settings Quality Auto Speed Normal This opens in a new window. const fullscreenSupported=”exitFullscreen”in document||”webkitExitFullscreen”in document||”webkitCancelFullScreen”in document||”mozCancelFullScreen”in document||”msExitFullscreen”in document||”webkitEnterFullScreen”in document.createElement(“video”);var isIE=checkIE(window.navigator.userAgent),incompatibleBrowser=!fullscreenSupported||isIE;window.noModuleLoading=!1,window.dynamicImportSupported=!1,window.isInIFrame=function() catch(e) }(),!window.isInIFrame&&/twitter/i.test(navigator.userAgent)&&window.playerConfig.video.url&&(window.location=window.playerConfig.video.url),window.playerConfig.request.lang&&document.documentElement.setAttribute(“lang”,window.playerConfig.request.lang),window.loadScript=function(e),window.loadVUID=function() },window.loadCSS=function(e,n) ;return i.link.rel=”stylesheet”,i.link.href=n,e.getElementsByTagName(“head”).appendChild(i.link),i.link.onload=function(),i},window.loadLegacyJS=function(e,n) /fallback`;window.playerConfig.request.referrer&&(o+=`?referrer=$ `),n.innerHTML=` `}else ))},window.loadVUID()}};function checkIE(e) var i=n(“msie”)?parseFloat(e.replace(/^.*msie (\d+).*$/,”$1″)):!1,t=n(“trident”)?parseFloat(e.replace(/^.*trident\/(\d+)\.(\d+).*$/,”$1.$2″))+4:!1;return i||t} Gostou? Se ainda não viu o primeiro episódio da série, sobre Michel Foucalt, confira aqui,
Como Sartre define a morte
Para Sartre, morte é um acontecimento da vida humana, acontecimento sem sentido. Aliás, um acontecimento de negação o nadificar, o nada absurdo e absoluto, sem Deus, sem julgamento, sem recompensas e punições eternas. Assim como o nascer, o morrer é um fato.
Como é visto Deus para Sartre?
Para Sartre, o Deus cristão que é amor e providência não pode existir se o ser humano for livre. O postulado básico do existencialismo é de que a existência precede a essência. Este postulado procura, por meio de uma inversão, criticar e superar a tradição. Desde Platão, a essência é o que determina a existência.
O que a filosofia de Sartre defende?
Principais ideias de Jean-Paul Sartre – No campo político, a vida de Sartre foi decisivamente marcada pelo marxismo. O filósofo era marxista e comungava com as ideias socialistas aplicadas no campo prático, porém ele deu uma interpretação bem diferente aos ideais de Marx como maneira de adaptar o sistema comunista à sua obra e às novas demandas do século XX.
- Em primeiro lugar, Sartre era pacifista e contra qualquer guerra armada.
- Em segundo lugar, o filósofo existencialista era contra a imposição direta de ditaduras opressoras, pois ele enxergava na liberdade o principal exercício da vida humana.
- Para Sartre, havia uma extensão do marxismo no século XX que fez com que essa corrente teórica e política desenvolvesse-se autonomamente, para além do que foi a experiência soviética.
Defensor da liberdade irrestrita, Sartre acreditava ser a liberdade o que movia o ser humano. Para ele, o ser humano é, paradoxalmente, condenado à liberdade. Somos seres feitos de escolhas. Por mais que eventos externos afetem as nossas escolhas, nós continuamos escolhendo.
O que é a felicidade para Sartre?
Se como nos diz Sartre (1980), ‘A existência precede a essência’, é o próprio homem quem constrói os sentidos da vida, e, por conseguinte da própria felicidade. Assim, não podemos ignorar o sofrimento humano, a angústia interior, a exploração social.
O que quer dizer o homem está condenado a ser livre?
Existencialismo é um conjunto de doutrinas filosóficas que tiveram como tema central a análise do homem em sua relação com o mundo, em oposição a filosofias tradicionais que idealizaram a condição humana. É também um fenômeno cultural, que teve seu apogeu na França do pós-guerra até meados da década de 1960, e que envolvia estilo de vida, moda, artes e ativismo político.
Como movimento popular, o existencialismo iria influenciar também a música jovem a partir dos anos 1970. Apesar de sua fama de pessimista e lúgubre, o existencialismo, na verdade, é apenas uma filosofia que não faz concessões: coloca sobre o homem toda a responsabilidade por suas ações. O escritor, filósofo e dramaturgo francês Jean-Paul Sartre (1905-1980), maior expoente da filosofia existencialista, parte do seguinte princípio: a existência precede a essência.
Com isso, quer dizer que o homem primeiro existe no mundo – e depois se realiza, se define por meio de suas ações e pelo que faz com sua vida. Assim, os existencialistas negam que haja algo como uma natureza humana – uma essência universal que cada indivíduo compartilhasse -, ou que esta essência fosse um atributo de Deus.
Portanto, para um existencialista, não é justo dizer “sou assim porque é da minha natureza” ou “ele é assim porque Deus quer”. Ao contrário, se a existência precede a essência, não há nenhuma natureza humana ou Deus que nos defina como homens. Primeiro existimos, e só depois constituímos a essência por intermédio de nossas ações no mundo.
O existencialismo, desta forma, coloca no homem a total responsabilidade por aquilo que ele é. Somos os responsáveis por nossa existência Se o homem primeiro existe e depois se faz por suas ações, ele é um projeto – é aquele que se lança no futuro, nas suas possibilidades de realização.
- O que isso quer dizer? Eu não escolho nascer no Brasil ou nos EUA, pobre ou rico, branco ou preto, saudável ou doente: sou “jogado” no mundo. Existo.
- Mas o que eu faço de minha vida, o significado que dou à minha existência, é parte da liberdade da qual não posso me furtar.
- Posso ser escritor, poeta ou músico.
No entanto, se sou bancário, esta é minha escolha, é parte do projeto que eliminou todas as outras possibilidades (escritor, poeta, músico) e concretizou uma única (bancário). E, além disso, tenho total responsabilidade por aquilo que sou. Para o existencialista, não há desculpas.
Não há Deus ou natureza a quem culpar por nosso fracasso. A liberdade é incondicional e é isso que Sartre quer dizer quando afirma que estamos condenados a sermos livres: “Condenado porque não se criou a si próprio; e, no entanto, livre, porque uma vez lançado ao mundo, é responsável por tudo quanto fizer” (em O existencialismo é um humanismo, 1978, p.9).
Portanto, para um existencialista, o homem é condenado a se fazer homem, a cada instante de sua vida, pelo conjunto das decisões que adota no dia-a-dia. “Tive que cuidar dos filhos, por isso não pude fazer um curso universitário.” “Não me casei porque não encontrei o verdadeiro amor.” “Seria um grande ator, mas nunca me deram uma oportunidade de mostrar meu talento.” Para Sartre, nada disso serve de consolo e não podemos responsabilizar ninguém pelo que fizemos de nossa existência.
O que determina quem somos são as ações realizadas, não aquilo que poderíamos ser. A genialidade de Cazuza ou Renato Russo, por exemplo, é o que eles deixaram em suas obras, nada além disso. O peso e a importância da liberdade Mas ao escolher a si próprio, a sua existência, o homem escolhe por toda a humanidade, isto é, sua escolha tem um alcance universal.
João é casado e tem três filhos: fez uma opção pela monogamia e a família tradicional. Já seu amigo José é filiado a um partido político e vai para o trabalho de bicicleta: acha correta a participação política e se preocupa com o meio ambiente. As escolhas de José e João têm um valor universal.
Ao fazer algo, deveríamos nos perguntar: e se todos agissem da mesma forma, o mundo seria um lugar melhor de se viver? E é por esta razão que o viver é sempre acompanhado de angústia, Quando escolhemos um caminho, damos preferência a uma dentre diversas possibilidades colocadas à nossa frente. Seguimos o caminho que julgamos ser o melhor, para toda humanidade.
Fugir deste compromisso é disfarçar a angústia e enganar sua própria consciência. É agir de má-fé, segundo Sartre. Neste caso, abro mão de minha responsabilidade. Digo: “Ah. nem todo mundo faz assim!”, ou então delego a responsabilidade de meus atos à sociedade, às pessoas de meu convívio familiar e profissional ou a um momento de ira ou paixão.
- No entanto, para os existencialistas, esta é uma vida inautêntica,
- À primeira vista, o peso da liberdade depositado no homem pelos filósofos existencialistas pode parecer excessivamente pessimista, fatalista, de uma solidão extrema no íntimo de nossas decisões.
- Mas, ao contrário, o existencialista coloca o futuro em nossas mãos, nos dá total autonomia moral, política e existencial, além da responsabilidade por nossos atos.
Crescer não é tarefa das mais fáceis. Outros pensadores existencialistas Desde Sócrates (470 a.C.- 399 a.C), muitos filósofos refletiram sobre a existência humana, passando pelos estoicos, Santo Agostinho (354-430), Blaise Pascal (1623-1662), Friedrich Nietzsche (1844-1900) e Henri Bergson (1859-1941), mas nem por isso podem ser chamados de filósofos existencialistas.
Mesmo entre os pensadores alinhados às doutrinas da existência, encontram-se posições diversas que vão do chamado existencialismo cristão, representado pelo dinamarquês Sören Kierkegaard (1813-1855) – considerado o precursor do movimento -, o francês Gabriel Marcel (1889-1973) e o alemão Karl Jaspers (1883-1969), até o existencialismo ateu, do próprio Sartre, do filósofo alemão Martin Heidegger (1889-1976) e dos escritores franceses Albert Camus (1913-1960) e Simone de Beauvoir (1908-1986).
Saiba mais Sobre existencialismo, há obras que oferecem uma visão geral das doutrinas, como O que é existencialismo (Editora Brasiliense), de João da Penha, e História do existencialismo, de Denis Huisman (EDUSC). A melhor introdução aos escritos de Sartre é a conferência “O existencialismo é um humanismo”, publicada na coleção Os pensadores (Abril Cultural).
O que é a essência de uma pessoa?
Significado de Essência (O que é, Conceito e Definição) Essência é o substantivo feminino com origem no latim essentia e que indica a natureza, substância ou característica essencial de uma pessoa ou coisa, Também pode se referir a um aroma ou perfume,
A essência representa as manifestações fundamentais ou a substância do ser, sendo que a essência pode ser algo em comum ou que distingue alguns elementos dos outros. No âmbito da filosofia e da metafísica, a essência de alguém são os elementos característicos do ser, como a racionalidade, por exemplo, que faz parte da essência do ser humano.
Neste caso, a essência é uma representação do que é comum, universal e que se encontra no âmago de alguém ou de alguma coisa. Em alguns contextos, a palavra essência representa a ideia principal de alguma obra ou tema, Ex: O amor de Deus é a essência da Bíblia.
- Uma essência é também pode ser um líquido volátil, ou uma substância oleosa e aromática que é extraída de algumas plantas.
- Em alguns casos, essência também é sinônimo de perfume.
- No contexto da química, uma essência é uma solução (que frequentemente contém álcool) de óleos essenciais ou outras substâncias vegetais.
As essências são usadas na indústria farmacêutica, mas também são incorporadas em alimentos e perfumes, para conferir determinados sabores ou cheiros. Algumas das essências mais famosas são: essência de baunilha, essência de terebintina, de laranja, de rosas, de eucalipto, de citronela, etc.
Por que o ser humano está condenado a ser livre?
Filósofo e escritor foi um dos intelectuais mais influentes do século 20 – Por Por Bianca Encarnação * Pesquisa e texto Inquieto e contestador, em seus estudos de filosofia, Sartre desconstruiu tudo o que se conhecia na área. Divergiu de Descartes, achou Kant inadequado, definiu Hegel como burguês.
Chegou a se interessar por Freud, mas depois discordou da autonomia da mente negada pela psicanálise. Finalmente, influenciado pela fenomenologia de Husserl, Sartre enveredou pelo terreno social e julgou encontrar uma filosofia que levasse em conta a liberdade do indivíduo, entendendo-o como produto-produtor do mundo em que vive.
Era o existencialismo, um movimento filosófico que teve enorme influência na cultura europeia de meados do século 20. A origem do termo remontava a Sören Kierkegaard, filósofo dinamarquês do século 19, que afirmava que o “indivíduo existente” era a única base para uma filosofia significativa. Jean-Paul Sartre (Foto: Divulgação) Sartre desenvolveu um existencialismo ateu, uma filosofia do homem em um mundo material. Deus não existia para Sartre, e essa “intuição” ele tinha desde seus 12 anos de idade. Sartre apresentava Deus como um ser na direção à qual tende a realidade humana.
- Daí surge a ideia do nada espiritual.
- Influenciado por Feuerbach, Sartre afirma que “o homem é o ser que projeta ser Deus”.
- Para ele, ser homem seria fundamentalmente o desejo de ser Deus.
- Em acordo com Marx, Sartre definiu o sentimento religioso como um álibi e uma fuga da própria condição humana, pois para o homem existiria sempre uma luta a travar contra a ilusão transcendental que é a relação com Deus.
Contrariando a ideia do Cristo que se sacrifica para que o homem viva, na verdade é o homem que se sacrificaria em nome da existência de Deus. Para alguns, o existencialismo de Sartre parecia pessimista, até cruel, ao colocar o ser humano sozinho e abandonado.
Por outro lado, ele mostra um homem independente, responsável por seu futuro e com autonomia para decidir segundo sua própria vontade. Em seus ensaios, Sartre partia do princípio de que a existência precede a essência. Em outras palavras, primeiro o homem existe no mundo e só depois ele se define e constitui sua essência por meio de suas ações e pelo que faz na vida.
Os existencialistas, como Sartre, negam que haja a natureza humana – uma espécie de essência universal compartilhada pelos homens –, ou que esta essência seja influenciada pela vontade de Deus ou criada como seu atributo. Uma vez que a existência precede a essência, não somos definidos por uma natureza ou por Deus.
É o homem que tem toda a responsabilidade por suas ações. Para o existencialismo sartreano, o homem é um projeto “jogado” no mundo que não escolhe nascer em determinado lugar ou em determinada situação ou família. Mas, com diferentes possibilidades de caminhos a tomar a partir daí, ele deve dar significado à sua existência – é uma liberdade que tem e da qual não pode, curiosamente, se livrar.
Sartre, aliás, dizia que o homem está condenado a ser livre: “Condenado porque não criou a si próprio; porém livre, porque uma vez lançado ao mundo, é responsável por tudo que fizer”. Para o filósofo, é assim que o homem se faz homem: pelo conjunto de decisões que adota no dia a dia, sem desculpas do que “poderia” ser.
Suas falhas, portanto, não podem ser atribuídas a fatores externos, como a ação do meio ou a influência de outras pessoas. E mais: ao optar-se por uma escolha, ela elimina todas as outras possibilidades. É por isso que viver traz também angústia. Não se podem escolher todas as possibilidades. Com esse conceito de liberdade do indivíduo bem estruturado em termos filosóficos, Sartre sabia que necessitava torná-lo também plausível em termos sociais.
Antes influenciado pelos eventos da Segunda Guerra Mundial, que acabara de começar, o filósofo mergulhara no desenvolvimento do conceito filosófico de liberdade humana. Mais adiante, estabeleceu a liberdade individual em um contexto mais prático de responsabilidade social e engajamento.
- Com uma antipatia natural pela burguesia, Sartre aproximou-se do marxismo, em uma relação que apareceu com clareza nas obras Questão de método e “Crítica à razão dialética”, de 1960.
- Sartre discute se é possível reencontrar uma compreensão única do homem, para além das várias teorias, técnicas e ciências que o investigam.
Ele, no entanto, não pretende inventar esse novo saber capaz de fornecer soluções para os problemas que as antigas doutrinas não conseguiram resolver. Essa nova filosofia, segundo Sartre, já existia: o marxismo, para ele, era a filosofia insuperável do século 20.
* Bianca Encarnação é editora executiva da revista “Ciência Hoje das Crianças” e editora-assistente do “Globo Ciência”. saiba mais
: Sartre: filosofia centrada no homem
Quem são os que vão para o inferno
Quem estaria condenado ao inferno? – A lista é ampla. De acordo com a Bíblia, aqueles que adoram a outros deuses, que falam o nome de Deus em vão e que não guardam um dia para adorar ao Senhor estariam condenados ao sofrimento eterno após a morte. Os assassinos, adúlteros, ladrões, mentirosos e os invejosos também têm seu lugar garantido nas profundezas.
- Atitudes como não honrar e respeitar os pais, injustiça, impiedade e agressividade também são atos condenáveis no livro sagrado.
- Até chamar o outro de “louco” e olhar para o próximo desejando-o sexualmente pode garantir uns pontos a menos na hora do juízo final.
- Sempre que caímos no egoísmo, pensamos apenas em nós mesmos ou no nosso grupo e deixamos de agir pelo bem do próximo, nós, de certa forma, estamos agindo contra os valores do evangelho”, explica Dayvid.
E, na visão cristã, são esses valores que nos fazem — ou não — chegar mais perto do céu. Em outras palavras, a condição de inferno, como explica o coordenador, estaria em não realizar a vontade de Deus, conceito que, ao longo da história da igreja, recebeu uma série de interpretações — inclusive preconceituosas.
Qual é a forma do inferno?
1 – O inferno tem formato de cone – De acordo com a descrição de Dante, o inferno consiste em nove círculos concêntricos que se afunilam conforme ficam mais profundos, até chegarem ao centro da Terra. Para qual deles você é enviado depende do pecado cometido, com círculos destinados aos glutões, hereges e fraudadores.
Quando Deus criou o inferno
Lugar do homem é nos céu, mas como alcançá-lo? | O TEMPO Então, o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos.” (Mt 25.41.) Inferno não é um assunto agradável de abordar, mas é uma questão séria, terrível e de substancial importância para entendermos o amor do Senhor para conosco.
O inferno é tão ou mais real que qualquer coisa que você possa estar vendo agora. Não gostamos muito de ouvir sobre realidades que nos incomodam, e o inferno é uma dessas realidades que nos incomodam muito. As Escrituras revelam que o inferno não foi feito para o homem. O inferno foi preparado antes da criação do homem.
Quando Deus criou o homem não era plano de Ele jogar a sua criação no inferno. Deus preparou um jardim para a sua criação (Gênesis). Imagino o Jardim como algo indescritível de tão belo! Dizem as Escrituras que “nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.” (1Co 2.9).
- Homem nenhum, por mais inteligente e perspicaz que seja, consegue fazer idéia do que Deus preparou para ele.
- Quando olhamos para o Calvário, percebemos como o coração de Jesus, o Filho de Deus, foi esmagado.
- Percebemos, também, todo o seu sofrimento, toda a sua agonia, e toda aquela situação dramática à qual Ele foi submetido.
A única razão para todo aquele sofrimento era a restauração do homem. A Bíblia diz que: “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação.” (2Co 5.19). O inferno significa que o homem estará separado de Deus por toda a eternidade.
- Hoje, todas as pessoas encontram Jesus como Salvador e todos podem conhecê-lo como tal.
- As pessoas aceitam ou rejeitam o Salvador, mas um dia todos nós estaremos diante dele como nosso juiz.
- A Palavra diz: “Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.” (Jo 3.36).
No capítulo 5.24 do mesmo livro, lemos: “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida.” (Jo 5.24). O tempo do Senhor ainda não acabou, mas buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto (Is 55.6).
- O inferno não é aqui, apesar de muitas pessoas pensarem assim.
- Muitos até dizem que sua casa é um inferno, que a sua vida é um inferno.
- O inferno é para depois da morte.
- Mas, neste momento, o céu pode começar aqui, quando Jesus for colocado em primeiro lugar em nossa vida.
- Deus enviou Jesus à Terra para ser nosso Salvador.
Se o aceitarmos, teremos a vida eterna, mas se o rejeitarmos teremos a condenação eterna (João 3.16). Deus quer nos salvar, mas, para isso, é preciso que você receba ao Senhor Jesus. “Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.” (Rm 10.9.) O Espírito de Deus diz que o tempo é hoje, é agora.
O que significa a palavra inferno em hebraico?
O inferno segundo a Bíblia A palavra inferno na Bíblia apresenta ao menos 4 variações entre o hebraico do Antigo Testamento e o Grego do Novo Testamento. Assim, para entendermos os significados, analisamos as 4 variações nos idiomas originais com exemplos de textos bíblicos. A noção geral sobre o inferno é normalmente associada a um local de fogo eterno, para onde vão os perdidos após a morte.
Essa compreensão, no entanto, chegou aos nossos dias pela assimilação da cultura grega, e não por ter origens bíblicas. Biblicamente, o termo inferno possui outros significados, e que são harmônicos ao longo das Escrituras. Afinal, por ser a Palavra de Deus, a Bíblia nunca se contradiz. Dessa forma, para entendermos melhor, apresentaremos as 4 variações da palavra inferno nos idiomas originais, e veremos os significados em cada uma delas com exemplos de textos bíblicos para conferir.
Pesquisando as Escrituras encontramos 4 termos que dos seus idiomas originais são traduzidos pela palavra inferno: Sheol – É a única palavra hebraica do Antigo Testamento para inferno. Aparece cerca de 64 vezes, e se refere simplesmente à sepultura ou cova, local onde se enterra o cadáver.
Veja, por exemplo: Eclesiastes 9:10. Hades – Este termo aparece cerca de 10 vezes no Novo Testamento e é o equivalente grego do hebraico Sheol ; ou seja, sepultura ou cova. Exemplo: Atos 2:31. Tártaro – Aparece apenas em II Pedro 2:4, e se refere ao ambiente dos anjos caídos, fora da presença de Deus. Gehenna – Este foi o termo que Jesus mais usou e aparece cerca de 12 vezes no Novo Testamento.
Refere-se ao local e o momento da destruição final dos ímpios. É sobre este local que também faz referência Apocalipse 20:9,10, sobre o fim dos mil anos, quando Satanás e os perdidos são finalmente destruídos no lago de fogo. Receba novos artigos por email.
- Para entender a aplicação do inferno como o local para onde vão os mortos, precisamos entender também o seu contexto.
- Assim, para obter um entendimento claro e amplo, é preciso uma análise bíblica sobre o tema do estado do homem após a morte ao longo de todas as Escrituras – coletando as passagens em que este assunto aparece.
E para ajudar a aprofundar os seus estudos, preparamos uma apostila que você pode, : O inferno segundo a Bíblia
Quem é o rei do inferno?
Opções de compra e produtos complementares – Johnny Blaze é o rei do inferno, a última linha de defesa contra as hordas demoníacas tentando escapar e os senhores de outras regiões infernais que almejam seu trono, incluindo uma certa rainha maligna de seu passado! Enquanto isso: Danny Ketch nunca quis ser um Motoqueiro Fantasma, mas, com seu irmão no comando do submundo, ele precisa se tornar o Espírito da Vingança da Terra em tempo integral.
Qual a temperatura do inferno segundo a Bíblia?
Inferno de Dante tem tamanho, temperatura e poderá ser visto em 3D em projeto de pesquisador da Unicamp 1 de 3 Imagem em 3D do inferno em forma de espiral criado por Paulo de Tarso — Foto: Reprodução/arquivo pessoal Imagem em 3D do inferno em forma de espiral criado por Paulo de Tarso — Foto: Reprodução/arquivo pessoal Depois de calcular em sua dissertação de mestrado o tamanho do inferno, sua temperatura e lotação máxima, o arquiteto e artista plástico Paulo de Tarso iniciou uma tese de doutorado no Instituto de Artes da Unicamp, ainda em fase de elaboração, com o objetivo de criar uma nova topografia para o “reino das trevas”.
O resultado inicial é um inferno em forma de espiral, com 6.371 quilômetros de profundidade e dividido em nove camadas de 707,8 quilômetros de altura, que ganhará um vídeo em 3D e, em breve, estará disponível na internet. O vídeo feito pelo arquiteto com um programa de computador para imagens em 3D tem cerca de três minutos e mostra como seria o inferno a partir de relatos bíblicos e da interpretação de Dante Alighieri (1265-1321) na Divina Comédia.
Com textos em inglês, ele está sendo finalizado e, O site da Columbia University, nos Estados Unidos, é especializado em estudos sobre a obra de Alighieri e coordenado pelos professores Teodolinda Barolini e Akash Kumar. Para sonorizar o vídeo, Tarso conseguiu uma autorização da banda alemã Tangerin Dream, considerada como um grande expoente do rock progressivo eletrônico, junto com o Kraftwerk, para usar músicas do CD Inferno, lançado em 2002.
O objetivo do estudo é achar uma solução geométrica e especial, usando conhecimentos arquitetônicos, para as ligações dos nove círculos de sofrimento no inferno descritos por Dante em sua famosa obra. Quando Dante é levado pelo poeta Virgílio a percorrer o inferno, para passar de um círculo a outro eles são levados por gigantes ou seres alados.2 de 3 O arquiteto e artista plástico Paulo de Tarso com sua dissertação de mestrado e imagem de vídeo em 3D sobre o inferno — Foto: Marcelo Andriotti/G1 Campinas O arquiteto e artista plástico Paulo de Tarso com sua dissertação de mestrado e imagem de vídeo em 3D sobre o inferno — Foto: Marcelo Andriotti/G1 Campinas “Quero achar essa saída física que faça a ligação entre as camadas sem causar conflitos com os 14.330 versos e cantos feitos por Dante.
Boticelli, em uma representação que fez do inferno, colocou escadas, mas, pelos meus cálculos, essa escadaria teria 4 milhões de degraus. Isso só faria sentido se fosse mais uma forma de penitência para os pecadores”, brinca. Os curiosos estudos do mestre pelo Instituto de Artes da Unicamp começaram com a dissertação “Inferno, novas topografias: de Dante e Blade Runner”, defendida ano passado em seu mestrado no Instituto de Artes da Unicamp.
- A ideia era mostrar como o conceito de inferno foi construído, em especial pela igreja católica nos séculos IX e X, e que ainda hoje serve como forma das religiões incutirem temor em seus fiéis e para fazer controle social deles.
- Também mostrar como atualmente ele aparece diferentemente e de modo nem sempre óbvio e explícito em diversas formas de arte, como o cinema e histórias em quadrinhos”, diz Paulo de Tarso.
“Estava lendo um livro chamado ‘A Velocidade da Sombra’, de Jean-Marc Lévy-Leblond, quando vi uma parte em que ele fala de uma palestra de Galileu sobre a localização e dimensão do inferno a partir das descrições de Dante Alighieri na Divina Comédia”, lembra.
Foi o estopim do mestrado. Na dissertação, o arquiteto concluiu que o céu é mais quente que o inferno. E diferente das imagens claustrofóbicas de pinturas e ilustrações, é enorme e espaçoso, podendo receber todas as almas que já passaram e, possivelmente, as que vão passar pelo planeta até que ele acabe.
Mesmo que todos os seres desencarnados sejam mandados para arder eternamente junto a Lúcifer, eles poderão reclamar do cheiro de enxofre, mas nunca da falta de espaço.3 de 3 Inferno em forma de espiral feito em 3D para vídeo na internet — Foto: Reprodução/arquivo pessoal Inferno em forma de espiral feito em 3D para vídeo na internet — Foto: Reprodução/arquivo pessoal Para chegar a essas conclusões, uma boa dose de humor, cálculos matemáticos e leis da física foram aplicados a conceitos literários, artísticos e bíblicos totalmente imaginários, pelo menos para quem não é religioso, como o próprio pesquisador.
Os cálculos apresentados na dissertação são apenas complementos, não objeto central do estudo, mas deram um tempero especial ao estudo. Para chegar a eles, Paulo contou com a ajuda de seu amigo Antônio Panicali, um engenheiro eletrônico do ITA com doutorado pela Universidade de Illinois e pós-doutorado pela Politécnica da USP.
A base do estudo foi a mesma usada pelo matemático Antonio Manetti e de Galileu para mensurar o Inferno de Dante. Pelas descrições, o inferno foi formado após a queda do anjo Lúcifer em Jerusalém. Ele teria se criado em formato de um cone e ficaria abaixo da calota terrestre, tendo Jerusalém como ponto central, começando, segundo Galileu, com um círculo equivalente a 1/8 da Terra (que estaria abaixo de regiões como Europa, Leste Europeu, Oriente Médio, Norte da África e parte da Ásia), e se afunilando até o ponto central do planeta.
- Dante divide esse cone em nove camadas, ou círculos, cada uma voltada para alguns tipos de pecado.
- Como todas as representações do inferno usam imagens de corpos humanos, foi usado o volume médio de uma pessoa para definir o espaço que seria ocupado por uma alma.
- A conclusão foi de que o inferno poderia abrigar 9 sextilhões de almas, o que seria representado numericamente por um 9 seguido por 21 números 0.
Um estudo feito em 2011 feito por uma organização chamada The Population Reference Bureau (PRB) calculou que passaram pela Terra desde o surgimento dos seres humanos cerca de 108 bilhões de pessoas. Se elas estivessem todas juntas no inferno, o espaço que elas ocupariam ainda precisaria ser multiplicado 200 mil vezes até que toda a área destinada aos pecadores fosse ocupada.
- O problema pode não ser falta de espaço, mas o inferno realmente é muito quente, com 485 graus centígrados.
- Está longe de ser um clima agradável de tarde de outono, mas ainda assim é melhor que o céu bíblico, que teria temperaturas de 525 graus centígrados torturando as boas almas.
- Para chegar a essas temperaturas, o autor seguiu pistas dadas pela Bíblia.
Em Isaías, a descrição do mundo celeste fala que: “Então a luz da lua será viva como a do sol, e a do sol brilhará sete vezes mais,”. Isso faria com que o ambiente celeste chegasse a 525 graus centígrados. Na definição do inferno, a dica está em Apocalipse, onde um dos trechos fala em “tanque ardente de fogo e enxofre,”.
Como é o inferno Segundo Dante?
Divisão – O inferno é formado por Nove Círculos, Três Vales, Dez Fossos e Quatro Esferas, Essa organização foi baseada na teoria medieval de que o universo era formado por círculos concêntricos, O inferno foi criado da queda de Lúcifer do Céu, Lúcifer teria caído em Jerusalém, a Terra Santa, portanto, ali está o Portal do Inferno.
Como é dividido o inferno
O Inferno de Dante – Algumas pessoas podem até se surpreender, mas o nosso conceito mais elaborado de Inferno não vem da Bíblia cristã, que possui referências um pouco mais genéricas para o que esse lugar de punição representa. A mitologia em torno do Inferno, seus círculos e a relação com os Sete Pecados Capitais vem de outra obra: A Divina Comédia, escrita por Dante Alighieri no século XIV. Foto: Scala / Reprodução National Geographic A obra é dividida em três partes — “Inferno”, “Purgatório” e “Paraíso” — e narra a viagem do próprio autor pelos três planos, guiada pelo poeta romano Virgílio, A primeira parada ocorre justamente no Inferno, onde Dante nos conduz em uma alegoria do conceito medieval desse lugar de eterna danação.
De acordo com A Divina Comédia, o Inferno é formado por Nove Círculos, Três Vales, Dez Fossos e Quatro Esferas, A organização se baseia na teoria medieval de que o universo era formado por círculos concêntricos. LEIA TAMBÉM: Nessa versão, o Inferno teria sido criado a partir da queda de Lúcifer do Céu, uma passagem recontada por John Milton no épico,
Segundo Dante, a gravidade dos pecados aumenta conforme os círculos se tornam mais profundos. Confira quais são os Nove Círculos e o que cada um deles representa:
Como se chama o inferno
Na verdade, o inferno é um purgatório, pois na Bíblia ele é temporário | O TEMPO Tártaro, Geena, sheol, hades, ínferos e Limbo designam geralmente o inferno, que é de origem mitológica, quando seu chefe era Plutão e que, no cristianismo, passou a ser Satanás, Belzebu ou Lúcifer.
E o inferno cristão tornou-se muito mais terrível do que o mitológico pagão, graças a Dante Alighieri (século XIII), que o recriou na sua “Divina Comédia”. Examinando 1 Coríntios 3: 15, os versículos em torno e outros textos da Bíblia, conclui-se que o inferno não é um lugar, que ele e seu fogo são figurados e que ele é mesmo temporário.
Aliás, a parábola do Filho Pródigo (Lucas capítulo 15); o desejo de Deus de que todos se salvem (Mateus 18: 14; 1 Timóteo 2: 4); a afirmação de Jesus de que há mais alegria nos céus quando um se converte do que pela alegria lá já reinante por cem já convertidos; a busca da ovelha perdida até ser encontrada (Lucas 15: 4) e outras passagens bíblicas pulverizam as penas sempiternas dos teólogos medievais baseados na poesia do terror infernal de Dante.
- Manifesta se tornará a obra de cada um.
- O dia demonstrará a boa obra que se revela pelo fogo; e tal como com a obra de cada um, o próprio fogo a provará.
- Se ela permanecer edificada sobre o fundamento, seu autor receberá galardão.
- Se a obra de alguém se queimar, ele sofrerá dano; mas esse autor será salvo, como que através do fogo” (1 Coríntios 3: 15).
Numa linguagem simples, vejamos esse texto até o versículo 17. As obras boas e más estão relacionadas com o fogo. A obra boa e fundamentada, como acontece com a de cada um, é revelada pelo fogo, e se ela permanece no fundamento, o seu autor receberá o galardão.
- Mas queimando-se a obra de alguém por ela não ser boa, ele sofrerá punição pelo fogo, pois sua obra será queimada, mas ele será salvo pelo próprio fogo destruidor da sua obra má.
- Se ele se salva, logo a pena é temporária.
- Vós não sabeis que sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1 Coríntios 3: 16).
E Paulo termina com uma linguagem figurada profética (ameaçadora) aos suicidas: “Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado” (1 Coríntios 3: 17). Kardec elogiou o purgatório da Igreja, por ser temporário, de acordo, pois, com a justiça perfeita de Deus, que dá a cada um conforme suas obras.
Nossas faltas são finitas. Puni-las, pois, com penas infinitas ou sempiternas seria um erro de justiça gravíssimo. Assim, atribuir a Deus a criação dessas penas sem fim é até uma blasfêmia! O inferno na verdade é, pois, tal qual o purgatório temporário da Igreja. O grande santo sábio e bispo da Igreja primitiva, são Gregório de Nissa (4º século), um dos padres da Igreja, notável pela sua lógica, já ensinava também que o inferno é temporário.
Que os teólogos dogmáticos, pois, se cuidem! * Na TV Mundo Maior, também pelo www.tvmundomaior.com.br, o “Presença Espírita na Bíblia”, com Celina Sobral e este colunista, às 20h das quintas-feiras, e às 23h dos domingos. Perguntas e sugestões: [email protected].
E, na Rede TV, o “Transição”, aos domingos, às 16h15. * “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Kardec, pela Ed. Chico Xavier. www.editorachicoxavier.com.br; (31) 3636-7147 e 0800-283-7147, com tradução deste colunista. * Recomendo “O Despertar da Consciência – Do Átomo ao Anjo”, de Sebastião Camargo; www.sebastiaocamargo.com.br, www.odespertardaconsciencia.com.br e www.editorachicoxavier.com.br.
: Na verdade, o inferno é um purgatório, pois na Bíblia ele é temporário | O TEMPO
Como é descrito o Inferno de Dante
O inferno como a régua do mundo O inferno segundo Botticelli, artista pesquisado pelo autor da tese Para algumas mitologias e culturas religiosas, o inferno é a morada dos mortos, o destino dos con denados ou, ainda, um estado de espírito. Para o filósofo e escritor Jean-Paul Sartre, o inferno são os outros.
Contudo, na opinião de Dante Alighieri (1265-1321), poeta florentino basilar para a cultura ocidental e autor da obra Divina Comédia, o infer no tem endereço e é muito bem definido: possui formato de um cone, cujo vértice tem 60 graus, composto por nove círculos cheios de ruínas de antigas pontes, catedrais e cemitérios.
Quanto mais profundo o círculo, menor a sua circunferênc ia, abrigando aqueles que cometeram pecados mais graves e, portanto, com penas maiores. O fundo, no centro da Terra, é formado por um lago gelado. Sua entrada fica no subsolo de Jerusalém, cidade tida como o centro do mundo na Idade Média.
Considerando as dimensões do planeta, ele teria uma profundidade de cerca de 5.200 km e um diâmetro de 10.300 km. Toda essa configuração espacial consta dos versos da primeira parte da Divina Comédia, poema em que Dante narra sua própria jornada pelo inferno na companhia do poeta romano Virgílio. A arquitetura imaginada pelo autor está, até hoje, presente em nossa cultura.
“O inferno é um dos elementos que dão sentido ao mundo”, descreve Paulo de Tarso Coutinho, arquiteto que, em sua pesquisa de doutorado em Artes Visuais pela Unicamp, propôs um intercâmbio entre diferentes linguagens para sistematizar a arquitetura do inferno pensado por Dante. Frame de vídeo no qual Paulo de Tarso Coutinho projeta arquitetura do inferno segundo sua própria interpretação