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Quem É Quem Na Bíblia?

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Qual é o ator principal da Bíblia

Todas as Escrituras testemunham de Cristo – Quando Jesus curou um paralítico no dia de Sábado (o dia de descanso semanal judaico), Ele causa grande divergência ao afirmar que Ele era o Cristo, mais que isso, que Ele era o Próprio Deus Encarnado ( João 5 ).

  1. Para os líderes judeus era impossível entender que esse jovem carpinteiro poderia ser o Cristo prometido no Antigo Testamento.
  2. Por isso, Jesus disse com autoridade: ” Vocês estudam cuidadosamente as Escrituras, porque pensam que nelas vocês têm a vida eterna.
  3. E são as Escrituras que testemunham a meu respeito; contudo, vocês não querem vir a mim para terem vida ” João 5:39-40,

Quando Jesus disse isso, afirmava que ‘O Antigo Testamento testemunhou dEle’, visto que esse diálogo ocorreu antes que o Novo Testamento estivesse escrito. Veremos que é correto afirmar que toda a Bíblia tem Jesus como personagem principal e foco.

Quem foi que ensinou Paulo

São Paulo de Tarso, o apóstolo dos gentios São Paulo Apóstolo Apóstolo nascido em Tarso, cidade principal da Cilícia, conhecido como o grande apóstolo dos gentios. Descendia de uma família hebreus da tribo de Benjamin, que haviam obtido a cidadania romana, de grandes posses e prestígio político.

Seus pais, sendo como eram, fiéis à lei mosaica, o mandaram logo para Jerusalém para ser educado lá. Fariseu fervoroso, recebeu na circuncisão o nome de Saulo e teve como preceptor um dos mais sábios e notáveis rabinos daquele tempo, o grande Gamaliel, neto do ainda mais famoso Hilel, de quem recebeu as lições sobre os ensinos do Antigo Testamento.

Foi este Gamaliel, cujo discurso se contém nos Atos dos Apóstolos 5.34-39, que aconselhou o Sanedrim a não tentar contra a vida dos apóstolos. Ele possuía alguma coisa estranha ao espírito farisaico, a qual se avizinhava da cultura grega. Em seu discurso demonstrava um espírito tolerante e conciliador, característico da seita dos fariseus.

Celebrizou-se por seus vastos conhecimentos rabínicos. Aprendeu o ofício de fazedor de tendas, das que se usavam nas viagens. Recebeu uma educação subordinada às tradições e às doutrinas da fé hebraica e, embora fosse filho de um fariseu, At 23, tornou-se um cidadão romano. Pelos seus dizeres na epístola aos filipenses 3.4-7, aparentemente ocupava posição de grande influência que lhe dava margem para conseguir lucros e grandes honras.

Tornou-se membro do concílio, At 26.10, e logo depois recebeu a comissão do sumo sacerdote para perseguir os cristãos, 9.1, 2; 22.5. Apareceu no cenário da história cristã, como presidente da execução do diácono Estêvão (1)o protomártir do Cristianismo, a cujos pés as testemunhas depuseram suas vestimentas At 7.58.

  1. Na Bíblia aparece então no 7º capítulo do livro Atos dos Apóstolos, guardando as vestes do diácono, que foi apedrejado, concordando, portanto, com a condenação.
  2. Depois disso, empreendeu forte perseguição aos cristãos.
  3. Na sua posição odiava a nova seita, não só desprezando o crucificado Messias, como considerava os seus discípulos um elemento perigoso, tanto para a religião como para o Estado.

Este seu ódio mortal contra os discípulos de Jesus durou até ao momento da sua conversão, que aparece no 9º capítulo. Foi no caminho de Damasco que se deu a sua repentina conversão (30). Ele e seus companheiros viajavam pelos desertos da Galiléia e quando, ao meio-dia, o sol ardente estava no seu zênite, At 26.13, repentinamente uma luz vinda do céu, mais brilhante que a luz do sol caiu sobre eles, derrubando-os.

  • Todos se ergueram, mas ele continuou prostrado por terra.
  • Ouviu-se então uma voz que dizia em língua hebraica: “Saulo, Saulo, porque me persegues? Dura coisa é recalcitrares contra o aguilhão (2)”.
  • Respondeu ele então: “Quem és tu Senhor?” E veio a resposta: “Eu sou Jesus a quem tu persegues.
  • Levanta-te e vai à cidade e aí se te dirá o que te convém fazer”.

Os companheiros que o seguiam ouviam a voz sem nada ver, nem entender. Ofuscado pelo intenso clarão da luz, foi conduzido pela mão dos companheiros. Entrou em Damasco e hospedou-se na casa de Judas, onde permaneceu três dias sem ver, sem comer e nem beber, orando e meditando sobre a revelação divina.

  • Guiado pelo Senhor, o judeu convertido Ananias, foi visitar-lhe e ao se encontrar com o grande perseguidor, recebeu a confissão da sua nova fé.
  • Certo de sua conversão Ananias impôs-lhe as mãos, fê-lo recobrar a visão e o batizou.
  • Batizado, foi para o deserto da Arábia, onde orou e fez penitência por três anos.

A partir de então, com a juventude e a energia que o caracterizava, e para grande espanto dos judeus, começou a pregar nas sinagogas que Jesus era o Cristo, Filho de Deus vivo, 9 10-22. Regressou à Jerusalém, onde sofreu a desconfiança dos que não acreditavam na sua repentina conversão e instalou-se em Antióquia, na Síria, de onde fez três grandes viagens missionárias, ao longo de 25 anos.

Não pare agora. Tem mais depois da publicidade 😉 Pregou na Ásia Menor, Grécia e Jerusalém, até ser preso em Cesaréia (61). Levado para Roma, permaneceu dois anos sob custódia militar, gozando de relativa liberdade, suficiente para receber os cristãos e converter os pagãos. Durante esse período escreveu as cartas aos Filipenses, aos Colossenses, aos Efésios e a Filêmon.

Inocentado (63) passou pela Espanha, visitou suas comunidades no Oriente, onde foi preso e novamente levado para Roma (67) sob a acusação de seguir uma religião ilegal. São desse último período as duas cartas a Timóteo e a carta a Tito. Por ordem de Nero desta vez não teve perdão e foi condenado à morte, mas por ser um cidadão romano não deve ter sido crucificado e, sim, decapitado.

  • Além de alguns discursos a ele atribuídos, mencionados nos Atos dos Apóstolos, deixou 14 cartas dirigidas a várias comunidades convertidas e a amigos.
  • Nas cartas que escreveu às comunidades que fundou, mostrou-se o grande teólogo empenhado em elaborar uma síntese do mistério cristão que atravessasse os tempos.

esses documentos caracterizam-se por conterem valiosas regras de vida completamente atemporais, que jamais perderão seu significado se praticados para garantirem a harmonia em qualquer sociedade, em qualquer época. Também em seus ensinamentos observa-se o esclarecimento da distinção entre judaísmo e cristianismo e a difusão deste último no mundo grego.

  • É celebrado nos dias 25 de janeiro, tradicionalmente o dia da sua conversão, e 29 de junho, o dia de sua morte.
  • Não era apóstolo oficialmente, mas foi considerado o apóstolo do gentios por causa da sua grande obra missionário nos países gentílicos.
  • Ele dizia de si mesmo: “Eu trabalhei mais que todos os apóstolos.

e ai de mim se não evangelizar!”, mas também dizia: “Eu sou o menor dos apóstolos. não sou digno de ser assim chamado”. (1) Santo Estêvão, considerado o protomártir, nascido e morto em Jerusalém (35), judeu convertido, foi um dos sete diáconos eleitos pela comunidade cristã de Jerusalém para presidir ao serviço das mesas (At 6,5-11; 7,54-60).

  1. Despertando a antipatia dos judeus helenistas, enciumados do sucesso com que exercia o seu ministério, foi acusado de ter blasfemado contra Deus, a religião e o Templo.
  2. Conduzido ao Sinédrio, foi condenado à lapidação.
  3. Saulo, o futuro apóstolo Paulo, presenciou o martírio.
  4. As relíquias de Estêvão, descobertas em Constantinopla (415), foram transportadas para Veneza (1110).

(2) A frase “Dura coisa é recalcitrares contra o aguilhão”, não quer dizer que ele agia contra a sua vontade, ou que já reconhecia a verdade do Cristianismo, e sim, quer dizer antes que era insensatez resistir aos propósitos divinos. Figura copiada do site da UNIV. Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja: COSTA, Keilla Renata. “São Paulo de Tarso”; Brasil Escola, Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biografia/sao-paulo-tarso.htm. Acesso em 13 de novembro de 2023. : São Paulo de Tarso, o apóstolo dos gentios

Quem foi a pessoa que viveu mais tempo na Bíblia?

Matusalém – Brasil Escola Matusalém, quem foi Matusalém, a vida de Matusalém, a idade de Matusalém, passagens na história que falam sobre Matusalém, a origem de Matusalém. O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor, Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse:,

  1. Foi um personagem bíblico do Antigo Testando que, segundo o livro, teria vivido 969 anos.
  2. Ele era filho de Enoch, que teria morrido aos 365 anos.
  3. Matusalém foi pai pela primeira vez aos 187 anos.
  4. Seu primeiro filho recebeu o nome de Lamec.
  5. Depois de Lamec ele teve muitos outros filhos e filhas.
  6. Até hoje o nome Matusalém é usado para designar uma pessoa muito velha.

Ref: Nova Enciclopédia Ilustrada Publicado por: Eliene Percília O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor, Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse:, : Matusalém – Brasil Escola

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O que Jesus Cristo é?

Com base no texto bíblico, Jesus é o filho de Deus que foi concebido pelo Espírito Santo, através de uma virgem chamada Maria. Ele praticou milagres, ensinos e foi morto em uma cruz.

Quem escreveu o Salmo 90 da Bíblia

Autoria e data. Por seu cabeçalho (‘Oração de Moisés, homem de Deus’) este salmo é atribuído a Moisés, sendo escrito por volta do século XIII a.C., sendo então o primeiro Salmo a ser escrito cronologicamente.

Como foi descoberta a Bíblia?

Quais são as origens da Bíblia? Achado recente revela pistas 1 de 1 Restam poucos exemplares de versões antigas da Bíblia, como este Codex Sassoon, o mais antigo em hebraico — Foto: Ed Jones/AFP Restam poucos exemplares de versões antigas da Bíblia, como este Codex Sassoon, o mais antigo em hebraico — Foto: Ed Jones/AFP Mais de 2 bilhões de cristãos no mundo baseiam sua fé no Novo Testamento, uma das obras escritas mais influentes da história,

  1. Assim, cada nova descoberta sobre o texto tem potencial de ser uma grande sensação.
  2. Grigory Kessel, pesquisador da Academia de Ciência da, deve ter sentido exatamente isso ao descobrir uma tradução de 1.750 anos do Novo Testamento – uma das mais antigas de que se tem notícia,
  3. O especialista em história medieval encontrou o texto usando fotografia ultravioleta em imagens digitalizadas de manuscritos preservados na Biblioteca do Vaticano.

O pequeno fragmento de uma tradução siríaca do grego, escrita no século III e copiada no século VI, havia sido apagado e encoberto por outros manuscritos, O siríaco é um dialeto do aramaico que surgiu durante o século I d.C. Junto com o grego, era a língua mais importante na literatura religiosa dos primeiros séculos da era cristã. Achado recente revela pistas da origem da Bíblia

Quem foi a primeira pessoa a chorar na Bíblia?

Evangelho do dia: Jesus chora por Jerusalém

O evangelho de hoje, de Lucas 19,41-44, fala que Jesus se aproximou de Jerusalém, contemplou a cidade e começou a chorar por causa dela.O pranto de Jesus é um gesto profético, igual aos clamores que os profetas lançaram no tempo da destruição de Jerusalém, ao longo silêncio de Ezequiel, ao pranto do vidente do Apocalipse.

É um ato público, porque chora pela cidade. Aqui é preciso compreender o que quer dizer Jerusalém, para um judeu: a cidade santa, a cidade desejada desde longe pelos peregrinos, a cidade ereta sobre o monte, a cidade construída para ficar a salvo, uma fortaleza, a cidade à qual os prófugos chegam depois de tantos sacrifícios.

Pensemos no salmo 121: “Que alegria quando ouvi que me disseram: vamos à casa do Senhor! Agora nossos pés já se detêm, Jerusalém em tuas portas. Para lá sobem as tribos do Israel, para o louvar o nome do Senhor”. O caminho da paz é Jesus. Existe uma ligação estreita entre o pranto de Jesus que desce para a cidade, vê o mal que está nela, mal que tomará sobre si.

Os versículos do evangelho de hoje, lembram as palavras de Jesus que afirma que “Não é possível que um profeta morra fora de Jerusalém. Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas aqueles que te são enviados. Quantas vezes quis recolher os teus filhos como a galinha recolhe debaixo de suas asas os seus pequeninos”.

Quem fez o primeiro testamento?

Continua após publicidade (Sattu/Superinteressante) Continua após publicidade Em algum lugar do Oriente Médio, por volta do século 10 a.C., uma pessoa decidiu escrever um livro, Pegou uma pena, nanquim e folhas de papiro (uma planta importada do Egito) e começou a contar uma história mágica, diferente de tudo o que já havia sido escrito.

Era tão forte, mas tão forte, que virou uma obsessão. Durante os mil anos seguintes, outras pessoas continuariam reescrevendo, rasurando e compilando aquele texto, que viria a se tornar o maior best-seller de todos os tempos: a Bíblia, Ela apresentou uma teoria para o surgimento do homem, trouxe os fundamentos do judaísmo e do cristianismo, influenciou o surgimento do islã, mudou a história da arte – sem a Bíblia, não existiriam os afrescos de Michelangelo nem os quadros de Leonardo da Vinci – e nos legou noções básicas da vida moderna, como os direitos humanos e o livre-arbítrio.

Mas quem escreveu, afinal, o livro mais importante que a humanidade já viu? Quem eram e o que pensavam essas pessoas? Como criaram o enredo, e quem ditou a voz e o estilo de Deus? O que está na Bíblia deve ser levado ao pé da letra, o que até hoje provoca conflitos armados? A resposta tradicional você já conhece: segundo a tradição judaico-cristã, o autor da Bíblia é o próprio Todo-Poderoso.

  • E ponto final.
  • Mas a verdade é um pouco mais complexa que isso.
  • A própria Igreja admite que a revelação divina só veio até nós por meio de mãos humanas.
  • A palavra do Senhor é sagrada, mas foi escrita por reles mortais.
  • Como não sobraram vestígios nem evidências concretas da maioria deles, a chave para encontrá-los está na própria Bíblia.

Mas ela não é um simples livro: imagine as Escrituras como uma biblioteca inteira, que guarda textos montados pelo tempo, pela história e pela fé. Aliás, o termo “Bíblia”, que usamos no singular, vem do plural grego ta biblia ta hagia – “os livros sagrados”.

  1. A tradição religiosa sempre sustentou que cada livro bíblico foi escrito por um autor claramente identificável.
  2. Os 5 primeiros livros do Antigo Testamento (que no judaísmo se chamam Torá e no catolicismo Pentateuco) teriam sido escritos pelo profeta Moisés por volta de 1200 a.C.
  3. Os Salmos seriam obra do rei Davi, o autor de Juízes seria o profeta Samuel, e assim por diante.

Hoje, a maioria dos estudiosos acredita que os livros sagrados foram um trabalho coletivo. E há uma boa explicação para isso. As histórias da Bíblia derivam de lendas surgidas na chamada Terra de Canaã, que hoje corresponde a Líbano, Palestina, Israel e pedaços da Jordânia, do Egito e da Síria.

  1. Durante séculos acreditou-se que Canaã fora dominada pelos hebreus.
  2. Mas descobertas recentes da arqueologia revelam que, na maior parte do tempo, Canaã não foi um Estado, mas uma terra sem fronteiras habitada por diversos povos – os hebreus eram apenas uma entre muitas tribos que andavam por ali.
  3. Por isso, sua cultura e seus escritos foram fortemente influenciadas por vizinhos como os cananeus, que viviam ali desde o ano 5000 a.C.

E eles não foram os únicos a influenciar as histórias do livro sagrado. As raízes da árvore bíblica também remontam aos sumérios, antigos habitantes do atual Iraque, que no 3o milênio a.C. escreveram a Epopéia de Gilgamesh. Essa história, protagonizada pelo semideus Gilgamesh, menciona uma enchente que devasta o mundo (e da qual algumas pessoas se salvam construindo um barco).

Notou semelhanças com a Bíblia e seus textos sobre o dilúvio, a arca de Noé, o fato de Cristo ser humano e divino ao mesmo tempo? Não é mera coincidência. “A Bíblia era uma obra aberta, com influências de muitas culturas”, afirma o especialista em história antiga Anderson Zalewsky Vargas, da UFRGS. Continua após a publicidade Foi entre os séculos 10 e 9 a.C.

que os escritores hebreus começaram a colocar essa sopa multicultural no papel. Isso aconteceu após o reinado de Davi, que teria unificado as tribos hebraicas num pequeno e frágil reino por volta do ano 1000 a.C. A primeira versão das Escrituras foi redigida nessa época e corresponde à maior parte do que hoje são o Gênesis e o Êxodo.

  • Nesses livros, o tema principal é a relação passional (e às vezes conflituosa) entre Deus e os homens.
  • Só que, logo no começo da Bíblia, já existiu uma divergência sobre o papel do homem e do Senhor na história toda.
  • Isso porque o personagem principal, Deus, é tratado por dois nomes diferentes.
  • Em alguns trechos ele é chamado pelo nome próprio, Yahweh – traduzido em português como Javé ou Jeová.

É um tratamento informal, como se o autor fosse íntimo de Deus. Em outros pontos, o Todo-Poderoso é chamado de Elohim, um título respeitoso e distante (que pode ser traduzido simplesmente como “Deus”). Como se explica isso? Para os fundamentalistas, não tem conversa: Moisés escreveu tudo sozinho e usou os dois nomes simplesmente porque quis.

Só que um trecho desse texto narra a morte do próprio Moisés. Isso indica que ele não é o único autor. Os historiadores e a maioria dos religiosos aceitam outra teoria: esses textos tiveram pelo menos outros dois editores. Acredita-se que os trechos que falam de Javé sejam os mais antigos, escritos numa época em que a religiosidade era menos formal.

Eles contêm uma passagem reveladora: antes da criação do mundo, “Yahweh não derramara chuva sobre a terra, e nem havia homem para lavrar o solo”. Essa frase, “não havia homem para lavrar o solo”, indica que, na primeira versão da Bíblia, o homem não era apenas mais uma criação de Deus – ele desempenha um papel ativo e fundamental na história toda.

  • Nesse relato, o homem é co-criador do mundo”, diz o teólogo Humberto Gonçalves, do Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos, no Rio Grande do Sul.
  • Pelo nome que usa para se referir a Deus (Javé), o autor desses trechos foi apelidado de Javista.
  • Já o outro autor, que teria vivido por volta de 850 a.C., é apelidado de Eloísta.

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Mais sisudo e religioso, ele compôs uma narrativa bastante diferente. Ao contrário do Deus-Javé, que fez o mundo num único dia, o Deus-Elohim levou 6 (e descansou no 7o). Nessa história, a criação é um ato exclusivo de Deus, e o homem surge apenas no 6o dia, junto aos animais.

  • Tempos mais tarde, os dois relatos foram misturados por editores anônimos – e a narrativa do Eloísta, mais comportada, foi parar no início das Escrituras.
  • Começando por aquela frase incrivelmente simples e poderosa, notória até entre quem nunca leu a Bíblia: “E, no início, Deus criou o céu e a terra” Continua após a publicidade Em 589 a.C., Jerusalém foi arrasada pelos babilônios, e grande parte da população foi aprisionada e levada para o atual Iraque.

Décadas depois, os hebreus foram libertados por Ciro, senhor do Império Persa – um conquistador “esclarecido”, que tinha tolerância religiosa. Aos poucos, os hebreus retornaram a Canaã – mas com sua fé transformada. Agora os sacerdotes judaicos rejeitavam o politeísmo e diziam que Javé era o único e absoluto deus do Universo.

  • O monoteísmo pode ter surgido pelo contato com os persas – a religião deles, o masdeísmo, pregava a existência de um deus bondoso, Ahura Mazda, em constante combate contra um deus maligno, Arimã.
  • Essa noção se reflete até na idéia cristã de um combate entre Deus e o Diabo”, afirma Zalewsky, da UFRGS.

A versão final do Pentateuco surgiu por volta de 389 a.C. Nessa época, um religioso chamado Esdras liderou um grupo de sacerdotes que mudaram radicalmente o judaísmo – a começar por suas escrituras. Eles editaram os livros anteriores e escreveram a maior parte dos livros Deuteronômio, Números, Levítico e também um dos pontos altos da Bíblia: os 10 Mandamentos.

  1. Além de afirmar o monoteísmo sem sombra de dúvidas (“amarás a Deus acima de todas as coisas” é o primeiro mandamento), a reforma conduzida por Esdras impunha leis religiosas bem rígidas, como a proibição do casamento entre hebreus e não-hebreus.
  2. Algumas das leis encontradas no Levítico se assemelham à ética moderna dos direitos humanos: “Se um estrangeiro vier morar convosco, não o maltrates.

Ama-o como se fosse um de vós”. Outras passagens, no entanto, descrevem um Senhor belicoso, vingativo e sanguinário, que ordena o extermínio de cidades inteiras – mulheres e crianças incluídas. “Se a religião prega a compaixão, por que os textos sagrados têm tanto ódio?”, pergunta a historiadora americana Karen Armstrong, autora de um novo e provocativo estudo sobre a Bíblia.

  • Para os especialistas, a violência do Antigo Testamento é fruto dos séculos de guerras com os assírios e os babilônios.
  • Os autores do livro sagrado foram influenciados por essa atmosfera de ódio, e daí surgiram as histórias em que Deus se mostra bastante violento e até cruel.
  • Os redatores da Bíblia estavam extravasando sua angústia.

Por volta do ano 200 a.C., o cânone (conjunto de livros sagrados) hebraico já estava finalizado e começou a se alastrar pelo Oriente Médio. A primeira tradução completa do Antigo Testamento é dessa época. Ela foi feita a mando do rei Ptolomeu 2o em Alexandria, no Egito, grande centro cultural da época.

Segundo uma lenda, essa tradução (de hebraico para grego) foi realizada por 72 sábios judeus. Por isso, o texto é conhecido como Septuaginta. Além da tradução grega, também surgiram versões do Antigo Testamento no idioma aramaico – que era uma espécie de língua franca do Oriente Médio naquela época. Dois séculos mais tarde, a Bíblia em aramaico estava bombando: ela era a mais lida na Judéia, na Samária e na Galiléia (províncias que formam os atuais territórios de Israel e da Palestina).

Foi aí que um jovem judeu, grande personagem desta história, começou a se destacar. Como Sócrates, Buda e outros pensadores que mudaram o mundo, Jesus de Nazaré nada deixou por escrito – os primeiros textos sobre ele foram produzidos décadas após sua morte.

  • Continua após a publicidade E o cristianismo já nasceu perseguido: por se recusarem a cultuar os deuses oficiais, os cristãos eram considerados subversivos pelo Império Romano, que dominava boa parte do Oriente Médio desde o século 1 a.C.
  • Foi nesse clima de medo que os cristãos passaram a colocar no papel as histórias de Jesus, que circulavam em aramaico e também em coiné – um dialeto grego falado pelos mais pobres.

“Os cristãos queriam compreender suas origens e debater seus problemas de identidade”, diz o teólogo Paulo Nogueira, da Universidade Metodista de São Paulo. Para fazer isso, criaram um novo gênero literário: o evangelho. Esse termo, que vem do grego evangélion (“boa-nova”), é um tipo de narrativa religiosa contando os milagres, os ensinamentos e a vida do Messias.

A maioria dos evangelhos escritos nos séculos 1 e 2 desapareceu. Naquela época, um “livro” era um amontoado de papiros avulsos, enrolados em forma de pergaminho, podendo ser facilmente extraviados e perdidos. Mas alguns evangelhos foram copiados e recopiados à mão, por membros da Igreja. Até que, por volta do século 4, tomaram o formato de códice – um conjunto de folhas de couro encadernadas, ancestral do livro moderno.

O problema é que, a essa altura do campeonato, gerações e gerações de copiadores já haviam introduzido alterações nos textos originais – seja por descuido, seja de propósito. “Muitos erros foram feitos nas cópias, erros que às vezes mudaram o sentido dos textos.

  1. Em certos casos, tais erros foram também propositais, de acordo com a teologia do escrivão”, afirma o padre e teólogo Luigi Schiavo, da Universidade Católica de Goiás.
  2. Quer ver um exemplo? Sabe aquela famosa cena em que Jesus salva uma adúltera prestes a ser apedrejada? De acordo com especialistas, esse trecho foi inserido no Evangelho de João por algum escriba, por volta do século 3.

Isso porque, na época, o cristianismo estava cortando seu cordão umbilical com o judaísmo. E apedrejar adúlteras é uma das leis que os sacerdotes-escritores judeus haviam colocado no Pentateuco. A introdução da cena em que Jesus salva a adúltera passa a idéia de que os ensinamentos de Cristo haviam superado a Torá – e, portanto, os cristãos já não precisavam respeitar ao pé da letra todos os ensinamentos judeus.

A julgar pelo último livro da Bíblia cristã, o Apocalipse (que descreve o fim do mundo), o receio de ter suas narrativas “editadas” era comum entre os autores do Novo Testamento. No versículo 18, lê-se uma terrível ameaça: “Se alguém fizer acréscimos às páginas deste livro, Deus o castigará com as pragas descritas aqui”.

Essa ameaça reflete bem o clima dos primeiros séculos do cristianismo: uma verdadeira baderna teológica, com montes de seitas defendendo idéias diferentes sobre Deus e o Messias. A seita dos docetas, por exemplo, acreditava que Jesus não teve um corpo físico.

Quem traduziu os livros da Bíblia

Quem foi o primeiro a traduzir a Bíblia para o português Bled (Eslovênia) | BBC News Brasil Se você já manuseou uma Bíblia, são grandes as chances de ter se deparado com o nome dele na folha de rosto: João Ferreira de Almeida. Ou, para usar a versão completa: João Ferreira Annes d’Almeida. Edição de 1969 da Bíblia de João Ferreira de Almeida – Edison Veiga/BBC News Brasil “Ele nasceu em Torre de Tavares, então reino de, viajou por várias regiões que tinham ligação tanto com Portugal quanto com os Países Baixos, viajou por regiões onde atualmente ficam a Indonésia e Malásia”, conta à BBC News Brasil o historiador e teólogo Vinicius Couto, doutor em ciências da religião pela Universidade Metodista de São Paulo, presbítero da Igreja do Nazareno e professor do Seminário Teológico Nazareno do Brasil e do Seminário Batista Livre.

A ligação de Almeida com a religião vem desde a mais tenra infância. Órfão, acabou criado por um tio, que possivelmente era sacerdote católico. “Segundo consta em alguns documentos e relatos de historiadores, esse tio era padre. E ele assumiu a responsabilidade da criação e do cuidado do Almeida”, afirma à reportagem o pesquisador Thiago Maerki, associado da Hagiography Society, dos Estados Unidos.

“O fato é que pouco se sabe a respeito da infância e da adolescência desse sujeito, mas ele teria recebido uma excelente educação, possivelmente sendo preparados para seguir a carreira religiosa, inclusive.” Aos 14 anos ele já estava na, Ali, acabou instalando-se na Batávia, a atual capital da Indonésia, hoje chamada de Jacarta.

  • Naquela época a região era disputada entre portugueses e holandeses.
  • A cidade era o centro administrativo da Companhia Holandesa das Índias Orientais e, logo ao lado, Malaca, na atual Malásia, havia sido colônia portuguesa depois conquistada pelos holandeses.
  • No ano seguinte, ele deixou a Igreja Católica e se converteu ao protestantismo”, prossegue Maerki.

Essa guinada foi fundamental na trajetória que Almeida teria como tradutor da Bíblia. Por razões históricas, vale ressaltar. Afinal, no contexto da chamada, a partir da questão trazida por Martinho Lutero (1483-1546) e que abalou os alicerces do catolicismo de então, era importante que o fiel tivesse acesso aos textos bíblicos diretamente e em sua língua.

  • Ora, isso motivou que uma série de traduções bíblicas fossem realizadas pelo mundo, sobretudo nos século 16 e 17.
  • Almeida ingressou na então denominada Igreja Reforma Holandesa sob esse contexto.
  • E logo viu que havia uma lacuna a ser preenchida: até então, os crentes lusófonos não contavam com uma versão no seu idioma.

A conversão de Almeida ao protestantismo não foi acidental, mas sim fruto do contato que ele teve, em Batávia, com os membros da igreja holandesa. ” foi depois da leitura que ele teve de uma obra que trazia uma perspectiva anticatólica, questionando pontos que o protestantismo questiona em relação ao catolicismo”, pontua Couto.

  • Trata-se de um manifesto intitulado ‘Differença d’a Christandade’.
  • E entre os ataques promovidos pelo panfleto à Igreja Católica estava um ponto que serviria de maior estímulo ao incipiente tradutor: o uso exacerbado do latim durante os ofícios religiosos, em detrimento de línguas vernaculares.
  • A tradução da Bíblia para as línguas vernaculares é uma conquista da reforma protestante.

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Uma grande sacada dos protestantes foi justamente isso: traduzir a Bíblia para as línguas das pessoas, as línguas que as pessoas falavam”, contextualiza à BBC News Brasil o historiador, filósofo e teólogo Gerson Leite de Moraes, professor na Universidade Presbiteriana Mackenzie. Reprodução da capa da Bíblia traduzida por Almeida, em edição de 1681 – Edison Veiga/BBC News Brasil Um processo cheio de dificuldades A base da tradução de Almeida foi a consagrada versão em latim elaborada pelo teólogo protestante francês Teodoro de Beza (1519-1605).

Mas não foi a única fonte – os registros históricos indicam que ele, como é praxe em trabalhos de tradução do tipo, comparou sua versão com as opções realizadas por outros autores. “O Beza foi um teólogo que trabalhou bastante na arqueologia bíblica, com muitos comentários, Almeida utilizou isso, mas também usou as versões da Bíblia em castelhano, francês e italiano”, ressalta Couto.

“Nesse período, já tínhamos uma boa quantidade de traduções da Bíblia para outros idiomas.” Almeida terminou sua primeira versão do Novo Testamento em 1645, quando ele tinha, impressionantemente, apenas 17 anos. Ele pretendia que o material fosse publicado e, conforme alguns pesquisadores afirmam, chegou a enviá-lo para um editor em Amsterdã.

Entretanto, essa primeira versão do trabalho dele se perdeu”, relata Couto. O tradutor descobriu isso apenas em 1651, quando foi procurado por interessados em publicar a versão em português. Então decidiu recorrer aos seus rascunhos, preservados, para refazer o trabalho. Dali em diante, houve intensos debates acerca da publicação ou não do seu trabalho, já que alguns que tiveram acesso aos manuscritos puseram-se a criticar fortemente a qualidade da tradução.

Em 1656 ele foi ordenado pastor da Igreja Reformada e enviado para Ceilão, hoje Sri Lanka. Ali, além de atuar como sacerdote, dava aulas de português para outros religiosos e ensinava o catecismo. Em paralelo à sua atuação comunitária, dedicava-se a revisar a Bíblia.

Seu texto chegou a ser publicado mas, logo em seguida, identificaram problemas de tradução. E tudo foi recolhido às pressas, para que não circulasse”, afirma Couto. “Ele consegui pregar e fazer uso de alguns desses textos, mas uma equipe passou a se dedicar a revisar tudo.” Algumas dessas versões chegaram a circular.

O Museu Britânico, em Londres, guarda um exemplar cuja impressão data de 1681. Mas ainda eram tiragens restritas e não consensuais entre os lusófonos. Sobre a vida de Almeida, pouco se sabe. A maior parte dos textos biográficos aponta que ele teria se casado, no Ceilão, com uma mulher chamada Lucrécia Valcoa de Lamos.

Assim como ele, ela também seria protestante de origem católica. O casal teria tido dois filhos, um menino e uma menina. Sua vida foi cheia de conflitos, tanto com católicos quanto com grupos locais. Por suas pregações contra a Igreja Católica, enfrentou proibições do governo da Batávia, em 1657. Também experimentou sanções similares em Colombo, no atual Sri Lanka, entre 1658 e 1661.

Na então possessão portuguesa de Tuticurim, atualmente parte da Índia, os problemas foram com as populações locais. Ali, anos antes, uma comitiva da Inquisição havia promovido uma queima de seu retrato em praça pública, indicando aos habitantes que ele não era bem-visto pela Igreja Católica que tanto criticava.

  • No período de cerca de um ano em que ele foi pastor ali, sofreu as consequências.
  • Moradores nativos se recusavam a ouvi-lo, e poucos aceitavam serem batizados ou terem seus casamentos abençoados pelo religioso.
  • Almeida morreu na atual Indonésia em 1691, com 63 anos.
  • Não havia ainda concluído a sua tradução definitiva do Antigo Testamento e esse trabalho prosseguiu com um de seus colegas missionários, o pastor holandês Jacobus op den Akker (1647-1731).

Oficialmente, nem Akker nem Almeida viram a obra concluída. De acordo com a Sociedade Bíblica do Brasil, aquela que é considera a primeira edição da Bíblia completa em português foi publicada apenas no ano de 1753, em dois volumes. Já a primeira versão consolidada em apenas um volume data de 1819. Reprodução de tradução da Bíblia publicada em 1899 – Edison Veiga/BBC News Brasil Até hoje muitas das versões da Bíblia em português trazem o gênese da versão de Almeida. É o caso daquela conhecida como ARA, assim chamada porque é Almeida Revisada e Atualizada.

Também há a Almeida Corrigida Fiel e a Edição Revista e Corrigida, entre outras. “É uma referência em língua portuguesa, uma tradução muito boa. Mas é lógico que, com o passar do tempo, vai-se fazendo ajustes e isso também é importante de salientar”, comenta Moraes. O historiador e teólogo dá um exemplo sobre esses ajustes.

Por exemplo, quando no Antigo Testamento são mencionados os filhos de Noé. “Antes dos anos 1990, eles eram chamados de Sem, Cão e Jafé. Então começaram a chamar de Sem, Cam e Jafé. Para não gerar nenhum estranhamento com a palavra ‘cão’”, exemplifica Moraes.

Outra passagem bastante conhecida também foi ajustada mais recentemente. Trata-se do Salmo 23, aquele do “o Senhor é meu pastor, nada me faltará”. Ali, as versões antigas continham a frase “a tua vara e o teu cajado me consolam”. “Os tradutores mexeram nessa expressão, porque com ‘vara’ poderia se gerar uma situação jocosa”, conta Moraes.

A ARA traz “o teu bordão e o teu cajado me consolam”. O teólogo Couto também identifica problemas na tradução de Almeida. No relato da criação do mundo, no livro do Gênesis, por exemplo, o trecho em que Deus cria “o homem à nossa imagem, conforme à nossa semelhança”, é seguido da frase “e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra”.

“Mas, na verdade, a palavra original trazia uma conotação diferente, um sentido de mordomia responsável, querendo dizer que o ser humano seria quem deve cuidar da criação”, explica o especialista.O pesquisador Maerki ressalta outros trechos curiosos, alguns responsáveis, segundo ele, por “distorções”.”Um dos problemas apontados pelos estudiosos é a tradução da palavra ídolo, tanto do hebraico quanto do grego”, afirma.

“Almeida traduz como escultura, como imagens em escultura, e não como ídolos. E isso acarreta justamente esse debate entre a tradição católica e a protestante sobre ter ou não imagens, Foi um problema de tradução que originou um debate teológico.” “Outro trecho curioso está no livro de Isaías, quando a palavra que originalmente no hebraico significa ‘moça jovem’ foi traduzida por ele como ‘virgem’, mesmo que no hebraico haja outra palavra para ‘virgem’”, aponta.

Trata-se do trecho encarado como profético e utilizado pelo, sobretudo católico, para justificar o dogma da virgindade de Maria, mãe de Jesus: “eis que uma virgem conceberá, e dará à luz a um filho,” Probleminhas e problemões à parte, é unânime o reconhecimento de que o trabalho realizado por pioneiros como Almeida são dignos de respeito pela dificuldade em se traduzir textos tão complexos em uma época antiga.

“Não havia os recursos de hoje e o tradutor sempre têm de fazer opções. Estamos falando de textos que originalmente foram escritos em idiomas com estruturas e até caracteres diferentes, como o hebraico, o grego antigo.”, comenta Moraes. “O trabalho desses homens que traduziam a Bíblia no passado é um trabalho digno dos maiores louvores porque, além dos conhecimentos que eles tinham de ter das línguas ditas originais: o grego, o hebraico, o próprio latim, e de outras versões que eles já usavam para cotejar e decidir as melhores opções de tradução, como o francês, o italiano, o inglês, essa era uma temática totalmente nova”, acrescenta o professor, lembrando que a reforma protestante encabeçada por Lutero que havia aberto essas possibilidades não estava tão distante daquele tempo.

Quem escolheu os livros que fazem parte da Bíblia?

O Concílio de Hipona, também conhecido como Sínodo de Hipona Regia, foi um concílio regional africano da Igreja Católica, realizado em 393, no qual foi estabelecido o Cânon bíblico.

Qual é o nome do livro da Bíblia?

Todos os livros da Bíblia (resumidos e explicados) A Bíblia é um conjunto de 66 livros inspirados por Deus que guiam a vida de todo crente. Esses livros foram escritos por mais de 40 pessoas ao longo de cerca de 1500 anos, todos os personagens e cada história ajuda a apontar para uma única pessoa: Cristo Jesus e seu ato de redenção.

Livros da Bíblia: Antigo Testamento : Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, 1 Samuel, 2 Samuel, 1 Reis, 2 Reis, 1 Crônicas, 2 Crônicas, Esdras, Neemias, Ester, Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cânticos, Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias. Novo Testamento : Mateus, Marcos, Lucas, João, Atos dos Apóstolos, Romanos, 1 Coríntios, 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 Tessalonicenses, 2 Tessalonicenses, 1 Timóteo, 2 Timóteo, Tito, Filemom, Hebreus, Tiago, 1 Pedro, 2 Pedro, 1 João, 2 João, 3 João, Judas, Apocalipse.

Foi criado a Bíblia?

Com textos rascunhados em folhas de papiro milenares, a Bíblia é o livro mais vendido da humanidade, tendo sido escrita por 40 pessoas entre 1500 a.C. e 450 a.C. O folclore em torno dos evangelhos dá conta de que seus autores eram homens iluminados, tocados pela mão divina.

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