Qual é a doença mental mais comum
Saúde e apoio – Os sistemas de saúde ainda não responderam adequadamente à carga dos transtornos mentais. Como consequência, a distância entre a necessidade de tratamento e sua oferta é ampla em todo o mundo. Em países de baixa e média renda, entre 76% e 85% das pessoas com transtornos mentais não recebem tratamento.
- Em países de alta renda, entre 35% e 50% das pessoas com transtornos mentais estão na mesma situação.
- Um outro problema é a má qualidade dos cuidados prestados a muitos que recebem tratamento.
- Além do apoio dos serviços de saúde, pessoas com transtornos mentais precisam de apoio e cuidados sociais.
- Frequentemente necessitam também de ajuda para acessar programas educativos que se adaptem às suas necessidades e encontrar emprego e moradia que lhes permitam viver e ser ativos nas suas comunidades locais.
A depressão é um transtorno mental comum e uma das principais causas de incapacidade em todo o mundo. Globalmente, estima-se que 300 milhões de pessoas são afetadas por essa condição. Mais mulheres sofrem de depressão que homens. A depressão é caracterizada por tristeza, perda de interesse ou prazer, sentimentos de culpa ou baixa autoestima, sono e apetite alterados, cansaço e falta de concentração.
- Quem sofre com essa condição pode também ter múltiplas queixas físicas sem nenhuma causa aparente.
- A depressão pode ser de longa duração ou recorrente, prejudicando substancialmente a capacidade das pessoas de serem funcionais no trabalho ou na escola, assim como a capacidade de lidar com a vida diária.
Em seu estado mais grave, a depressão pode levar ao suicídio. Os programas de prevenção têm demonstrado a redução da depressão, tanto em crianças (proteção e apoio psicológico após abuso físico e sexual, por exemplo) e adultos (assistência psicossocial após desastres e conflitos, por exemplo).
- Existem também tratamentos eficazes.
- A depressão em seu estado leve e moderado pode ser efetivamente tratada com terapias que utilizam o diálogo, como a cognitivo-comportamental e psicoterapia.
- Os antidepressivos podem ser uma forma eficaz de tratamento para a depressão de moderada a grave, mas não são a primeira linha de tratamento para casos de depressão leve.
Eles não devem ser usados para tratar a depressão em crianças e não são a primeira linha de tratamento em adolescentes, grupo em que esses medicamentos devem ser usados com cautela. O tratamento da depressão deve incluir aspectos psicossociais, como a identificação de fatores de estresse, tais como problemas financeiros, dificuldades no trabalho ou abuso físico/mental, assim como identificar fontes de apoio, como familiares e amigos.
A manutenção ou reativação de interações e atividades sociais é importante. Esse transtorno afeta cerca de 60 milhões de pessoas em todo o mundo. Consiste tipicamente em episódios de mania e depressão, separados por períodos de humor normal. Os episódios de mania envolvem humor elevado ou irritado, excesso de atividade, pressão de fala, autoestima inflada e uma menor necessidade de sono.
As pessoas que têm episódios de mania, mas não experimentam episódios depressivos, também são classificadas como tendo transtorno bipolar. Estão disponíveis abordagens eficazes para o tratamento da fase aguda do transtorno bipolar e para a prevenção de novas crises.
Trata-se de medicamentos que estabilizam o humor. O apoio psicossocial é um componente importante na linha de tratamento. A esquizofrenia é um transtorno mental grave que afeta cerca de 23 milhões de pessoas em todo o mundo. Psicoses, incluindo a esquizofrenia, são caracterizadas por distorções no pensamento, percepção, emoções, linguagem, consciência do “eu” e comportamento.
As experiências psicóticas comuns incluem alucinações (ouvir, ver ou sentir coisas que não existem) e delírios (falsas crenças ou suspeitas firmemente mantidas mesmo quando há provas que mostram o contrário). O transtorno pode tornar difícil para as pessoas afetadas trabalhar ou estudar normalmente.
O estigma e a discriminação podem diminuir o acesso à saúde e aos serviços sociais. Além disso, as pessoas com psicose correm alto risco de exposição a violações de direitos humanos, como o confinamento de longo prazo em instituições. A esquizofrenia geralmente tem início ao fim da adolescência ou no começo da vida adulta.
O tratamento com medicamentos e apoio psicossocial é eficaz. Com o tratamento adequado e suporte social, as pessoas afetadas podem voltar a ter uma vida produtiva e integrada à sociedade. Ampliar o acesso a formas de assistência cotidiana, atenção domiciliar e suporte para a inserção no mercado de trabalho são medidas de apoio para que as pessoas que sofrem com transtornos mentais graves, como a esquizofrenia, atinjam os objetivos de sua reabilitação, já que enfrentam maiores dificuldades em acessar empregos ou residência.
- Em todo o mundo, cerca de 50 milhões de pessoas têm demência.
- A condição é geralmente de natureza crônica ou progressiva, na qual há deterioração da função cognitiva (isto é, a capacidade de processar o pensamento) para além do que se poderia esperar no envelhecimento normal.
- Ela afeta memória, pensamento, orientação, compreensão, cálculo, capacidade de aprendizagem, linguagem e julgamento.
O comprometimento da função cognitiva é comumente acompanhado, e ocasionalmente precedido, pela deterioração do controle emocional, comportamento social ou motivação. A demência é causada por uma variedade de doenças e lesões que afetam o cérebro, como o Alzheimer ou acidente vascular cerebral.
- Embora não haja atualmente tratamento disponível para curar a demência ou para alterar seu curso progressivo, muitos tratamentos estão em vários estágios de ensaios clínicos.
- Muito pode ser feito, no entanto, para apoiar e melhorar as vidas das pessoas com demência, seus cuidadores e famílias.
- O termo transtorno de desenvolvimento abrange deficiência intelectual e transtornos invasivos de desenvolvimento, incluindo o autismo.
Os distúrbios de desenvolvimento geralmente têm início na infância, mas tendem a persistir na idade adulta, causando comprometimento ou atraso nas funções relacionadas à maturação do sistema nervoso central. Eles geralmente seguem um curso constante, em vez de os períodos de alternância entre estabilizações e crises que caracterizam muitos outros transtornos mentais.
A deficiência intelectual é caracterizada pela diminuição de habilidades em várias áreas de desenvolvimento, como o funcionamento cognitivo e o comportamento adaptativo. Essa condição diminui a capacidade de adaptação às exigências diárias da vida. Os sintomas de transtornos invasivos de desenvolvimento, como o autismo, são comportamento social, comunicação e linguagem prejudicados e uma estreita faixa de interesses e atividades, que são únicas para o indivíduo e realizadas repetidamente.
Os transtornos de desenvolvimento frequentemente se originam na infância ou na primeira infância. As pessoas com esses transtornos ocasionalmente possuem algum grau de deficiência intelectual. O envolvimento da família no cuidado de pessoas com essa condição é fundamental.
- É importante conhecer as situações e atividades que causam tensão e bem-estar ao indivíduo, assim como descobrir quais ambientes são mais apropriados para uma melhor aprendizagem.
- O estabelecimento de rotinas diárias (horários para alimentação, brincadeiras, contato com outras pessoas e sono) ajuda a prevenir estresse desnecessário.
É essencial também que os serviços de saúde façam um acompanhamento regular de crianças e adultos com transtornos de desenvolvimento e se mantenham em contato com seus cuidadores. A comunidade em geral tem um papel a desempenhar no que diz respeito aos direitos e necessidades das pessoas com deficiência.
Qual é a doença mental mais grave
Transtorno Mental Grave O termo Transtornos Graves e Persistentes tem sido adotado para uma gama extensa e heterogênea de pacientes com características e necessidades, por vezes, muito diferentes. É uma definição que “associa a duração dos problemas, o grau de sofrimento emocional, o nível de incapacidade que interfere nas relações interpessoais e nas competências sociais e o diagnóstico psiquiátrico” (RIBEIRO, 2003).
- Grande parte deste grupo é composto pelos transtornos psicóticos.
- Em geral, o conjunto de transtornos psicóticos representa um drama pessoal em potencial no curso de vida de um indivíduo.
- Este grupo não inclui apenas a esquizofrenia e o transtorno esquizoafetivo, mas também as psicoses afetivas e atípicas e acarreta consequências de longo alcance em vários âmbitos da vida destes indivíduos (OMS, 2004b).
As psicoses são desencadeadas principalmente no final da adolescência e início da vida adulta (KAPLAN, SADOCK & GREBB, 1994 apud ABP, 2006). A esquizofrenia é a principal condição designada como Transtorno Grave e Persistente, não só por ter a maior prevalência entre os distúrbios graves em Saúde Mental (cerca de aproximadamente 1% da população sofre deste transtorno), como também por seu caráter estigmatizante, seu curso longo e persistente, bem como pelo grau de sofrimento que provoca justificando, desta forma, a atenção dada a esta linha de cuidado nestas Diretrizes.
- Dentro de um estudo sobre a carga global das doenças de 2000, a esquizofrenia foi considerada como responsável por 2,8% dos anos perdidos até a morte (YLD) e por 1,1 anos de desabilitação ajustados por ano de vida DALYs1 (Murray et al., 2001 apud WHO, 2004b).
- Além dos intensos custos pessoais e sociais, existem ainda custos econômicos significativos associados à esquizofrenia que, apesar da baixa incidência, apresenta alta prevalência.
Para que a atenção em saúde aos portadores de transtornos mentais graves e persistentes seja eficiente, o sistema de saúde deve contar com uma rede articulada, adotar uma abordagem psicossocial, realizar busca ativa dos pacientes, buscar o apoio e a parceria com os familiares.
Além disso, é essencial contar com equipes multidisciplinares compostas por profissionais de saúde de várias formações, abandonando antigos paradigmas que têm se mostrado ineficazes e pouco resolutivos ao longo do tempo, como a abordagem estritamente médica e psicofarmacológica, centrada na hospitalização.
Segundo o Ministério da Saúde, 3% da população geral sofre com transtornos mentais severos e persistentes; mais de 6% da população apresenta transtornos psiquiátricos graves decorrentes do uso de álcool e outras drogas e 12% da população necessita de algum atendimento em saúde mental, seja ele contínuo ou eventual (BRASIL, 2008).
Dados fornecidos por estudo realizado pela Universidade de Harvard indicam que, das dez doenças mais incapacitantes em todo o mundo, cinco são de origem psiquiátrica: depressão, transtorno afetivo bipolar, alcoolismo, esquizofrenia e transtorno obsessivo-compulsivo (MURRAY E LOPEZ, 1996 apud BRASIL, 2003).
Apesar de responsáveis diretas por somente 1,4% de todas as mortes, as condições neurológicas e psiquiátricas foram responsáveis por 28% de todos os anos vividos com alguma desabilitação para a vida. Com pequenas variações, sem significância epidemiológica, a realidade descrita encontra equivalência no Brasil (BRASIL, 2003).
Além disso, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2001 apud BRASIL, 2003), cerca de 10% das populações dos centros urbanos de todo o mundo consomem abusivamente substâncias psicoativas, independentemente da idade, sexo, nível de instrução e poder aquisitivo, sendo o mesmo observado no território brasileiro.
: Transtorno Mental Grave
O que é melhor psicólogo ou psiquiatra
Para nós a resposta correta é “todas as anteriores” e vamos te explicar porquê. –
Formado em Psicologia, o psicólogo atua com as questões comportamentais, sociais e emocionais por meio de diversas técnicas e teorias diferentes. Nós não medicamos e caso somente as nossas técnicas não forem capazes de tratar as queixas, há encaminhamento para uma avaliação Psiquiátrica.Formado em Medicina, o Psiquiatra faz o diagnóstico e trata com medicação caso seja necessário. Caso busque sua ajuda primeiro, haverá um diagnóstico, conduta medicamentosa se necessário e encaminhamento para o psicólogo. Se não houver necessidade de medicação o Psiquiatra fará o diagnóstico e encaminhará o paciente para a psicoterapia para que juntos encontrem um alívio de seus sintomas.Como descrito anteriormente psicólogo e psiquiatra tem algumas funções distintas, então alguns lugares vão sugerir que busque ajuda de acordo com o que vem sentindo. Por exemplo: caso seus sintomas já sejam físicos e vem atrapalhando sua rotina, recomendariam a busca pelo psiquiatra. Já se os sintomas forem mais brandos ou não te afetem fisicamente indicam para um psicólogo.Quando encontramos bons profissionais que visam nosso bem estar, há o encaminhamento para um ou para outro (psicólogo ou psiquiatra) quando só um desses profissionais não consegue atuar em todos os aspectos necessários para a melhora.
Quem encaminha o paciente ao psiquiatra?
Homepage Doenças Transtorno Bipolar É Possivel O Psicológo Fazer Um Diagnostico De Depressão ? Ou Encaminhar O Paciente Para Um Psiquiat
3 respostas É possivel o psicológo fazer um diagnostico de depressão ? Ou encaminhar o paciente para um psiquiatra ? Sim. O psicólogo, através da entrevista clínica e anamnese pode chegar ao diagnóstico de depressão, caso o paciente a tenha. Faz parte também das atribuições do psicólogo, caso veja necessidade de tratamento medicamentoso, indicar ao psiquiatra.