O ICQ, um dos primeiros programas de mensagem em tempo real da história, será encerrado em um mês. No dia 26 de junho, o serviço será descontinuado. A informação foi publicado no site oficial do ICQ na última sexta-feira (24).
Na mesma página, o serviço de mensagens recomenda que os usuários adotem o as plataformas do VK, empresa de redes sociais da Rússia que comprou o ICQ da AOL em 2010.
O pioneiro nos aplicativos de mensagens foi lançado em 1996, há 28 anos atrás, pela empresa israelense. Na época, o termo aplicativo nem era popular: chamavam de software ou programa, termos dos primeiros anos de internet.
ICQ teve “revival” no mobile e suspensão no Brasil
Ainda que esquecido pelos brasileiros, o ICQ teve seu momento de “renascimento” na década passada e com a popularização dos smartphones — mas ainda incapaz de recuperar a fama dos anos 90. A VK criou apps do ICQ para Android e iOS, aproveitando da popularidade que o serviço ainda tinha na Rússia.
Porém, dados de 2022 indicavam que o aplicativo de mensagens possuía 11 milhões de usuários mensais. Para comparação, a Meta revelou em 2022 que o seu app contava com 2 bilhões de usuários mensais. Em abril deste ano, o Político publicou um estudo prevendo que o WhatsApp baterá a marca de 3 bilhões de usuários únicos em junho.
A criação da versão mobile do ICQ prolongou a vida do programa de mensagens. Contudo, o embalo da sua popularidade já havia sido perdido no início dos anos 2000. Com a chegada do MSN e Skype, o ICQ perdeu espaço.
Depois, com redes sociais como o Facebook, que contava com publicações de amigos e função de mensagens em tempo real, os programas de mensagem foram perdendo espaço. Para piorar a vida do ICQ, o WhatsApp e o iMessage juntaram o número de celular com a funcionalidade de mandar mensagens sem custo.
Em 2023, uma reportagem do site Núcleo revelou que a plataforma era usada no Brasil para troca de material de pornografia infantil. Meses depois, após uma investigação da PF, a justiça brasileira pediu a suspensão do ICQ no Brasil, alegando que a empresa não estava cooperando com as investigações.
Com informações: Garon e TechSpot
