Como especialista em mindfulness e em budismo, passei muito tempo estudando os hábitos que levam à felicidade e à positividade. E, deixe-me dizer, nem sempre se trata do que você deve fazer. Às vezes, é sobre o que você não deveria fazer.
Pelos meus anos de observação, existem certos hábitos que podem realmente derrubar você. Eles são como pesos que impedem você de atingir seu verdadeiro potencial.
Se você realmente quer se tornar uma pessoa mais feliz e positiva, é hora de dizer adeus a esses 8 hábitos. Acredite em mim, como fundador do Hack Spirit, já vi isso funcionar inúmeras vezes.
Vamos começar.
1) Viés de negatividade
Um dos hábitos mais comuns que precisamos abandonar é o preconceito da negatividade. Essa é a tendência de nos concentrarmos mais nos eventos negativos do que nos positivos.
É um mecanismo de sobrevivência que foi programado em nossos cérebros desde os primeiros dias como humanos. A ideia é que, ao reconhecermos as ameaças (eventos negativos), possamos evitá-las e assim sobreviver.
Embora isto possa ter sido útil quando vivíamos em estado selvagem, não é tão benéfico no nosso mundo moderno, onde as ameaças físicas são muito menos comuns.
O problema com o viés da negatividade é que ele pode nos deixar desnecessariamente ansiosos e pessimistas. Acabamos nos concentrando nas coisas ruins que podem acontecer, e não nas coisas boas que estão acontecendo agora.
Como especialista em mindfulness, posso garantir que aprender a abandonar esse hábito pode melhorar significativamente a sua felicidade e positividade. É tudo uma questão de treinar sua mente para focar no momento presente e apreciar as coisas boas da vida.
Não se trata de ignorar eventos ou sentimentos negativos. Trata-se de dar peso igual às experiências positivas e negativas – porque ambas fazem parte da vida.
2) Reclamações crônicas
Todos nós conhecemos alguém que parece reclamar o tempo todo. Talvez, mesmo sem perceber, essa pessoa possa ser nós. A reclamação crônica é um hábito que muitos de nós adquirimos sem nem perceber.
Eu já vi isso em mim mesmo antes. Eu ficava preso em um ciclo de reclamações sobre o tempo, o trânsito, o trabalho – você escolhe. Mas o que percebi é que reclamar raramente muda a situação. Na verdade, muitas vezes apenas perpetua a negatividade e a infelicidade.
Thich Nhat Hanh, um renomado monge budista, disse certa vez: “Se não estivermos felizes, se não estivermos em paz, não poderemos compartilhar a paz e a felicidade com os outros”.
Esta citação ressoa profundamente em mim. Como podemos esperar promover a positividade se nos concentramos constantemente no negativo?
Optar por abandonar o hábito das reclamações crônicas pode ser um passo transformador em sua jornada para se tornar uma pessoa mais feliz e positiva.
O poder de escolher nossa perspectiva está dentro de nós. Trata-se de reconhecer os aspectos negativos, mas optar por focar nos aspectos positivos.
3) Apego aos resultados
O Budismo nos ensina o conceito de desapego. Isso não significa não nos importarmos com os resultados de nossas ações. Em vez disso, trata-se de não permitir que a nossa felicidade e paz dependam deles.
É um hábito difícil de abandonar, especialmente em nossa sociedade voltada para objetivos. Dizem-nos constantemente que precisamos de alcançar certas coisas para sermos felizes – um emprego bem remunerado, uma casa, um relacionamento perfeito. Mas muitas vezes essas conquistas não trazem a felicidade duradoura que esperamos.
A verdade é que a vida nem sempre corre conforme o planejado. Às vezes, apesar dos nossos melhores esforços, as coisas não funcionam como desejamos. E tudo bem.
A sabedoria do Budismo nos ensina a encontrar a paz no momento presente, independentemente das nossas circunstâncias externas. Isso nos incentiva a nos desligarmos dos resultados e, em vez disso, focarmos em nossas ações e intenções.
Ao abandonar esse apego aos resultados, nos libertamos da montanha-russa de altos e baixos que acompanham o sucesso e o fracasso.
Em vez disso, encontramos uma forma de felicidade mais consistente e estável que vem de dentro.
4) Viver no piloto automático
Neste mundo acelerado, é fácil adquirir o hábito de viver no piloto automático. Corremos de uma tarefa para outra, pensando constantemente no que vem a seguir, raramente presente no aqui e agora.
A verdade crua é que, quando vivemos no piloto automático, não estamos realmente vivendo. Estamos apenas existindo.
Mindfulness nos ensina a importância de estar presente. Incentiva-nos a abrandar, a saborear cada momento tal como ele é e a envolver-nos verdadeiramente com a nossa vida à medida que ela acontece.
Quando estamos constantemente em movimento, perdemos as pequenas alegrias que a vida tem para oferecer – o calor do sol na nossa pele, o sabor da nossa comida, o riso dos nossos entes queridos. Esses momentos podem parecer pequenos, mas são eles que fazem a vida valer a pena.
Ao quebrar o hábito de viver no piloto automático e adotar a atenção plena, podemos começar a vivenciar a vida em toda a sua riqueza.
Tornamo-nos mais conscientes dos nossos pensamentos e sentimentos, e essa consciência nos permite escolher a positividade e a felicidade.
5) A armadilha do ego
Todos nós temos um ego. É aquela vozinha dentro da nossa cabeça que busca constantemente validação e aprovação. É a parte de nós que quer estar certo, ser superior, estar no controle.
Eu lutei com meu próprio ego muitas vezes. É um inimigo complicado, sempre pronto para inflar a nossa auto-estima percebida à custa dos outros.
Mas o problema é o seguinte: nosso ego não nos leva à felicidade. Na verdade, muitas vezes nos afasta disso. Gera conflito, ressentimento e insatisfação.
No meu livro, aprofundo como o budismo nos ensina a abandonar esse apego ao nosso ego.
Ao reconhecer e abandonar esse hábito, podemos viver de forma mais autêntica e harmoniosa. Podemos abraçar a humildade, a bondade e a compaixão – atributos que realmente levam à felicidade e à positividade.
6) Resistência à mudança
A mudança é uma parte constante da vida. Nada permanece igual para sempre. No entanto, muitos de nós resistimos à mudança. Nós nos apegamos ao que é familiar, ao que é confortável, mesmo quando isso não nos serve.
A verdade crua é que resistir à mudança só leva ao sofrimento. Mantém-nos presos em situações que já não nos servem e impede-nos de crescer e evoluir.
Tanto o budismo quanto a atenção plena nos ensinam a abraçar a mudança. Eles nos encorajam a aceitar a impermanência da vida e a fluir com ela, e não contra ela.
O Buda disse uma vez: “Assim como uma cobra troca de pele, devemos abandonar nosso passado continuamente”. Este é um poderoso lembrete de que a mudança não é apenas inevitável, mas necessária para o nosso crescimento e felicidade.
Ao abandonar a nossa resistência à mudança, abrimo-nos a novas possibilidades e experiências.
Nós nos permitimos nos adaptar, evoluir e, em última análise, nos tornarmos indivíduos mais felizes e positivos.
7) Falta de autocompaixão
Muitos de nós somos nossos piores críticos. Julgamo-nos com severidade, concentramo-nos nas nossas falhas e fracassos e raramente nos damos a bondade e a compaixão que prontamente estendemos aos outros.
A verdade crua é que essa falta de autocompaixão pode ser extremamente prejudicial. Corrói a nossa auto-estima, promove a negatividade e inibe a nossa capacidade de recuperar de contratempos.
Jon Kabat-Zinn, o fundador da redução do estresse baseada na atenção plena, disse: “Você não pode parar as ondas, mas pode aprender a surfar”.
Esta citação resume lindamente a importância da autocompaixão. A vida inevitavelmente lançará desafios em nosso caminho. Mas quando nos tratamos com compaixão, aumentamos a nossa resiliência e capacidade de “surfar” nestas ondas.
Ao cultivar o hábito da autocompaixão, podemos transformar nosso relacionamento conosco mesmos. Aprendemos a aceitar nossas imperfeições, valorizar nossos pontos fortes e, finalmente, nos tornarmos indivíduos mais felizes e positivos.
8) Comprometimento excessivo
Em nossa busca pela felicidade e positividade, muitas vezes cometemos o erro contra-intuitivo de nos comprometermos demais. Preenchemos nossas agendas com atividades, tarefas e compromissos, acreditando que estar ocupado significa ser produtivo e realizado.
No entanto, a atenção plena nos ensina o valor da quietude e da simplicidade. Enfatiza a importância de criar espaço em nossas vidas para descanso, reflexão e apenas ser.
A verdade é que quando corremos constantemente de uma coisa para outra, mal temos tempo para nos conectarmos com nós mesmos ou aproveitar o momento presente. Ficamos estressados, sobrecarregados e, ironicamente, menos produtivos.
Aprendendo a dizer não e priorizando o que realmente importa, podemos criar uma vida mais equilibrada e plena. Podemos dar-nos tempo para respirar, para apreciar os prazeres simples da vida e para viver verdadeiramente o momento presente – elementos-chave para nos tornarmos uma pessoa mais feliz e positiva.
Conclusão
Para realmente nos tornarmos uma pessoa mais feliz e positiva, não se trata apenas de adicionar novos hábitos, mas também de abandonar os antigos que nos impedem.
A mudança é um processo. Isso não acontece durante a noite. Portanto, seja paciente consigo mesmo enquanto trabalha para se livrar desses hábitos e criar uma vida de maior felicidade e positividade.
Se você estiver interessado em aprender mais sobre como o budismo nos ensina a viver com o máximo impacto e o mínimo de ego, convido você a conferir meu livro, . Está repleto de sabedoria e dicas práticas que podem ajudá-lo em sua jornada.
Lembre-se, o caminho para a felicidade está dentro de você. É tudo uma questão de abraçar o momento presente, abandonar o que não lhe serve mais e seguir em frente com compaixão e positividade.
Um brinde à sua jornada em direção a uma vida mais feliz e positiva.
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