Quantas línguas fala Roberta Close
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice BIENAL DO LIVRO Biografia, escrita pela jornalista Lucia Rito, será lançada no estande da Record com sessão de autógrafos Roberta Close passa sua história a limpo MARCELO RUBENS PAIVA especial para a Folha Roberta Close é uma figura mítica. Homem ou mulher, travesti ou transexual, hermafrodito ou andrógino, seu rosto encheu os olhos dos brasileiros, provocou debates e levou machões à loucura. E, como todo cometa brilhante, sua cauda é pontilhada por boatos. Para passar um pano e relatar o corte profundo que sua vida teve, após a operação de mudança de sexo, em 1989, no Reino Unido, ela abre o jogo em “Muito Prazer, Roberta Close”, de Lucia Rito. Tanto Roberta quanto Rito estarão hoje autografando o livro na 15 Bienal do Livro. Rito, jornalista, autora das biografias de Fernanda Montenegro e Chacrinha, foi contatada pela própria Roberta, que queria um livro que dissipasse as “várias mentiras” já publicadas a seu respeito. “Saiu em jornais que, antes da operação, eu teria guardado meu sêmen. Isso foi um choque para a mãe de meu marido (o engenheiro suíço Roland Grnacher)”, disse Roberta, numa entrevista realizada em São Paulo (SP). O livro começa com uma cena vivida por Roberta em abril de 1977 no aeroporto de Londres. Para entrar no Reino Unido, ela teve dificuldades para provar sua identidade, já que seu passaporte está em nome de Luiz Roberto Gambine. “Senhor Luiz Roberto, que brincadeira é essa?”, teria questionado o agente da polícia local. A cena ilustra que, de brincadeira, a vida de Luiz Roberto, garoto carioca nascido em 1964, não teve nada. Foi um acúmulo de pancadas, estupros, portas fechadas e prisões para um garoto com cara de garota, que preferia se vestir como uma mulher e que se sentia atraído por meninos. “Um dia, um amigo de meu pai chegou e me viu de shortinho e blusinha. Disse ao meu pai que não sabia que ele tinha uma filha. É a empregada, respondeu meu pai. Eu era isso, a empregada. Ficava na cozinha.” Na escola, ela tinha medo de revelar seu membro “muito pequeno, sem testículos à vista”. Expulsa da escola, passava os dias na Bolsa, trecho da praia de Copacabana, ponto de encontro de homossexuais. À noite, passou a frequentar a Galeria Alaska, símbolo da cena gay carioca da década de 70. “Foi lá que aprendi a me maquilar, tomar remédios para ter peitinhos e a conviver com as primeiras prisões. Tive de transar com delegados para escapar da tranca”, lembra Roberta. Fugiu de casa aos 16 e veio morar em São Paulo. Numa nova cidade, assumiu nova identidade: Roberta. Andava de vestido pela cidade e se prostituía, “por não ter outra forma de sobreviver”, diz. Aos 17 anos, causou furor ao entrar num quartel do Exército, num vestido branco apertado, para cumprir seu dever e se alistar. Foi dispensada. “Quando eu ia saindo, o sargento não resistiu e pediu meu telefone”, conta. Uma foto na capa da revista “Close” (daí o codinome), em 1981, abriu as portas para a carreira de manequim-modelo-atriz. De lá para cá, não parou. Já desfilou para Guy Laroche e Jean-Paul Gaultier, ao lado de Cindy Crawford e Linda Evangelista. Sem ser identificada como mulher, cujos documentos ainda estão em nome de um homem, um travesti que não é travesti, uma filha não reconhecida, Roberta Close é um ícone da causa homossexual brasileira. Um exemplo cruel de desrespeito aos Direitos Humanos. “De vez em quando, andando na rua, sem mais nem menos, eu levava um tapão na cara de um homem que passava. Outros cuspiam em mim. Se pegava um ônibus, ninguém queria sentar ao meu lado”, conta no livro. “Muito Prazer” é a narrativa de uma perseguição, cujo final está próximo da felicidade. Ela não entrega nomes. Quer contar sua história. Relata, em detalhes, sua operação. Hoje, Roberta mora em Zurique (Suíça). Fala quatro línguas. É uma “pacata” dona-de-casa casada há cinco anos e vai, pela primeira vez, atuar como atriz, e não transexual, na novela Mandacaru (Manchete). Sua personagem é uma mulher que enlouquece os homens da cidade. Tal qual ela, Roberta Close, fez com o Brasil. Muitas fotos acompanham o livro. Roberta menino, já com um indiscutível rosto feminino. Roberta com estrelas de TV, no Carnaval e em pêlo. Muitos usam fotos em livros, hoje em dia. Eu usei. Não adianta. O apelo da imagem sobre as palavras. São os novos tempos. Em se tratando de Roberta, as fotos mostram a que vieram. Sua ambiguidade tem sentido. É uma mulher, ora bolas. Livro: Muito Prazer, Roberta Close Autora: Lucia Rito Quanto: R$ 29 (240 págs.) Lançamento: Rosa dos Tempos (tel.021/585-2047, ramal 2470) Onde: lançamento hoje, às 17h, no estande da Editora Record na Bienal Texto Anterior | Próximo Texto | ÍndiceComo vive a Roberta Close hoje
Conquistando o mundo da moda com seu talento e carisma. Agora, com cinquenta e oito anos, ela vive uma vida discreta em Zurique, na Suíça, ao lado do seu marido, empresário suíço. Rolando granacher.
Quem já namorou Roberta Close?
‘Namorei Richard Gere e outros’ – Blog Amaury Jr. – BOL.
Qual gênero de Roberta Close
Roberta Close diz que era castigada pelos pais por ser transexual A atriz Roberta Close, 58, disse que na juventude era “castigada” pelos pais, que não sabiam lidar com sua identidade de gênero. Durante participação no Altas Horas (Globo) neste sábado (4), Close destacou que hoje em dia a sociedade lida melhor com a temática, cenário que era bem diferente em sua época.
“Nunca consegui viver de outra maneira. Recebi castigo dos meus pais, tratavam de uma forma que era como se fosse uma coisa que estava fazendo que não compreendiam, porque não tinha uma explicação. Não é como hoje que as pessoas são ensinadas a como lidar com essas comunidades. Tudo era um grande acontecimento.
Eu ia à praia, à boate e era um grande acontecimento”, declarou. A atriz também relatou a dificuldade que enfrentou para conseguir emitir seus documentos, e recordou que foi uma “musa da democracia” durante a campanha pela redemocratização do país na década de 1980.
Quando Roberta Close surgiu?
Uma foto na capa da revista ‘Close’ (daí o codinome), em 1981, abriu as portas para a carreira de manequim-modelo-atriz. De lá para cá, não parou.
Quem é o marido de Roberta Close hoje?
Irreconhecível! Roberta Close surge loira e de olhos verdes – OFuxico Uau! Roberta Close surpreendeu ao surgir loira e de olhos verdes num visual assinado pelo hair stylist das estrelas Flávio Priscot. Há 28 anos, Roberta mora na Europa e se afastou da vida pública no Brasil.
Atualmente, ela vive na Suíça na companhia do marido, Roland Granacher. “Nos encontramos 20 anos depois, Roberta foi muito importante na minha vida. Ela me perguntou sobre as lentes de contato e eu a presenteei com a cor dos olhos da cantora Rihanna. Quando ela se viu com os olhos claros, ela me sacudiu e gritou: Me deixa loira Flávio! É o meu sonho!!! Foi aí que fiz o cabelo dela Roberta possui uma vasta cabeleira, um cabelo maravilhoso,sonho de qualquer ser humano.
Roberta me deixava mexer nos seus cabelos,desde os meus 17 anos e não passava pela minha cabeça ser um profissional de cabelos. Sempre a acompanhei em desfiles,campanhas. Eu a amava muito como amo até hoje,” disse o hair stylist. Sempre vaidosa, a ex-modelo de 58 anos sempre arrasa por onde passa, não é mesmo? O que vocês acharam? Roberta Close posa com Flávio Priscot – Foto (Divulgação) e receba alertas das principais notícias sobre famosos, novelas, séries, entretenimento e mais! : Irreconhecível! Roberta Close surge loira e de olhos verdes – OFuxico
Qual atriz nasceu hermafrodita?
Após dez anos de silêncio, Roberta Close revela que nasceu hermafrodita: ‘Fiz um exame de genes’
Qual é a idade de Roberta Close
Início. Roberta Close, hoje com 58 anos, nasceu no Rio e se descobriu uma mulher trans ainda na adolescência. O pai, com vergonha e transbordando preconceito, falava que ela era a empregada da casa. Isso a fez sair de casa aos 14 anos e ir morar com a avó.
Onde está a Roberta Close
Aos 58 anos, Roberta Close retorna ao Brasil e grava aparição rara na TV Presença rara no Brasil desde que foi morar na Europa, há quase três décadas, Roberta Close está em São Paulo. Linda e loira, a ex-modelo transexual e musa dos anos 1980 gravou nesta quarta-feira, 1, uma rara participação num programa de TV. Aos 58 anos, Roberta Close retorna ao Brasil e grava aparicão rara na TV Foto: Reprodução-Instagram Roberta Close Foto: Extra
A ex-modelo está preparando um documentário sobre sua vida e já começou a gravar o projeto, que, segundo ela mesma informou, falará de toda a sua trajetória pessoal e profissional, bem como o ensaio nu que ela fez para a “Playboy”, a cirurgia de redesignação (mudança de sexo), além dos preconceitos que enfrentou na época.
Roberta Close, nos anos 90 Foto: Marcelo Faustini Aos 58 anos, Roberta Close retorna ao Brasil e grava aparição rara na TV Foto: Reprodução-Instagram : Aos 58 anos, Roberta Close retorna ao Brasil e grava aparição rara na TV
Quem foi o pai de Roberta Close?
Infância e adolescência – Caçula de três irmãos, vinda de uma família de classe média carioca do Bairro de Fátima, Roberta descobriu-se transgênero ainda no começo da adolescência, tendo que enfrentar o preconceito de toda a sua família quando decidiu assumir publicamente a sua identidade de gênero feminina, e desde então passou a possuir uma expressão de gênero feminina.
Por vergonha, o pai, Roberto Gambine, falava aos amigos que aquela mulher dentro de casa era sua empregada, e não sua filha. Tudo isto fez a jovem se tornar independente ainda cedo. Decidiu sair de casa aos catorze anos de idade, e foi viver com a avó, pois estava cansada de sofrer agressões e preconceitos dos pais.
Revelou em entrevistas ter tentado se relacionar com meninas, quando ainda estava se descobrindo, em sua adolescência, e relutava contra sua atração por homens, pois não sabia ser uma mulher e achava que era um menino gay, mas que nunca conseguiu ficar com alguma menina, pois sempre sentiu atração exclusiva por homens, e que mesmo tendo se aceitado como gay e passado a sair com homens, ainda faltava algo.
Com o tempo, assumiu ser gay para a família, e desistiu de ter uma namorada, mas ainda não se sentia plena em sua orientação sexual, quando então descobriu que não era um homem gay, mas uma mulher trans hétero, visto que as suas características sexuais primárias e secundárias a incomodavam profundamente.
Esta descoberta se deu aos catorze anos de idade, quando passou a sentir um grande incômodo com seu corpo e suas roupas, se olhava no espelho e não se reconhecia como um rapaz, não estava gostando de se relacionar com homens com o corpo que tinha, e então passou a seguir seus desejos e possuir uma expressão de gênero feminina, decidida a por silicone e mudar sua genitália futuramente.
Como está Roberta Close hoje 2023?
Agora, com cinquenta e oito anos, ela vive uma vida discreta em Zurique, na Suíça, ao lado do seu marido, empresário suíço.