À medida que envelhecemos, muitas vezes nos tornamos mais tolerantes com os outros. Percebi isso em mim mesmo e em outras pessoas ao meu redor.
Não se trata apenas de envelhecer; trata-se de obter sabedoria e compreensão por meio de experiências de vida. Quando nos tornamos mais receptivos e compreensivos, começamos a apresentar certos comportamentos que refletem essa mudança.
Sou Lachlan Brown, fundador do Hack Spirit, e passei muito tempo estudando mindfulness e budismo, práticas enraizadas na compaixão e na compreensão. Tenho notado alguns comportamentos-chave que as pessoas que se tornam mais tolerantes exibem à medida que envelhecem.
Então, vamos dar uma olhada nesses comportamentos que sinalizam uma tolerância crescente em um indivíduo.
1) Maior aceitação
À medida que envelhecemos, muitas vezes nos tornamos mais receptivos aos outros. Isto não é apenas um subproduto do envelhecimento; é um sinal de crescente sabedoria e maturidade.
Essa aceitação está enraizada na compreensão de que cada um tem sua jornada e experiências únicas que os moldam. Trata-se de reconhecer que não existe uma abordagem de vida do tipo “tamanho único”.
As práticas de mindfulness me ensinaram que aceitação não significa tolerar mau comportamento ou descartar diferenças. Pelo contrário, trata-se de reconhecer estas diferenças sem julgamento, permitindo-nos coexistir pacificamente.
Então, quando você vê alguém exibindo maior aceitação para com os outros, independentemente de suas personalidades ou ações, é uma indicação clara de sua crescente tolerância.
E lembre-se, a aceitação não é passiva; é um processo ativo de compreensão e aceitação da diversidade.
2) Abraçando a mudança
Eles entendem que nada na vida é estático e que a mudança é a única constante.
Na minha jornada, descobri que compreender e aceitar a impermanência das coisas nos permite ser mais tolerantes com os outros.
Quando reconhecemos que todos estão evoluindo e mudando, é menos provável que nos apeguemos a perspectivas ou expectativas rígidas.
O renomado especialista em mindfulness, Jon Kabat-Zinndisse uma vez: “Você não pode parar as ondas, mas pode aprender a surfar”.
Não se trata de tentar controlar ou resistir à mudança, mas sim de aprender como navegar por ela com graça.
3) Cultivando a compaixão
Pessoas que se tornam mais tolerantes com a idade geralmente apresentam um aumento significativo na compaixão. Não se trata apenas de ser solidário; trata-se de compreender verdadeiramente o sofrimento dos outros e querer aliviá-lo.
No budismo, compaixão ou ‘Karuna‘é um princípio fundamental. Não se trata apenas de sentir pena de alguém. Trata-se de ter empatia profunda com seu sofrimento e se esforçar para ajudá-los.
Esse aumento na compaixão pode nos levar a ser mais tolerantes com os outros.
Afinal, quando entendemos que cada um está travando suas próprias batalhas, tendemos a ser menos críticos e mais indulgentes.
4) Abraçando a atenção plena
Eles demonstram uma maior consciência de seus pensamentos, emoções e ambiente sem julgamento.
Mindfulness é estar presente no momento e aceitá-lo como ele é. Trata-se de observar, não de reagir. Essa prática pode levar a uma maior tolerância, pois nos incentiva a reagir de forma menos impulsiva e a compreender mais profundamente.
Ao praticar a atenção plena, aprendemos a responder em vez de reagir. Tornamo-nos mais conscientes de nossos preconceitos, julgamentos e gatilhos. Essa consciência pode nos levar a ser mais pacientes e menos reativos aos comportamentos ou pontos de vista dos outros.
5) Abandonar o ego
À medida que envelhecemos, muitos de nós começamos a ver a importância de abandonar o ego. Este é um passo crucial para se tornar mais tolerante.
Em minha jornada e em meus estudos, descobri que um ego forte muitas vezes atrapalha a tolerância. Pode nos tornar rígidos, inflexíveis e incapazes de ver além de nossas próprias perspectivas.
No meu livro, “Segredos ocultos do budismo: como viver com impacto máximo e ego mínimo“, me aprofundo no conceito de ego no Budismo e como ele muitas vezes atrapalha nosso crescimento e compreensão.
Abandonar o ego nos permite ver os outros com mais clareza. Tornamo-nos mais abertos a diferentes pontos de vista e experiências, promovendo maior tolerância.
6) Praticando paciência
A paciência, muitas vezes esquecida, é um comportamento fundamental exibido por pessoas que se tornam mais tolerantes à medida que envelhecem. Não se trata apenas de esperar; trata-se da capacidade de permanecer calmo e sereno, mesmo diante de adversidades ou desentendimentos.
Tanto no budismo quanto nas práticas de atenção plena, a paciência é vista como uma virtude e um caminho para a compreensão. Trata-se de dar aos outros o espaço para serem eles mesmos, sem julgamentos ou reações precipitadas.
Nem sempre é fácil ser paciente, especialmente quando somos confrontados com opiniões ou ações das quais discordamos veementemente.
Mas é nesses momentos que a paciência se torna mais crucial. Isso nos permite fazer uma pausa, refletir e responder com sabedoria.
7) Desenvolver uma compreensão mais profunda
Eles não apenas ouvem, eles realmente ouvem. Eles não apenas veem, eles observam.
Essa compreensão mais profunda não envolve apenas a aquisição de conhecimento. Trata-se de conectar-se empaticamente com as experiências e pontos de vista dos outros, além das interações superficiais.
O renomado monge budista, Thich Nhat Hanh, disse uma vez: “Quando você entende, você não pode deixar de amar”. Isso resume a essência da compreensão na promoção da tolerância. Trata-se de ver além das nossas diferenças, para a experiência humana compartilhada.
8) Ficar confortável com o desconforto
Eles não fogem de conversas difíceis ou situações desafiadoras.
A atenção plena nos ensina a sentar-nos com desconforto, a observá-lo sem julgamento ou resistência. Trata-se de reconhecer nossos sentimentos e emoções sem permitir que eles nos controlem.
Quando nos sentimos confortáveis com nosso próprio desconforto, é mais provável que sejamos tolerantes com os outros. Podemos lidar com desentendimentos ou diferenças sem nos sentirmos ameaçados ou na defensiva.
Portanto, se você vir alguém que não foge de situações ou conversas difíceis, mas as acolhe como oportunidades de crescimento e compreensão, provavelmente está se tornando mais tolerante.
Concluindo, tornar-se mais tolerante à medida que envelhecemos não significa apenas envelhecer; trata-se de crescimento pessoal.
Cada um desses comportamentos é um passo para se tornar mais tolerante e compreensivo. E à medida que crescemos e evoluímos, a nossa capacidade de tolerância só pode aumentar.
Se você estiver interessado em explorar isso mais a fundo, eu me aprofundo nesses conceitos e muito mais em meu livro, “Segredos ocultos do budismo: como viver com impacto máximo e ego mínimo“. É uma jornada para compreender a si mesmo e aos outros a partir de uma perspectiva budista.
Lembre-se de que a jornada rumo a uma maior tolerância é contínua. Mas com atenção plena e compreensão, todos podemos tornar-nos mais receptivos e tolerantes.
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