A estratégia por trás do fechamento de capital (OPA) da Cielo (CIEL3) foi um dos temas das teleconferências do Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC4) dos resultados do quarto trimestre de 2023.
Em teleconferência para comentar os resultados do Bradesco na manhã de quarta-feira (7), Marcelo Noronha, novo CEO do banco, disse que a OPA é um movimento estratégico.
“Nós estamos fazendo isso…para termos a adquirência mais próxima dos dois bancos”, afirmou o executivo, acrescentando que não há nenhum debate envolvendo uma eventual cisão da unidade Cateno, assim como não estão nos planos comprar do BB ou vender ao banco sua fatia na Cielo.
“Não estamos discutindo nada de compra, de venda com o Banco do Brasil…por enquanto é fechar o capital, e ir à luta para brigar por esse mercado”, afirmou o presidente do Bradesco.
A presidente-executiva do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, disse também em teleconferência pós-balanço nesta sexta que a decisão de fechar o capital da Cielo para ser “mais assertivo” na forma de atuação nesse mercado.
Ambos os executivos apontaram acreditar no êxito da operação.
Noronha estimou o closing da OPA em “uns 150 dias”, avaliando que a maior parte dos acionistas minoritários deve aceitar a proposta a um preço de R$ 5,35 por ação. “É natural que os minoritários possam questionar (o preço), isso faz parte do jogo…Mas eu acho que a maior parte dos minoritários vai aceitar a nossa proposta”.
Analistas destacaram durante a semana que a OPA da Cielo faz sentido uma vez que o cenário de adquirência passou por mudanças significativas, e a perspectiva de um negócio consistentemente rentável é considerada baixa. A Genial destacou que o Itaú, com a Rede, e o Santander, com a Getnet, conseguiram integrar vendas cruzadas de produtos bancários e adquirência de forma mais eficaz do que o Bradesco, Banco do Brasil e Cielo. Assim, com o fechamento de capital, o mercado também espera que a Cielo siga essa linha.
(com Reuters)
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