Patricia Casas, uma bióloga espanhola, teve a sua vida transformada de uma forma inesperada e horrível depois de contrair a úlcera de Buruli, uma doença bacteriana rara que come carne. Esse infeliz encontro ocorreu enquanto ela trabalhava em um projeto de conservação na selva peruana, há dez anos. Depois de retornar ao seu país de origem, ela foi inicialmente diagnosticada incorretamente e a doença, que começou como uma pequena ferida, evoluiu para uma grande úlcera em seu braço.
A luta contra erros de diagnóstico e tratamento
Esta desventura médica levou a uma longa e assustadora jornada para Casas, com tratamentos ineficazes e diagnósticos errados consistentes. Foi somente após um período prolongado que ela foi corretamente diagnosticada com úlcera de Buruli, uma doença tropical negligenciada causada por Mycobacterium ulcerans. O procedimento de tratamento não foi menos desafiador. Ela passou por quase dois anos de tratamento com antibióticos, o que infelizmente causou danos ao fígado e surdez. Além disso, ela teve que passar por quatro cirurgias ao longo de quatro anos antes de ser declarada curada.
Uma mudança de carreira e teorias de transmissão
A provação a forçou a abandonar sua carreira em biologia. Casas agora administra um albergue com pub em Pedrún de Torío, Espanha. Enquanto isso, a pesquisa científica avançou na compreensão da doença. Uma pesquisa recente na Austrália apoia a teoria de que os mosquitos, especificamente os Aedes notoscriptus espécies, podem espalhar a doença, potencialmente a partir de fezes de gambá. Embora esta via de transmissão represente um avanço significativo, a doença continua a ser pouco compreendida nas regiões africanas onde é mais prevalente.
Solicite mais pesquisas e recursos
O caso de Casas é raro em Espanha, com apenas um outro paciente conhecido, uma mulher da Guiné Equatorial que perdeu a perna devido à doença. A raridade da doença em locais como Espanha contrasta fortemente com a sua prevalência nas regiões mais pobres do mundo, realçando a necessidade de mais investigação e recursos, especialmente em África. Os investigadores enfatizam a importância da detecção e prevenção precoces e apelam a mais recursos e investigação para melhorar o regime de tratamento e compreender a transmissão da úlcera de Buruli.