Dois servidores públicos de Blumenau, no Vale do Itajaí, foram afastados nesta terça-feira (3), suspeitos de participarem de um esquema de superfaturamento de contratos em secretarias da Prefeitura Municipal.
A “Operação Elysium” da Polícia Civil apura o superfaturamento na prestação de serviços para as Secretarias de Meio Ambiente e Sustentabilidade e Secretaria de Atenção à Saúde.
Além dos servidores afastados, o engenheiro florestal da empresa investigada teve o registro profissional suspenso. Ao todo, a segunda fase da operação cumpriu sete mandados de busca domiciliar.
Servidores públicos sabiam de superfaturamento
Na segunda fase, o foco dos investigadores se voltou para os funcionários públicos responsáveis pela fiscalização da empresa. Isso por que, de acordo com a Polícia Civil, a omissão foi imprescindível para os lucros ilícitos investigados.
A polícia apurou que a empresa, após vencer as licitações, superfaturou os serviços prestados. Entre 2022 e 2023, a empresa teria recebido um total de R$ 2 milhões.
Os serviços superfaturados nos contratos envolviam a manutenção de arborização urbana, canteiros, irrigação de jardins e roçada nos estabelecimentos indicados no contrato com o Poder Público.
Além dos mandados, a Polícia Civil apreendeu dispositivos informáticos e demais elementos de interesse para investigação. O inquérito ainda será concluído e apresentado ao MPSC (Ministério Público de Santa Catarina).
Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Blumenau disse que em breve deve encaminhar um posicionamento oficial sobre o caso.
Primeira fase da “Operação Elysium”
A primeira fase da “Operação Elysium” ocorreu em março, com 12 mandados de busca domiciliar e três mandados de prisão temporária.
Na época, empresários foram presos preventivamente, investigados pelo esquema fraudulento em licitações nas prefeituras de Blumenau e Indaial.
O esquema funcionava com a apresentação de atestados de capacidade técnica com possível falsidade ideológica.