Há uma distinção profunda entre contentamento e verdadeira felicidade interior.

Contentamento é fácil. Trata-se de permanecer na sua zona de conforto e evitar conflitos. A verdadeira felicidade interior, porém, requer um pouco mais. Trata-se de fazer escolhas difíceis, estabelecer limites e, às vezes, dizer “não”.

Agora, sou Lachlan Brown, fundador do Hack Spirit, e passei boa parte da minha vida estudando mindfulness e budismo. E se há uma coisa que aprendi é que dizer “não” a certas coisas não é apenas saudável – é essencial para alcançar a verdadeira felicidade interior.

Neste artigo, compartilharei com você as 8 coisas que você precisa para começar a dizer “não” se quiser cultivar essa alegria profunda dentro de você. Confie em mim – é mais simples do que você pensa.

1) Negatividade

Uma das principais coisas que notei em minha jornada pela atenção plena e pelo budismo é o profundo impacto do nosso ambiente em nosso estado interior.

E por ‘ambiente’ não estou falando apenas do ambiente físico. Também estou me referindo ao tipo de atitudes, mentalidades e energia das quais nos cercamos.

A negatividade, seja reclamação constante, cinismo ou uma perspectiva geralmente pessimista, pode ser extremamente desgastante. Ele penetra em nossas mentes, influenciando nossos pensamentos, sentimentos e, em última análise, nossa sensação de felicidade.

A verdade é que não precisamos disso. Ninguém faz.

Se você quer mesmo encontrar a verdadeira felicidade interior, é hora de começar a dizer “não” à negatividade.

Isso não significa que você precisa eliminar todas as influências negativas de sua vida. Isso não é realista nem necessariamente saudável. Mas significa estar mais atento ao que você deixa entrar em seu espaço mental e emocional.

Mindfulness não se trata apenas de estar consciente do momento presente – trata-se também de escolher o que permitimos que nos impacte naquele momento. E quando se trata de negatividade, não há problema em escolher “não”.

2) Estar muito ocupado

Na correria da vida, é fácil cair na armadilha de estar “muito ocupado”. Eu mesmo estive lá. A certa altura, minha agenda estava repleta de reuniões, projetos e compromissos sociais. Eu estava correndo de um lado para o outro, sempre em movimento, sempre ‘ocupado’.

Então me deparei com uma citação de Thich Nhat Hanh, um renomado especialista em mindfulness e ativista pela paz. Ele disse: “Beba seu chá devagar e com reverência, como se fosse o eixo sobre o qual o mundo terrestre gira – lentamente, uniformemente, sem correr em direção ao futuro”.

Essa citação mudou a maneira como eu via minha vida. Estar ocupado não estava me deixando produtivo ou feliz. Estava apenas tirando minha capacidade de aproveitar o momento presente.

Se você deseja a verdadeira felicidade interior, comece a dizer “não” a estar muito ocupado. Reserve tempo para quietude e silêncio em seu dia. Saboreie as suas refeições, desfrute do seu café ou chá da manhã sem pressa.

A felicidade não é um destino – ela é vivenciada aqui e agora. E às vezes, para vivenciar isso plenamente, você precisa dizer “não” a estar muito ocupado.

3) Apego aos resultados

Nos ensinamentos do Budismo, existe um conceito chamado “desapego”. Pode parecer confuso ou até um pouco frio no início, mas não se trata de ser indiferente ou indiferente. Trata-se de compreender a natureza transitória da vida e não se apegar a resultados, pessoas ou coisas.

Aqui está a verdade crua e honesta: a vida é imprevisível. As coisas mudam. Pessoas mudam. Os resultados que desejamos nem sempre se concretizam. E quando nos apegamos a estes resultados, quando associamos a nossa felicidade ao “que poderia ser” ou ao “que deveria ser”, nós nos preparamos para o sofrimento.

O caminho para a verdadeira felicidade interior envolve dizer “não” a esse tipo de apego. Significa compreender que embora você possa trabalhar para atingir seus objetivos, sonhar seus sonhos e amar de todo o coração, você não pode controlar tudo.

É sobre estar bem com essa incerteza e encontrar paz em meio a ela. É aí que reside a verdadeira felicidade interior – em abraçar a vida tal como ela se desenrola, e não como pensamos que deveria ser.

4) Viver no piloto automático

Todos nós fazemos isso. Acordamos, realizamos nossas rotinas diárias e, antes que percebamos, o dia acabou. É tão fácil viver a vida no piloto automático, seguindo os movimentos sem realmente nos envolvermos com nossas experiências.

Mas aqui está a verdade crua: quando vivemos no piloto automático, estamos simplesmente existindo, não vivendo verdadeiramente. Perdemos a riqueza da vida – os sons, cheiros, sabores e texturas que compõem cada momento.

Mindfulness tem tudo a ver com libertar-se deste modo de piloto automático. Trata-se de prestar atenção ativa ao momento presente sem julgamento.

Então, se você está buscando a verdadeira felicidade interior, comece a dizer “não” para viver no piloto automático. Faça um esforço para se envolver conscientemente com suas experiências.

Prove sua comida como se fosse a primeira vez que você come. Ouça sua música favorita como se nunca a tivesse ouvido antes. Observe conscientemente a sensação de um banho quente ou de uma brisa fresca.

Cada momento é único e nunca mais voltará. Ao dizer “não” ao piloto automático e “sim” à vida consciente, você descobrirá uma profundidade de alegria e felicidade que sempre existiu – basta um pouco de atenção plena para encontrá-la.

5) Autocrítica constante

Todos nós temos um crítico interno. Aquela voz em nossas cabeças que nos diz que não somos bons o suficiente, inteligentes o suficiente ou simplesmente não somos “suficientes” em geral. Eu mesmo lutei contra isso, muitas vezes caindo na armadilha da autocrítica e da dúvida.

Mas uma lição vital que compartilho em meu livro, Segredos ocultos do budismo: como viver com impacto máximo e ego mínimo, é que essa autocrítica constante não leva ao crescimento ou à felicidade. Isso apenas nos mantém presos em um ciclo de dúvidas e frustração.

Para cultivar a verdadeira felicidade interior, é fundamental começar a dizer “não” a esta autocrítica constante. Em vez disso, abrace a autocompaixão. Reconheça suas falhas e erros, mas também reconheça seus pontos fortes e conquistas.

Você é um trabalho em andamento e está tudo bem. Cada passo que você dá, por menor que seja, é um passo em direção ao crescimento. E isso é algo para se orgulhar.

6) A ilusão de permanência

No budismo, um dos principais ensinamentos é a compreensão da impermanência. Tudo na vida – nossos pensamentos, sentimentos, experiências e até nós mesmos – é transitório.

E, no entanto, muitas vezes vivemos como se as coisas fossem permanentes. Nós nos apegamos aos nossos prazeres, esperando que durem para sempre. Tememos nossas dores, temendo que elas não passem. Fixamo-nos na nossa autoimagem, agarrando-nos a uma noção de “eu” que está em constante mudança.

Esse apego à permanência é uma fonte de sofrimento.

Então aqui está a verdade crua: se você busca a verdadeira felicidade interior, comece a dizer “não” à ilusão da permanência.

Abrace a realidade da mudança. Entenda que prazer e dor, ganho e perda, elogio e culpa — tudo isso faz parte do fluxo e refluxo da vida.

Ser verdadeiramente feliz é encontrar paz nesta impermanência. Saber que cada momento é precioso justamente porque nunca mais voltará.

Na prática da atenção plena, isso significa vivenciar plenamente cada momento como ele é – sem se apegar a ele ou afastá-lo. Ao fazer isso, você se abre para um tipo mais profundo de felicidade – uma felicidade que não depende de as coisas permanecerem iguais.

7) A necessidade de controle

Sejamos cruéis e honestos aqui: muitas vezes vivemos sob a ilusão de que podemos controlar tudo em nossas vidas. Planejamos, traçamos estratégias e nos preocupamos, na esperança de orientar a vida na direção que desejamos.

Mas a verdade é que a vida é imprevisível. É cheio de surpresas, algumas agradáveis ​​e outras nem tanto. E quanto mais tentamos controlá-lo, mais nos expomos ao estresse e à decepção.

Uma citação que ressoa com essa ideia vem de Jon Kabat-Zinn, um renomado professor de mindfulness. Ele disse: “Você não pode parar as ondas, mas pode aprender a surfar”.

Se você está buscando a verdadeira felicidade interior, comece a dizer “não” a essa necessidade de controle. Em vez disso, aprenda a ‘surfar’. Abrace a imprevisibilidade da vida. Aprenda a se adaptar e fluir com isso, em vez de lutar contra ele.

Felicidade não é ter a vida exatamente como você planejou. Trata-se de encontrar paz e alegria na jornada, independentemente de onde ela o leve.

8) Evitar desconforto

Aqui está algo que pode parecer contra-intuitivo: a verdadeira felicidade interior não vem de evitar o desconforto.

Na verdade, a atenção plena nos ensina a fazer exatamente o oposto. Encoraja-nos a enfrentar o desconforto, a observá-lo sem julgamento e a aceitá-lo como parte da nossa experiência humana.

Muitas vezes evitamos instintivamente coisas que nos deixam desconfortáveis. Fugimos para as distrações, nos entorpecemos, fazemos tudo ao nosso alcance para evitar nos sentirmos ‘mal’.

Mas aqui está a verdade: o desconforto é uma parte natural da vida. Não é algo a ser temido ou evitado, mas sim reconhecido e enfrentado de frente.

Portanto, se você está buscando a verdadeira felicidade interior, comece a dizer “não” para evitar o desconforto. Em vez disso, pratique a atenção plena. Quando surgir o desconforto, não fuja dele. Observe isso. Aceite isso. Aprenda com isso.

Cada experiência – agradável ou desagradável – traz consigo uma lição e uma chance de crescimento. E muitas vezes é enfrentando o nosso desconforto que encontramos a nossa maior força e felicidade.

Conclusão

Na busca pela verdadeira felicidade interior, lembre-se de que muitas vezes se trata de dizer “não” às coisas que nos impedem.

Da negatividade à autocrítica, da vida no piloto automático à ilusão de permanência, essas são barreiras que precisamos reconhecer e enfrentar.

Mas lembre-se, esta é uma jornada, não um destino. Cada passo que você dá o aproxima da paz interior e da felicidade que você procura. E ao longo do caminho, você cresce, evolui e aprende mais sobre si mesmo.

Se você quiser se aprofundar nessa jornada, convido você a conferir meu livro Segredos ocultos do budismo: como viver com impacto máximo e ego mínimo. Está repleto de insights e dicas práticas para ajudá-lo a navegar pela vida com mais atenção e alegria.

A verdadeira felicidade interior não consiste em ser “feliz” o tempo todo. Trata-se de aceitar todos os aspectos da sua experiência humana – o bom, o ruim e tudo mais – com graça, compaixão e um toque de humor. Aqui está a sua jornada!

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Formado em Educação Física, apaixonado por tecnologia, decidi criar o site news space em 2022 para divulgar meu trabalho, tenho como objetivo fornecer informações relevantes e descomplicadas sobre diversos assuntos, incluindo jogos, tecnologia, esportes, educação e muito mais.