Felicidade. Todos nós queremos isso, mas muitas vezes pode parecer evasivo. Como alguém que passou anos estudando mindfulness e budismo, posso dizer que ser mais feliz muitas vezes envolve deixar ir, e não adicionar mais.
Existem certos comportamentos que, mesmo que não percebamos, podem estar sabotando a nossa felicidade. Abandonar esses comportamentos é um passo crucial para uma vida mais plena.
Neste artigo, vou compartilhar oito comportamentos dos quais você pode precisar se despedir, se seu objetivo é ser uma pessoa mais feliz. Estas não são apenas teorias – elas são baseadas em princípios de atenção plena que estudei e pratiquei durante anos.
Vamos mergulhar e começar a fazer algumas mudanças positivas. Lembre-se de que a felicidade não se trata apenas do que você faz – trata-se também do que você deixa de fazer.
1) Perseguindo a felicidade
Uma das maiores ironias da vida é que muitas vezes, quanto mais perseguimos a felicidade, mais ela parece nos escapar.
Esta é uma armadilha na qual muitos de nós caímos. Achamos que se conseguirmos atingir o próximo objetivo, comprar aquele novo gadget ou encontrar o parceiro perfeito, ficaremos felizes. Mas isso é uma ilusão.
Em meu estudo e prática de atenção plena e do budismo, aprendi a importância de estar presente e satisfeito com o ponto em que estamos agora. Isso não significa que não devemos nos esforçar para melhorar ou ter metas, mas sim, que não devemos vincular nossa felicidade a essas coisas externas.
A busca constante pela felicidade pode acabar gerando mais estresse e descontentamento. Em vez disso, tente cultivar uma atitude de gratidão pelo que você já possui.
A felicidade é um estado de ser, não um destino. Se você está sempre correndo atrás disso, está perdendo a oportunidade de experimentá-lo agora mesmo.
2) Guardar rancor
Todos nós já nos machucamos antes. Faz parte da vida. Mas guardar rancor e não perdoar os outros é um dos maiores obstáculos à felicidade.
Eu já vi isso em minha própria vida, como guardar rancor pode corroer você. É como carregar uma mochila pesada onde quer que você vá. É cansativo e impede você de avançar livremente.
Quando guardamos rancor, não prejudicamos a pessoa que nos ofendeu; estamos nos machucando. Estamos enchendo nossas mentes de negatividade e bloqueando a oportunidade de felicidade e paz.
Nem sempre é fácil perdoar, eu sei. Mas abandonar os ressentimentos não significa dizer que o que a outra pessoa fez foi bom. Trata-se de escolher libertar-se do fardo do ressentimento.
Isso não significa que você esqueça o que aconteceu ou se permita ser magoado novamente. Mas, ao abandonar a raiva e o ressentimento, você libera espaço em seu coração para emoções mais positivas.
Dizer adeus ao rancor pode ser um passo poderoso para se tornar mais feliz. Permite-nos concentrar-nos no presente e no futuro, em vez de ficarmos presos ao passado.
3) Apegar-se a coisas impermanentes
Um dos principais ensinamentos do Budismo é a compreensão da impermanência. Tudo na vida está sujeito a mudanças e nada dura para sempre.
No entanto, muitos de nós nos apegamos às coisas como se fossem durar. Nós nos apegamos a relacionamentos, posses e até mesmo às nossas próprias identidades, como se fossem fixas e imutáveis. Mas isso só leva ao sofrimento.
Porque quando as coisas mudam inevitavelmente ou terminam, como sempre acontece, sofremos. Lamentamos a perda, resistimos à mudança e lutamos para nos adaptar.
Mas aqui está a verdade crua e honesta: apegar-se a coisas impermanentes é uma maneira infalível de nos tornarmos infelizes. É como tentar segurar água em nossas mãos – não importa o quão forte a seguremos, ela acabará escorregando por entre nossos dedos.
Em vez disso, podemos encontrar paz e felicidade aceitando a natureza da impermanência. Ao abandonar nosso apego às coisas e compreender que a mudança é uma parte natural da vida.
Isso não significa que não devemos nos importar com nada nem com ninguém. Significa simplesmente que devemos apreciar o que temos enquanto o temos, sem esperar que dure para sempre.
4) Negligenciar o momento presente
Vivemos num mundo em constante movimento, em constante mudança. E com nossas mentes sempre correndo para acompanhar, é fácil esquecer o momento presente.
Vivemos no passado, nos preocupamos com o futuro e muitas vezes não percebemos o que está acontecendo bem na nossa frente. Esta é uma maneira infalível de perder a felicidade.
A atenção plena nos ensina a focar no agora, a nos envolvermos totalmente com o momento presente. Não se trata de ignorar o passado ou o futuro, mas sim de não permitir que eles dominem nossos pensamentos e emoções.
Mas aqui está a verdade crua e honesta: negligenciar o momento presente rouba-nos a capacidade de viver verdadeiramente. Perdemos os pequenos prazeres da vida e ignoramos as oportunidades de alegria que estão bem diante de nós.
Dizer adeus à negligência do momento presente pode abrir um novo mundo de felicidade. Permite-nos valorizar o que temos agora e encontrar alegria nas coisas mais simples.
Afinal, a vida não é uma série de memórias passadas ou projeções futuras. É uma série de momentos presentes. E ao abraçar plenamente cada um, podemos encontrar uma felicidade mais profunda e duradoura.
5) Deixar o ego controlar suas ações
Todos nós temos um ego. É aquela vozinha em nossa cabeça que nos diz que somos melhores que os outros ou que precisamos proteger nossa imagem a todo custo. É a parte de nós que busca validação e teme críticas.
Percebi em minha própria vida como o ego pode levar à infelicidade. Cria uma necessidade constante de aprovação e um medo de ser julgado. Isso nos impede de sermos autênticos e fiéis a nós mesmos.
No meu livro, Segredos ocultos do budismo: como viver com impacto máximo e ego mínimoaprofundo-me no conceito de ego a partir de uma perspectiva budista.
O ego não é inerentemente mau, mas quando está sob controle, pode nos levar a um caminho de egoísmo e insatisfação.
Dizer adeus a permitir que o ego controle suas ações pode aumentar drasticamente a sua felicidade. Pode ajudá-lo a viver de forma mais autêntica, com menos medo de julgamento e com maior sensação de paz.
Você não é o seu ego. Você é muito mais do que isso. E quando você aprender a administrar seu ego em vez de deixar que ele controle você, você encontrará um nível totalmente novo de felicidade.
6) Resistir à mudança
A mudança é uma parte natural da vida. As estações mudam, as pessoas mudam e sim, nós também mudamos. No entanto, muitos de nós resistimos à mudança como se ela fosse nossa inimiga.
Tentamos manter as coisas iguais, manter o status quo, porque é confortável e seguro. Mas esta resistência à mudança é uma importante fonte de infelicidade.
Aqui está a realidade crua e honesta: a vida está em constante mudança, gostemos ou não. Resistir à mudança é como tentar nadar contra uma corrente poderosa – é cansativo e, em última análise, inútil.
O budismo e a atenção plena nos ensinam a sabedoria de aceitar a mudança. Eles nos lembram que, assim como as estações, as mudanças são naturais e inevitáveis.
Quando paramos de resistir à mudança e começamos a aceitá-la, nos abrimos para novas experiências, crescimento e, em última análise, felicidade.
7) Comparando-se com os outros
Nesta era das mídias sociais, é mais fácil do que nunca nos compararmos com os outros. Vemos seus destaques e começamos a nos sentir inadequados, como se de alguma forma estivéssemos ficando para trás.
Mas aqui está a verdade crua e honesta: comparar-se com os outros é uma receita para a infelicidade. Isso leva à inveja, à dúvida e à insatisfação.
Como disse o famoso professor de mindfulness Jon Kabat-Zinn: “Até você parar de respirar, há mais coisas certas do que erradas com você”.
Quando nos comparamos com os outros, muitas vezes nos concentramos naquilo que achamos que nos falta. Mas isso só leva a um sentimento de inadequação e insatisfação.
Você é único. Seu caminho não será igual ao de mais ninguém – e isso é algo para comemorar, não para comparar.
8) Pensar demais em tudo
Pode parecer contra-intuitivo, mas quanto mais pensamos, mais podemos sabotar a nossa própria felicidade.
Pensar demais geralmente leva à ansiedade, estresse e infelicidade. Analisamos cada detalhe, imaginamos todos os resultados possíveis e muitas vezes criamos problemas que nem existem.
A atenção plena nos ensina a aquietar nossas mentes, a focar no momento presente em vez de nos perdermos em nossos pensamentos. Trata-se de reconhecer os pensamentos sem se deixar levar por eles.
Dizer adeus ao pensamento excessivo não significa ignorar os problemas ou evitar decisões difíceis. Trata-se de aprender a confiar em seus instintos e não deixar sua mente correr solta com preocupações e medos.
Nem tudo precisa ser analisado e dissecado. Às vezes, não há problema em simplesmente deixar as coisas acontecerem.
Deixe de pensar demais. Abrace o momento presente. Você pode se surpreender com o quão mais feliz você se torna.
Conclusão
A felicidade não consiste apenas em adicionar hábitos positivos às nossas vidas; trata-se também de dizer adeus aos comportamentos que nos impedem.
Ao abandonar esses oito comportamentos, podemos criar espaço para mais alegria, paz e contentamento em nossas vidas. Mas lembre-se, a mudança leva tempo e não há problema em dar pequenos passos.
Se você estiver interessado em se aprofundar nos ensinamentos do Budismo e da atenção plena e em como eles podem ajudá-lo a viver uma vida mais feliz com o máximo impacto e o mínimo de ego, convido você a conferir meu livro, Segredos ocultos do budismo: como viver com impacto máximo e ego mínimo.
Lembre-se, a felicidade é uma jornada, não um destino. Portanto, seja gentil consigo mesmo ao embarcar neste caminho de autoaperfeiçoamento. Você já está dando o primeiro passo ao estar aqui, lendo este artigo.
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