Quando desconfiar de diabetes infantil

Quais são os sintomas de diabetes infantil? – Antes de mais nada, é necessário que se pontue e esclareça o que é a diabetes, como ela acontece e o que ela muda dentro do corpo. Para que você compreenda, a diabetes é uma doença que surge quando o organismo não produz insulina o suficiente para que a glicose entre nas células.

  1. A doença então se divide em dois tipos, o 1 e o 2 contendo variações e características individuais.
  2. No entanto, quando se trata de criança, a diabetes do tipo 1 ou DM1 é a mais comum de acontecer.
  3. No mundo inteiro, 90% das crianças que possuem diabetes, possuem a do tipo 1.
  4. Entretanto, a do tipo 2 está crescendo cada vez mais por conta dos maus hábitos.

Os principais sintomas da diabetes infantil aparecem quando a criança sente muita sede, perde peso muito rápido, possui muita vontade de fazer xixi, tem dificuldade em enxergar e tem muita fome. No entanto, esses sintomas às vezes não ficam muito claros, principalmente se a criança não souber se comunicar ainda.

  1. Ou se estiver em uma fase de crescimento rápido.
  2. Por isso é necessário que sejam feitos para que haja um acompanhamento do quadro clínico de cada paciente e suas alterações.
  3. O tratamento para diabetes tipo 1 se realiza por meio de aplicação de insulinas.
  4. A diabetes tipo 2 é tratada por meio de uma educação alimentar e prática de exercícios para controle glicêmico.

Como os pais podem perceber o aparecimento de diabetes? É simples, basta ficar de olho no comportamento da criança e no tipo de que ela tem. Crianças desregradas e com uma alimentação ruim têm grandes chances de desenvolvimento da doença. A realização de exames de rotina também é muito necessária para que se dê uma segurança quanto ao diagnóstico da doença.

Como baixar a glicose de uma criança?

Incentive a prática de exercícios físicos – Uma boa maneira de regular os níveis de glicose no sangue é incentivar a prática de exercícios físicos. O ideal é que ela seja como um complemento aos alimentos para diabetes infantil. É importante que você, ou um profissional especializado, crie uma rotina de exercícios para o bem-estar da criança. A prática de esportes é uma poderosa aliada aos alimentos para diabetes infantil no combate à doença.

O que é hipoglicemia infantil?

A hipoglicemia é uma alteração metabólica frequente, e presente em várias condições endócrino-metabólicas. Ocorre também em situações de défice de aporte ou aumento do consumo, em crianças aparentemente saudáveis.

Qual o valor correto da glicemia

Qual é o nível normal de glicemia? Ao fazer a medição sanguínea da glicemia, ela é considerada normal quando apresenta os seguintes valores: Glicemia de jejum: entre 70 a 99 mg/dL. Glicemia pós-prandial: até 140 mg/dL.

Como saber se a criança e Pré-diabética?

Pré-diabetes infantil: o que isso significa? – O pré-diabetes infantil é o estágio em que a criança ainda não é considerada diabética, mas corre riscos de se tornar. Com um simples exame de sangue, é possível descobrir se seu menino e/ou menina é pré-diabético.

  1. A pediatra e endocrinologista pediátrica Aline Riquetto explica: ” É importante que toda criança mantenha um acompanhamento regular e ambulatorial com o pediatra.
  2. Se, em qualquer momento, o médico detectar alterações pertinentes, ele deve solicitar a triagem glicêmica.
  3. No caso das crianças, o índice de glicemia que indica diabetes é igual ou superior a 126 mg/dL.

” Se o quadro pré-diabetético da criança estiver associado a ganho excessivo de peso e resistência à insulina, existem grandes chances de a doença progredir! Para isso, é importante consultar um(a) nutricionista, a fim de melhorar a alimentação da criança e proporcionar um processo saudável de perda de peso.

O que é uma criança pré diabética?

Pré‑diabetes em crianças – Cinco coisas que os pais precisam saber – Manual MSD Versão Saúde para a Família É um fato da vida moderna: o diabetes não é apenas uma preocupação para os adultos. Quase adolescentes vive com pré‑diabetes e corre um risco maior de desenvolver diabetes tipo 2.

  • É um risco à saúde que deveria estar no radar de todos os pais.
  • O que é diabetes? é uma doença na qual o nível de açúcar (glicose) no sangue está excepcionalmente elevado, porque o organismo não produz insulina suficiente ou porque não consegue responder normalmente à insulina produzida.
  • Pode causar uma série de complicações de saúde envolvendo os olhos, rins e nervos e pode até mesmo aumentar o risco de surgimento precoce de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral.

O diabetes é geralmente dividido em dois tipos:

Diabetes tipo 1 é uma doença autoimune que ocorre quando o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina devido à destruição das células produtoras de insulina. Em geral, os sintomas do diabetes tipo 1 começam rapidamente e podem incluir aumento da sede, aumento da micção, urinar na cama e perda de peso não intencional. Diabetes tipo 2 ocorre porque as células do corpo não respondem adequadamente à insulina (denominada resistência à insulina) e o pâncreas não consegue produzir insulina suficiente para compensar a resistência à insulina. O diabetes tipo 2 está geralmente associado à predisposição genética e à obesidade. O início do diabetes tipo 2 é mais gradual e pode se desenvolver ao longo de anos. Crianças com diabetes tipo 2 podem não apresentar sintomas ou podem apresentar sintomas semelhantes aos de pacientes com diabetes tipo 1.

Ao longo dos últimos 25 anos, o diabetes tipo 2 se tornou muito mais comum em crianças. O que é pré‑diabetes? Pré‑diabetes é quando há um problema com a forma como o corpo lida com a glicose e os níveis de glicose no sangue estão muito altos para serem normais, mas não altos o suficiente para atender aos critérios de diabetes.

O pré‑diabetes é um sinal de alerta crítico em crianças com risco de desenvolver diabetes tipo 2. Evitar essa progressão do pré‑diabetes para o diabetes tipo 2 significa reconhecer os sinais de pré‑diabetes e tomar medidas proativas para reduzir os níveis de açúcar no sangue. Aqui estão cinco coisas que os pais devem saber sobre como reconhecer e lidar com pré‑diabetes em crianças.1.

Pré‑diabetes é reversível A boa notícia: o pré-diabetes pode ser prevenido e revertido, normalmente através de mudanças no estilo de vida que os médicos recomendam antes de prescrever medicamentos. A notícia não tão boa: essas mudanças são desafiadoras para as crianças manterem em longo prazo.2.

  1. Existem sinais de alerta para pré‑diabetes Em geral, os médicos examinam crianças com risco de diabetes quando elas estão se aproximando da puberdade, ou durante esse período.
  2. Mas os pais devem estar atentos a coisas que aumentem o risco de diabetes da criança e que precisem ser conversadas com o médico mais cedo.

Obesidade em crianças é um dos maiores sinais de alerta. Crianças com ascendência latino‑americana, afro‑americana, americana nativa e asiático‑americana também apresentam um risco maior. Além disso, algumas crianças podem apresentar manchas escuras na pele ao redor do pescoço, axila ou virilha, um quadro clinico conhecido como acantose nigricans que está associado à resistência à insulina,

  • Outros fatores de risco incluem hipertensão arterial, colesterol alto e, em meninas, síndrome do ovário policístico,3.
  • O histórico familiar desempenha um papel significativo Além dos sinais de alerta citados acima, o histórico familiar pode ser um preditor significativo.
  • Cerca de metade das crianças com pré‑diabetes tem um parente de primeiro grau com diabetes e essa porcentagem aumenta para 90% ao incluir os avós.

Isso significa que, quando uma criança está lutando contra o pré‑diabetes ou diabetes, geralmente outro membro da família também está. Isso cria uma oportunidade para lidar com questões como alimentação saudável e exercícios físicos como “projetos familiares”, onde diferentes membros da família apoiam os esforços uns dos outros.

Não beba suas calorias – limite o consumo de sucos de frutas, refrigerantes e outras bebidas açucaradas. Evite alimentos processados – escolha alimentos frescos e integrais em vez de fast food e lanches embalados. Limite o tamanho das porções – faça refeições menores e guarde as sobras. Veja as sugestões em, Limite os lanches entre as refeições – concentre-se nas principais refeições do dia. Limite as refeições em restaurantes – evite a tentação de alimentos ricos em calorias ou fritos.

5. Exercício físico regular é mais importante do que nunca A COVID-19 interrompeu nossas rotinas diárias de muitas maneiras. Anteriormente, as crianças estavam fazendo exercícios na escola, no recreio, em aulas de educação física e até mesmo caminhando entre as aulas e na ida e volta da escola.

Agora, as crianças estão passando mais tempo em casa e mais tempo na frente de telas. Para prevenir e reverter o pré‑diabetes, é importante ajudar as crianças a estabelecerem rotinas saudáveis de exercício físico ao longo do dia. Certifique-se de que as crianças estejam se levantando, se movimentando e praticando exercício físico longe da TV, laptop ou celular.

Para saber mais sobre pré‑diabetes e diabetes em crianças, consulte a e os, : Pré‑diabetes em crianças – Cinco coisas que os pais precisam saber – Manual MSD Versão Saúde para a Família

Como saber se a criança tem diabetes pelo exame de sangue

O diabetes é uma doença na qual os níveis de açúcar (glicose) no sangue são excessivamente altos, porque o organismo tem dificuldade em produzir ou utilizar insulina. A glicose no sangue é a principal fonte de energia do organismo. A insulina é um hormônio que o organismo fabrica. Ele controla os níveis de glicose no sangue. A glicose no sangue vem de:

Açúcar que a pessoa consome, como em doces, refrigerantes ou colocado em alimentos e em bebidas; xarope e mel são quase totalmente compostos por açúcar Alimentos que contêm carboidratos

Os carboidratos nos alimentos são transformados em glicose pelo organismo. Muitos tipos de alimentos têm carboidratos:

Os alimentos feitos de trigo ou milho, como pão, massas, bolos e salgadinhos Feijões Verduras, sobretudo tubérculos, como batatas, nabos e beterrabas Frutas

Existem dois tipos de diabetes: o tipo 1 e o tipo 2. Um distúrbio relacionado é denominado pré-diabetes. No diabetes tipo 1, o organismo não produz nada do hormônio insulina. No diabetes tipo 2, o organismo produz insulina, mas ele não responde à insulina como deveria.

O diabetes tipo 1 quase sempre tem início na infância O diabetes tipo 2 costuma ser mais frequente em crianças ou adolescentes com sobrepeso ou obesas Urinar bastante e ter muita sede podem ser sinais precoces de diabetes O diabetes tipo 1 é tratado com injeções de insulina O diabetes tipo 2 em crianças é tratado com perda de peso, um medicamento chamado metformina e, às vezes, também com injeções de insulina Depressão, ansiedade e transtornos alimentares são comuns em crianças e adolescentes com diabetes; conversar com um psicólogo ou conhecer outras crianças com diabetes pode ajudar

No diabetes tipo 2, o organismo não responde à insulina da maneira que deveria (um quadro clínico denominado resistência à insulina)

Até a década de 1990, quase todas as crianças com diabetes tinham diabetes tipo 1. Agora, devido ao fato de que há mais crianças com obesidade, aproximadamente um terço das crianças recém-diagnosticadas com diabetes têm diabetes tipo 2. O diabetes tipo 2 é mais comum em pessoas nativas americanas, negras, hispânicas, asiáticas americanas e nativas das ilhas do Pacífico.

Urinar bastante Fique com muita sede e beba muito líquido Perder peso Tenha visão embaçada

Ter hálito com odor parecido com acetona Respire de maneira profunda e muito rápida Ter dor de cabeça e parecer estar confusa ou sonolenta Ter dor abdominal e vômitos Sentir-se fraca e cansada

A cetoacidose diabética precisa ser tratada imediatamente no pronto socorro. No caso de diabetes tipo 2, a criança pode:

Não ter nenhum sintoma Beber ou urinar mais que o normal

Uma vez que a criança pode não ter nenhum sintoma, às vezes, o médico apenas descobre a presença de diabetes tipo 2 quando faz exames de sangue por outros motivos. As crianças com diabetes tipo 2 raramente têm cetoacidose. A pessoa que já teve diabetes por muitos anos pode ter obstrução dos vasos sanguíneos.

  1. A obstrução dos vasos sanguíneos causa muitas complicações, como hipertensão arterial, acidente cerebral vascular, ataque cardíaco, cegueira, insuficiência renal, amputação da perna e danos nervosos.
  2. O desenvolvimento dessas complicações é bastante demorado, portanto, eles não surgem na criança até ela alcançar a idade adulta.

Um bom controle do diabetes durante a vida ajuda a prevenir a ocorrência de complicações. O médico faz exames de sangue para diagnosticar o diabetes, inclusive:

Níveis de glicose no sangue Níveis de A1c

É possível que o médico queira medir o nível de glicose no sangue da criança no início da manhã, antes de ela ter comido. Esse exame é denominado glicemia em jejum. Contudo, isso nem sempre é necessário. Quando existe muita glicose no organismo, com o passar do tempo a glicose se liga a uma proteína nas células sanguíneas e forma a A1c.

Ao medir os níveis de A1c, o médico consegue ver como os níveis de glicose no sangue no corpo tem estado nos últimos dois a três meses. O médico faz um diagnóstico de diabetes se os níveis de glicose no sangue ou os níveis de A1C estiverem muito altos. Às vezes, o médico faz um exame de glicose no sangue antes e depois de a criança ingerir uma bebida muito açucarada.

Esse exame é denominado teste oral de tolerância à glicose. Porém, esse exame é feito com mais frequência em adultos que em crianças. Às vezes, o médico faz exames de sangue para descobrir se a criança tem diabetes tipo 1 ou diabetes tipo 2. O diabetes não tem cura.

Praticar atividade física e perder peso se ela estiver com excesso de peso Controlar cuidadosamente a quantidade de açúcar e carboidratos que ela consome

Para ajudar a controlar a quantidade de açúcar e carboidratos consumida, a criança deve:

Fazer refeições e lanches aproximadamente no mesmo horário todos os dias Prestar atenção na quantidade de carboidratos que ela está consumindo em cada refeição e lanche Consumir alimentos que são digeridos lentamente, como frutas, grãos integrais e alimentos com alto teor de fibras Consumir uma quantidade menor de alimentos processados e de carboidratos que são digeridos rapidamente, como os carboidratos em doces, biscoitos, bolachas e bolos Evitar o consumo de bebidas açucaradas, como refrigerantes, chá gelado doce, limonada, sucos artificiais e bebidas esportivas

O organismo da criança com diabetes tipo 1 não produz nenhuma insulina e, portanto, ela precisa tomar insulina. O médico precisa definir:

Qual é o melhor tipo de insulina para a criança Qual é a melhor maneira de administrar insulina à criança

Existem vários tipos de insulina. Alguns tipos agem rapidamente e duram pouco tempo. Outros tipos de insulina agem mais lentamente e duram mais. Às vezes, o médico receita uma mistura de insulinas de ação lenta e longa. A insulina é injetada sob a pele. Ela não pode ser tomada por via oral. A insulina pode ser injetada por meio de uma:

Seringa Caneta de insulina Bomba de insulina

A bomba de insulina é um pequeno aparelho computadorizado que administra uma dose específica de insulina. A bomba fica presa ao cinto ou é colocada no bolso. Ela é conectada a um tubo pequeno e flexível inserido na pele do abdômen que fica preso no lugar com fita adesiva.

Algumas bombas de insulina mais modernas também conseguem medir os níveis de glicose no sangue. Isso ajuda a controlar a quantidade de insulina a ser tomada. Para saber qual a quantidade de insulina necessária, os níveis de glicose no sangue da criança precisam ser medidos antes de toda refeição e à noite.

Isso pode ser feito ao:

Espetar a ponta do dedo com um instrumento pequeno e afiado chamado lanceta Utilizar um aparelho de monitoramento contínuo da glicose, que é usado com ou sem uma bomba de insulina para controlar melhor os níveis de glicose no sangue durante o dia todo

Perder peso é algo importante no tratamento do diabetes tipo 2. Fazer com que a criança seja mais ativa e aprenda a controlar o tamanho da porção ajuda a alcançar essa meta. Os médicos costumam receitar um medicamento chamado metformina, que é tomado por via oral.

Psicoterapia ou grupos de apoio à família podem ajudar a criança e a família a lidar com o diabetes Colônias de férias especiais para crianças com diabetes podem ajudar a criança a aprender a conviver com a doença As crianças mais velhas devem estar envolvidas com o próprio tratamento Tratar o diabetes em adolescentes pode ser difícil devido à puberdade, à pressão dos colegas, ter uma agenda lotada ou que está constantemente mudando e conflitos com os pais ou outros cuidadores A insulina pode causar ganho de peso, o que pode dar origem a um transtorno alimentar em adolescentes O médico pode ajudar o adolescente a manter o enfoque sobre o controle dos níveis de glicose no sangue

Não existe prevenção para o diabetes tipo 1, Por sua vez, o diabetes tipo 2 pode ser prevenido ou adiado. A criança deve:

Ter uma dieta saudável, que inclui muitas frutas, verduras e grãos integrais Praticar exercícios Perder peso e manter um peso saudável Medir os níveis de glicose no sangue na puberdade e então a cada três anos caso ela faça parte de um grupo de risco (ter excesso de peso ou histórico familiar de diabetes tipo 2)

O que pode ser glicose alta em criança

Diabetes na criança: o que é? – A forma mais comum de diabetes na criança é a diabetes mellitus tipo 1 em que a destruição maciça das células insulínicas do pâncreas é responsável por um aumento dos níveis de açúcar no sangue, sendo essencial o tratamento com insulina subcutânea várias vezes ao dia para garantir a sobrevivência.

A diabetes mellitus tipo 1 não deve ser “confundida” com a diabetes mellitus tipo 2 que é a forma mais frequente de diabetes mellitus (90% dos casos). A diabetes mellitus tipo 2 surge sobretudo na idade adulta e está intimamente relacionada com a obesidade, sedentarismo e alimentação pouco saudável (rica em gorduras, hidratos de carbono e pobre em fibras).

Esta forma de diabetes é rara na criança e jovens portugueses, sendo a sua prevalência importante em países como EUA, Brasil, Japão e nos países africanos. Na diabetes mellitus tipo 2, a síntese de insulina é suficiente e muitas vezes até elevada, mas os órgãos deixam de responder ao seu efeito, surgindo, tal como na diabetes mellitus tipo 1, excesso de açúcar no sangue.

Até quando a diabete é normal?

O estado de normalidade da glicemia em jejum é de 70 mg/dl a 100 mg/ld. Uma pessoa é classificada como pré-diabética ao medir a sua glicemia em jejum e atingir entre 100 e 125 mg/dl. Já aqueles que atingem a partir de 126 mg/dl são considerados diabéticos. Quais as principais causas?

Quando desconfiar de diabetes

10 principais sintomas do diabetes O diabetes mellitus (DM), ou simplesmente diabetes, é o nome dado a um grupo de distúrbios metabólicos que levam ao aumento dos níveis de glicose (açúcar) no sangue. Dizemos que o diabetes é um grupo de doenças porque se classifica em mais de um tipo – diabetes tipo 1, tipo 2 e gestacional –, com causas diferentes, evoluções peculiares e tratamentos distintos.

Porém, independentemente do tipo de diabetes, um fator em comum torna essa doença bastante perigosa: por ser assintomática em muitos casos, a demora na percepção do seu desenvolvimento pode resultar em graves complicações à saúde. Há situações em que o paciente leva anos para notar a enfermidade. Isso acontece porque, em um primeiro momento, os sintomas do diabetes são “leves” e podem facilmente se confundir com outras desordens menos alarmantes.

São exemplos de sintomas: fadiga, mudanças de humor, alterações no peso, fome e sede constantes, sinais muito relacionados a quadros de estafa e ansiedade. Silencioso e muito perigoso quando não tratado logo no início, o diabetes pode implicar em graves perturbações como lesões nos rins, danos à visão e infecções diversas.

Sem falar em doenças coronárias (cardíacas) como a aterosclerose que, inclusive, pode levar à morte súbita. Principais sintomas do diabetes Vimos que o diabetes se manifesta de três formas, isso sem falar no estágio de pré-diabetes, alteração do metabolismo que pode evoluir para o diabetes tipo 2. E é verdade que muitas vezes é extremamente difícil notar a presença da doença, mas perceber as primeiras manifestações é vital para o controle e não agravamento do quadro.

Apesar dos sintomas do diabetes variarem conforme a apresentação da doença, existe um consenso que indica os principais sinais que são comuns a quase todos os tipos. São os 10 mais citados: 1. Poliúria (micção excessiva) Termo médico para se referir ao aumento da produção de urina, ou seja, a necessidade de urinar muitas vezes durante o dia ou à noite, usualmente em volume normal.

  • Em um período de 24 horas, adultos chegam a eliminar em média 3 litros de urina, enquanto crianças de 2 a 2,5 litros.
  • No diabetes, a poliúria acontece porque o organismo precisa se livrar do excesso de glicose no sangue, já que a insulina não é suficiente ou já não consegue fazer esse trabalho.
  • E então os rins são acionados para servirem de filtro, trabalhando em dobro, de forma a gerarem uma quantidade de líquido maior do que o normal para que a glicose possa ser diluída e excretada através da urina.

Como resultado, quanto mais elevada for a concentração de glicose no sangue (glicemia), mais acentuada será a perda de glicose pela urina (glicosúria), maior será o volume de urina produzido e, consequentemente, mais idas ao banheiro ocorrerão.2. Polidipsia (sede constante) Em função da poliúria – que por vezes pode levar à boca seca até que o corpo reponha os níveis normais de água-, é normal que se tenha sede com mais frequência.

  1. E então, a polidipsia se apresenta acompanhada pela ingestão de líquidos em grande quantidade e em várias vezes para suprir a sede constante.3.
  2. Polifagia (aumento do apetite) Condição bastante relacionada com doenças metabólicas, como o diabetes, a polifagia (também conhecida por hiperfagia) se caracteriza pela fome excessiva e pela vontade de comer acima do normal, que não cessa mesmo que a pessoa se alimente.

Mas, afinal, porque as pessoas com diabetes sentem muita fome? Como a insulina não dá conta de trabalhar com eficiência no controle da glicemia circulante no sangue, o organismo tende a se esforçar além do normal para eliminar o açúcar excedente. E essa hiperatividade agiliza os episódios de fome.

  • E mais: como as células não conseguem captar glicose suficiente para gerar energia, o corpo constantemente acredita estar em jejum.
  • Por isso, como para funcionar corretamente o organismo precisa de energia e o único modo para obtê-la é através da alimentação, emite repetitivos sinais de alerta em forma de fome.

Importante ressaltar, contudo, que o termo não enquadra ocorrências isoladas de fome excessiva, mas sim quando um padrão de comer demais se estabelece ao longo do tempo. E que juntamente à poliúria e à polidipsia, a polifagia compõe a lista dos três sinais clássicos e iniciais do diabetes.

  • 4. Perda de peso
  • Observada com bem menos frequência em pacientes com diabetes tipo 2, a perda de peso é um sintoma extremamente comum no diabetes tipo 1, doença de origem imunológica em que a insulina deixa de ser produzida de modo relativamente repentino.
  • É que nesses casos, com a ausência de insulina – hormônio que também responde pelo armazenamento de gordura e pela síntese de proteínas no organismo –, o corpo deixa de armazenar gordura e de produzir músculos.

Somado a isso, como as células não recebem a glicose em quantidade suficiente para realizar corretamente suas atividades, acabam tendo que obter energia de outras fontes. Ou seja, a partir da quebra de proteínas e dos estoques de gordura. Em resumo, sem insulina o corpo não gera músculos e gorduras, e ainda precisa fazer uso recorrente das reservas existentes.

E assim, curiosamente, mesmo apresentando o sintoma de polifagia, pode acontecer da pessoa com diabetes também ter redução brusca de peso.5. Fadiga extrema Cansaço crônico, muito sono, falta de energia para desenvolver atividades cotidianas, preguiça frequente e tontura são sintomas comuns em casos de diabetes.

Ocorrem pela desidratação provocada pela poliúria e pela incapacidade das células em receber glicose suficiente. Vale lembrar que no diabetes tipo 1, a insulina é inexistente, e, no diabetes tipo 2, não funciona corretamente. E como é esse hormônio o responsável por promover a entrada da glicose circulante no sangue para dentro das células, consequentemente, a glicose recebida pelas células não supre as necessidades substanciais.

  • E, assim, o organismo produz menos energia por falta de “combustível”, o que provoca sintomas como fadiga e sensação de falta de energia.6.
  • Visão embaçada É muito comum pessoas com diabetes serem acometidas por alterações oftalmológicas, como sensação de vista turva ou embaçada.
  • Isso acontece porque a glicemia elevada pode provocar inchaço do cristalino, que é a lente do olho.

Com o edema, tanto a forma quanto a flexibilidade do cristalino são modificadas, o que leva ao comprometimento da capacidade de foco e, por fim, à visão embaçada. Geralmente, à medida que os níveis de açúcar no sangue se estabilizam, a visão volta ao normal.

  1. E é importante não confundir essa alteração nos olhos com a retinopatia diabética, uma complicação grave da retina que pode surgir após anos de diabetes.7.
  2. Infecções fúngicas de repetição Como o diabetes provoca distúrbios no sistema imunológico por também alterar o funcionamento das células de defesa, de modo que pacientes com diabetes chegam a ser considerados imunossuprimidos, é comum o surgimento de infecções fúngicas que podem inclusive demorar a sarar.

São exemplos infecções fúngicas na pele e nas unhas, infecções na região genital – sendo a candidíase a mais comum – e pneumonia. Sem falar que a micção excessiva decorrente da poliúria facilita quadros de infecção urinária.8. Feridas que demoram a cicatrizar Para funcionar bem, o corpo precisa do oxigênio e nutrientes transportados pelo sangue, e, por isso, esse fluído circula por todo organismo de modo contínuo.

  1. Logo, feridas, cortes, úlceras e lesões similares – especialmente nos membros inferiores – demoram a cicatrizar e podem até piorar com o tempo, por conta da diminuição da função das células responsáveis pela reparação dos tecidos e da dificuldade na geração de novos vasos sanguíneos.
  2. 9. Coceira frequente
  3. Quem tem diabetes é também mais propenso a apresentar problemas na pele, principalmente em razão da baixa imunidade e por causa da dificuldade do corpo se manter hidratado por conta da poliúria – o que deixa a pele mais suscetível a ressecamentos.
  4. A maior sensibilidade ao desenvolvimento de infecções por fungos e os problemas circulatórios comuns à doença são outros fatores que levam aos eventos de comichão.
  5. 10. Escurecimento das dobras
  6. E para encerrar a lista dos 10 principais sintomas do diabetes temos as manchas escuras na pele, que têm aspecto aveludado e verrucoso e geram muito desconforto estético.
  7. Condição denominada acantose nigricante ou nigricans, o escurecimento localizado da pele resulta da resistência à insulina, e ocorre com mais frequência em regiões de dobras como pescoço, axilas e virilha.
  8. Auxílio médico

Agora que você já está por dentro dos principais sintomas do diabetes e como eles se apresentam – sem esquecer que existem outros sinais que não foram abordados, como impotência sexual, náusea excessiva, neuropatias diabéticas, etc. –, caso tenha notado ter uma ou mais indicações que podem levar a um diagnóstico positivo dessa doença crônica e silenciosa, consulte um médico.

  • Somente por meio de exames laboratoriais próprios para o diagnóstico de diabetes mellitus é possível ter certeza sobre a existência dessa enfermidade, qual o tipo apresentado e o tratamento indicado.
  • E nunca é demais lembrar: qualquer pessoa pode ter diabetes mesmo sem casos prévios na família, sendo que as chances de desenvolver essa comorbidade aumentam em função da má alimentação, obesidade e sedentarismo.

: 10 principais sintomas do diabetes

O que causa diabetes tipo 2 em crianças?

Já a diabetes tipo 2 é causada pela insuficiência de insulina produzida pelo pâncreas e pela incapacidade das células reconhecerem a ação da insulina, impedindo a absorção da glicose, e as principais causas estão relacionadas ao sedentarismo, péssimos hábitos de alimentação e obesidade.

Como é a urina de quem tem diabetes?

O que a cor da urina revela sobre a nossa saúde Sabia que o nosso corpo fala? E que a cor da urina é um dos sinais mais indicativos que ele emite? Pois é! A coloração da urina aponta o quanto ingerimos de líquidos, a forma com que nos alimentamos, os medicamentos que utilizamos, e ainda pode manifestar algumas doenças, apesar de não trazer um diagnóstico preciso.

  1. Produzida pelos rins a partir da filtração do sangue, a urina é um dos principais mecanismos do corpo para eliminar substâncias desnecessárias e subprodutos do metabolismo, os quais causariam prejuízos se ficassem acumulados.
  2. Confira a lista do que podem indicar as diversas colorações da urina.
  3. Urina transparente Urina muito diluída, é sinal de hidratação em excesso.

Sendo assim, os rins precisam trabalhar mais para eliminar o líquido desnecessário. Nos quadros de diabetes descontrolada, isso também pode ocorrer. Urina amarelo-clara É a cor ideal da urina, entre o amarelo-claro e o amarelo dourado. Urina amarelo-escura Essa tonalidade, ainda considerada normal, indica diminuição da água no organismo.

Urina amarelo âmbar ou cor de mel Além da desidratação em níveis mais altos, pode ser indício de problema no fígado. Urina alaranjada Pode estar relacionada a algum alimento e concentração de vitamina C, mas, caso seja persistente, pode indicar problemas na vesícula e doenças do fígado. Urina rosada ou vermelha Pode estar relacionada à ingestão excessiva de alimentos com corante vermelho, mas que não deve ser permanente.

Também pode indicar presença de sangue, infecção, problemas nos rins, fígado, próstata e vesícula. Urina amarronzada Pode indicar desidratação severa e disfunção renal. Urina esverdeada ou azulada Pode estar relacionada ao uso de medicação, alimentos ou ser indício de infecção bacteriana. Fonte: http://www.iujonline.com.br/artigos/19/a-cor-da-sua-urina-diz-muito-sobre-voce Referências:

O que causa a hipoglicemia em criança?

ARTIGO ORIGINAL Hipoglicemia na infância: resultados de um protocolo de avaliação prospectiva em crianças com até 1 ano de idade Childhood hypoglycemia: results of prospective evaluation protocols in children with up to 1 year of age Ticiana C. Rodrigues; Maikel Colli; Mauro A.

Czepielewski Serviço de Endocrinologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas: Endocrinologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS. Endereço para correspondência Endereço para correspondência: Ticiana C. Rodrigues Serviço de Endocrinologia Hospital de Clínicas de Porto Alegre Rua Ramiro Barcelos 2350, Prédio 12, 4º andar 90035-003 Porto Alegre, RS Fax: (51) 2101-8777 E-mail: [email protected] RESUMO O objetivo deste trabalho é relatar a experiência na aplicação de um protocolo de avaliação de hipoglicemia.

Realizamos um estudo prospectivo com treze crianças com sintomas de hipoglicemia atendidas no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, com idade média de 5,3 ± 4,5 meses, das quais oito pacientes eram do sexo feminino. Os pacientes foram submetidos ao teste de jejum, estímulo com glucagon e dosagens de glicemia, lactato, pH, ácidos graxos, insulina, peptídeo C, TSH, GH e cortisol, além de urina para avaliação de cetonúria.

Dos treze pacientes avaliados, oito apresentaram hipoglicemia persistente e cinco apresentaram hipoglicemia transitória. O diagnóstico mais freqüente foi hiperinsulinismo persistente. Sugerimos a utilização de um protocolo simples de avaliação para hipoglicemia, que contempla as principais etiologias em crianças e que facilita o manejo desses pacientes.

Descritores: Hipoglicemia; Infância; Neonatos; Criança ABSTRACT The aim of this study is to present the experience of applying hypoglycemia evaluation protocol. We performed a prospective study with 13 children with hypoglycemia symptoms at the Hospital of Clinicas of Porto Alegre, with range age 5.3 ± 4.5 months and eight patients are female.

  1. The patients had been submitted to glucagon fasting test and blood glucose, lactate, pH, C peptide, insulin, fatty acids, TSH, GH, cortisol, and urine ketones were measured.
  2. Eight patients presented persistent hypoglycemia and five presented transitory hypoglycemia.
  3. The most frequent diagnosis was persistent hyperinsulinism.

We suggest the use of a simple protocol for the evaluation of hypoglycemia, which contemplates the identifications of the main etiologies in children and facilitates the handling of these patients. Keywords: Hypoglycemia; Childhood; Neonates; Children A HIPOGLICEMIA É UM ACHADO FREQÜENTE em recém-nascidos (RN), particularmente no primeiro ano de vida (1).

Na maioria dos RN saudáveis, a freqüente observação dos níveis reduzidos de glicemia não está relacionada a qualquer problema clínico e reflete um processo normal de adaptação à vida extra-uterina (2). Aproximadamente 30% dos RN não conseguem manter seus níveis de glicemia maiores que 30 mg/dl, caso sua primeira refeição seja atrasada em 3 a 6 horas após o seu nascimento (3).

A hipoglicemia é geralmente causada por redução das reservas de energia, hiperinsulinemia e/ou excessivo gasto energético. O risco de hipoglicemia transitória está aumentado em prematuros e pequenos para a idade gestacional (PIG), em filhos de mães diabéticas, em crianças com hiperinsulinismo, pacientes com sepse, hipotermia, anóxia perinatal e cardiopatia congênita (4,5).

  1. Aproximadamente 50% desses episódios hipoglicêmicos são assintomáticos e detectados devido a algum fator predisponente associado (6).
  2. A maioria dessas crianças recupera-se espontaneamente, entretanto 10 a 20% delas podem necessitar de infusão endovenosa de glicose (6).
  3. Uma distinção temporal é feita entre hipoglicemia transitória e persistente.

Os episódios que durarem mais de uma semana são considerados persistentes e merecem uma investigação etiológica (7). As hipoglicemias recorrentes ou persistentes representam um grupo heterogêneo de distúrbios, com hipoglicemias mais severas e representando maior gravidade à criança.

A patologia mais comum nos quadros persistentes é o hiperinsulinismo, cujo diagnóstico é clínico e laboratorial, englobando um número conhecido e mesmo desconhecidos de mutações genéticas (8). Os casos severos e presentes no período neonatal são devido a mutações no gene do receptor tipo 1 da sulfoniluréia (SUR1) ou do retificador interno dos canais de potássio da célula beta (kir 6.2) (9).

Os casos leves são mais tardios e são, em alguns pacientes, devido a mutações nos genes da glucoquinase ou glutamato desidrogenase (10,11). A glicemia capilar, embora extremamente útil para a triagem de pacientes em risco de hipoglicemia, não estabelece o diagnóstico, havendo necessidade da realização da glicemia sérica.

De um modo em geral, o ponto de corte utilizado para o diagnóstico de hipoglicemia é 40 mg/dl (12,13), mas há outros valores sugeridos conforme a faixa etária da criança; menores do que 20 mg/dl para prematuros e menores do que 30 mg/dl para os primeiros três dias de uma criança nascida a termo (14).

A hipoglicemia está associada a potenciais danos neurológicos e, assim, caracteriza uma situação clínica que exige diagnóstico preciso e manejo urgente. Apesar dessas peculiaridades, não há consenso sobre a melhor forma de abordagem, sendo propostos vários protocolos de investigação.

É importante salientar a extrema variabilidade do quadro clínico que pode associar-se à hipoglicemia. A tabela 1 descreve os sintomas mais freqüentes conforme a idade do paciente. O objetivo deste trabalho é relatar a experiência do nosso serviço na aplicação de um protocolo de avaliação de hipoglicemia, organizado a partir de uma série de achados na literatura e implementado desde 2000.

MÉTODOS Estudo prospectivo que incluiu 13 crianças com hipoglicemia acompanhadas pela equipe de endocrinologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, no período de abril de 2001 a dezembro de 2004. Empregou-se, nesses pacientes, o mesmo protocolo de avaliação. Protocolo de avaliação O teste foi iniciado pela manhã, mantendo-se o acesso venoso periférico heparinizado ou com soro fisiológico. Realizou-se glicemia capilar de hora em hora, ou antes, no caso de sintoma ou sinal suspeito. Quando a glicemia capilar atingisse valores menores que 40 mg/dl, procedia-se à coleta de uma amostra de sangue para dosagens de glicemia (método enzimático colorimétrico-oxidase, em mg/dl), lactato (método sinético-colorimétrico), pH (método de potenciometria), ácidos graxos (espectrometria de Massatandem), insulina (método de eletroquimioluminescência, em mU/ml), peptídeo C (método de eletroquimioluminescência, em ng/ml), tireotrofina (TSH) (método de eletroquimioluminescência, em µUi/ml), hormônio de crescimento (GH) (método quimioluminescência, em ng/dl) e cortisol (método eletroquimioluminescência, em µg/dl), além de urina para avaliação de cetonúria (método nitroprussiato de sódio).

Após essa coleta, injetava-se glucagon na dose de 0,03 mg/kg intravenoso ou intramuscular (máximo de 1 mg), com posteriores coletas de glicemia nos tempos 20 e 30 minutos, cortisol e GH nos tempos 60, 90 e 120 minutos. Interpretação do teste A elevação da glicemia plasmática de pelo menos 25 mg/dl acima do valor inicial sugere fortemente o diagnóstico de hiperinsulinismo (16).

No momento da hipoglicemia, níveis de insulina sérica maiores que 6 µU/ml e níveis de peptídeo C maiores que 0,6 ng/ml reforçam esse diagnóstico, associados a níveis reduzidos de cetonas e ácidos graxos, além de uma resposta normal ao cortisol e GH. Nas deficiências de cortisol e GH, as crianças apresentam-se cetóticas, os níveis de insulina estão reduzidos, o lactato é normal e não há resposta da glicemia ao estímulo com glugagon.

Desordens da oxidação dos ácidos graxos são sugeridas por acidose metabólica, hipoglicemia cetótica e elevação dos níveis de ácidos graxos livres. Outros erros inatos do metabolismo são suspeitados quando há presença de acidose metabólica, distúrbios hidroeletrolíticos e alteração da função hepática.

O protocolo recomenda que as amostras de sangue dos tempos 60, 90 e 120 minutos sejam armazenadas para posterior processamento, após o conhecido resultado das coletas basais, em função do elevado custo dessas dosagens laboratoriais. RESULTADOS Durante o período de utilização do protocolo, foram avaliadas 13 crianças com hipoglicemia.

Dos 13 pacientes estudados, 5 pacientes eram do sexo feminino e 8 eram masculinos. A descrição dos pacientes com seus respectivos diagnósticos, sintomatologia e idade estão descritos na tabela 2, Os pacientes identificados pelos números 1, 4, 8, 9 e 11 apresentaram hiperinsulinismo transitório em decorrência de suas patologias de base, não foram submetidos ao teste de jejum em função da gravidade de suas doenças.

As seguintes orientações foram dadas: manter o aporte adequado de carboidratos, aguardar melhores condições clínicas e posteriormente, caso ainda fosse necessário, realizar o teste de jejum. Porém, todos apresentaram resolução das hipoglicemias com a recuperação clínica.

  1. Os pacientes restantes foram submetidos à avaliação.
  2. O protocolo foi efetivo em todos os pacientes estudados, sendo que nos pacientes 6 e 10 a avaliação do distúrbio genético contribuiu para a obtenção do diagnóstico.
  3. A descrição dos exames laboratoriais no basal e após os testes de estimulação estão descritos nas tabelas 3 e 4, respectivamente.

DISCUSSÃO Nosso trabalho analisa o emprego de um protocolo de avaliação de hipoglicemia em crianças menores de 1 ano de idade. Descrevemos como a simplificação e a objetivação da investigação à criança com hipoglicemia pode ser útil na prática clínica e eficiente na resolução diagnóstica.

Apesar de esse grupo de pacientes ser composto por uma amostra heterogênea, ele representa a freqüente sintomatologia observada e os diagnósticos mais encontrados, demonstrando a experiência de atendimento em um hospital terciário. Nos pacientes com hipoglicemia persistente, o diagnóstico mais freqüente foi hiperinsulinismo, o que é compatível com a descrição da literatura e representa uma secreção inadequada de insulina diante de níveis reduzidos de glicose, estando associado a níveis baixos de corpos cetônicos e ácidos graxos livres.

No diagnóstico diferencial da hipoglicemia, o médico assistente deve levar em conta não apenas a glicose baixa, mas também o restante dos sinais e sintomas, assim como descrito na tabela 2, Um exemplo disso é a alteração hepática que favorece o diagnóstico diferencial entre sepse, hipopituitarismo, galactosemia, intolerância à frutose e doença do armazenamento do glicogênio (17).

  • O teste de jejum realizado em crianças é seguro, desde que realizado em ambiente hospitalar e com assistência médica adequada (15).
  • Na literatura brasileira, há descrição apenas de relatos de casos de pacientes com hipoglicemia ou revisões da literatura, sendo o nosso artigo o primeiro a descrever um grupo maior de pacientes com esse sintoma.

Um outro estudo descreveu um protocolo semelhante de investigação, porém os níveis de peptídeo C e lactato não são coletados rotineiramente no momento basal e o tempo máximo de espera para hipoglicemia não é descrito. A dosagem de peptídeo C é realizada apenas em situações de suspeita de hipoglicemia factícia e os valores de glicemia e insulina para interpretação dos resultados também são distintos.

Reforçamos a importância da dosagem do peptídeo C para reforço do diagnóstico de hiperinsulinismo e confirmação da origem endógena da insulina. Ainda nesse estudo, consideram-se os valores glicêmicos maiores que 40 mg/dl sobre o valor basal após teste de estímulo com o glucagon, enquanto no nosso protocolo consideramos os valores maiores que 25 mg/dl sobre o valor basal, já que há comprovação de sensibilidade com esta resposta ao glucagon, não havendo a necessidade de um aumento de pelo menos 40 mg na glicemia, em resposta ao mesmo teste.

Utilizamos valores de insulina maiores que 6 µU/ml no momento da hipoglicemia, enquanto que na literatura os valores encontrados são diversos, variando desde 5 a 10 µU/ml ou relação insulina/glicemia superior a 1:4 (6,18). Tal fato não compromete os resultados, visto que os nossos pacientes com hiperinsulinismo possuíam valores bastante elevados durante o episódio de hipoglicemia, inclusive níveis mais elevados que 10 µU/ml.

Não realizamos as análises moleculares para o esclarecimento diagnóstico. Na avaliação do diagnóstico diferencial de hiperinsulinismo responsivo ao diazoxido também devemos incluir a síndrome hiperinsulinismo-hiperamonemia, que está associada a níveis bastante elevados de amônia e que não possui a mesma base genética da desordem de secreção de insulina causada pelas mutações do gene da glutamato desidrogenase (19).

Felizmente, os nossos pacientes com hiperinsulinismo persistente responderam ao tratamento clínico com diazóxido e não necessitaram de intervenção cirúrgica. Um outro estudo com descrição de casuística internacional demonstrou que a maioria de seus pacientes respondeu de maneira satisfatória ao diazóxido, e que apenas 28,5% dos pacientes com hiperinsulinismo persistente necessitaram de intervenção cirúrgica (20).

  1. O tratamento de primeira escolha para o manejo do hiperinsulinismo da infância continua sendo o uso do diazóxido (21), porém este pode ou não resolver os episódios de hipoglicemia; nos casos não resolvidos, outras estratégias terapêuticas devem ser avaliadas, incluindo as ressecções pancreáticas.
  2. Em pacientes com fatores de risco conhecidos para hipoglicemia, deve-se reforçar a realização de glicemia capilar e não se deve realizar o teste de jejum, pois na maioria das vezes a hipoglicemia desaparece com a adequada alimentação e resolução da condição clínica de base.

Entretanto, quando os níveis reduzidos de glicemia são prolongados e recorrentes, eles podem resultar em um efeito sistêmico agudo ou em alguma seqüela neurológica grave (22). Sendo assim, a abordagem diagnóstica deve ocorrer em paralelo com o tratamento da hipoglicemia.

  1. Nos casos com hipoglicemias graves e persistentes, sugerimos a utilização de um protocolo simples de avaliação para hipoglicemia, que contempla as principais etiologias em crianças e que desmistifica o manejo desses pacientes.
  2. Uma vez a etiologia definida, o tratamento adequado e dirigido pode ser empregado com sucesso.

Recebido em 14/05/07 Aceito em 18/06/07

O que pode causar a glicose baixa?

Quais são as causas da Hipoglicemia? – Várias condições podem causar um quadro de hipoglicemia. Pacientes que pulam refeições, comem menos que o necessário, exageram no consumo de álcool, aumentam a quantidade de exercícios físicos sem mudar a dieta e que fazem o uso incorreto de determinados medicamentos podem apresentar uma crise de hipoglicemia.

Produção excessiva de insulina; Uso incorreto de medicamentos utilizados no tratamento de diabetes; Insuficiência hepática, cardíaca ou renal; Tumores pancreáticos; Consumo de álcool; Excesso de atividade física sem compensação na alimentação; Deficiência dos hormônios que ajudam a liberar glicogênio.

Já a hipoglicemia pós-prandial (reativa) ocorre entre 3 e 5 horas após a refeição por conta do desequilíbrio entre a insulina no sangue e os níveis de glicose. O quadro se manifesta em pessoas predispostas depois da ingestão de alimentos ricos em açúcar, nos pacientes submetidos à cirurgia do estômago e naqueles em fase inicial da resistência à insulina.

Porque a glicose baixa durante a noite

Causas, ocorrências e durações das hipoglicemias noturnas em crianças são identificadas em estudo publicado por autores da Suíça. No início do artigo são apresentados resultados de outros estudos apontando que as hipoglicemias noturnas são mais comuns em crianças do que em adultos,

  • Dados de 51 crianças, com idades entre 2 e 17 anos e com mais de 6 meses de diabetes tipo 1, foram analisados.
  • Para acompanhar o valor e a variação da glicose, foi usado sensor durante 6 dias consecutivos (valores abaixo de 3.7 mmol/L – 67 mg/dL – foram considerados hipoglicemias).
  • A atividade física foi monitorada através de acelerometria.

No total, 128 hipoglicemias noturnas foram identificadas, sendo 120 delas assintomáticas ! A duração dos episódios variou de 10 minutos a até mais de 11 horas ! Apenas 36% dessas ocorrências duraram menos de 1 hora, sendo que 6% delas prolongaram-se por mais de 6 horas! Foi detectado, ainda, que quanto mais intensa a atividade física durante o dia, maior a chance de hipoglicemia noturna,

Destaca-se, também, o fato de que ir dormir com a glicemia abaixo de 6 mmol/L ( 108 mg/dL ) aumenta duas vezes e meia a chance de hipoglicemia noturna, Não houve diferença entre o grupo em terapia de múltiplas aplicações e o que usava bomba de insulina. Por fim, os autores reforçam a necessidade de ensinar aos pacientes: como corrigir hipoglicemia, quando testar e retestar a glicemia, a necessidade de se alimentar apropriadamente antes de ir dormir, e a atenção especial a ser tomada após um dia com atividades físicas.

Referência Bachmann, S.; et al. Nocturnal Hypoglycemia and Physical Activity in Children With Diabetes: New Insights by Continuous Glucose Monitoring and Accelerometry. Diabetes Care 2016 May; dc160411. http://dx.doi.org/10.2337/dc16-0411

O que faz a glicose subir em criança

Da alteração de glicemia à ameaça de diabetes – O exame de glicemia veio, então, acima do desejável. Nosso próximo passo é olhar para o exame de hemoglobina glicada, que vai nos dizer a média desse resultado nos últimos três meses. Se a glicemia de jejum ou a glicemia após a alimentação estiverem elevadas, a média pode estar acima do esperado, mostrando alteração recorrente: sinal amarelo! Se a causa principal da elevação da média for a glicemia após alimentação, é provável que o problema esteja aí – uma alimentação com excesso de açúcar.

Essa é a primeira coisa que devemos tentar adequar nesses casos e, muitas vezes, já é suficiente para normalizar os exames. Além do alimento em si, temos que olhar para a criança que está ingerindo esse alimento: se está com peso adequado ou acima do peso, se tem história familiar de diabetes, se tem outros sintomas sugestivos de diabetes, se faz alguma atividade física regular.

Esses dados nos dizem como está o metabolismo da insulina no corpo do pequeno – se está acima do peso, não faz atividade física e ainda tem alguma história familiar de diabetes tipo 2, provavelmente existe uma resistência à ação da insulina. Aí o corpo precisa produzir muito mais insulina para tentar vencer essa resistência e controlar bem o açúcar. Porém, em médio prazo, esse pâncreas não vai conseguir produzir tanta insulina a ponto de vencer a resistência, e então o açúcar começa a se elevar no sangue. Esse processo ocorre mais em adultos, já que é preciso ter acumulado algum tempo de maus hábitos, aliados a alguma predisposição genética, para o diabetes tipo 2 se instalar.

Mas, infelizmente, essa situação tem sido cada vez mais frequente entre adolescentes também. Diabetes na infância ocorre, mais comumente, de forma mais aguda: é o diabetes tipo 1. É diferente do tipo 2, em que os maus hábitos e excesso de peso levam a uma resistência maior à ação de insulina e, com o tempo, o pâncreas não aguenta.

No tipo 1, o corpo do pequeno produz anticorpos contra o pâncreas que o inflamam mais rapidamente, e ele reduz muito a produção da insulina. Então o problema não é a ação da insulina, mas sim sua ausência. Já explicamos aqui no blog sobre o tema –, Assim, em poucos dias ou semanas, a criança apresenta os sintomas: emagrecimento, aumento excessivo na frequência de urina e muita sede – isso porque o rim tenta expelir o excesso de açúcar no organismo pela urina.

Qual o valor da glicemia após as refeições?

Os níveis normais de glicose no sangue são de até 99mg/dl pré-prandial (período que antecede a alimentação), e até 140 mg/dl pós-prandial (1 ou 2 horas após a alimentação). Níveis alterados desses valores podem sugerir crises hiperglicêmicas ou hipoglicêmicas. Níveis de glicose no sangue ao longo do dia.

O que é a glicemia média estimada?

Correlação entre valores de glicemia média estimada e glicemia em jejum – Revista RBAC

  • Mauren Isfer Anghebem 1
  • Adriana dos Santos Oliveira 2
  • Camila Adriane Greidanus 2
  • Felipe Sampaio Mariano 2
  • Rafael de Medeiros Tomazi 2
  • Marcelo Jahnel 3
  • Renato João Lopes 4
  • Geraldo Picheth 5

1 Professora de Bioquímica Clínica. Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Curitiba-PR, Brasil.2 Alunos do Curso de Farmácia. Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Curitiba-PR, Brasil.3 Professor de Bioestatística. Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Curitiba-PR, Brasil.4 Bioquímico.

  1. Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Curitiba-PR, Brasil.
  2. Artigo recebido: 18/07/2012
  3. Artigo aprovado: 15/02/2016

DOI: 10.21877/2448-3877.201900832 Introdução O Diabetes mellitus (DM) é caracterizado por hiper­glicemia crônica devido à deficiência da síntese e/ou ação da insulina. As altas concentrações glicêmicas são responsáveis pelo desenvolvimento e progressão de complicações (micro e macrovasculares) associadas ao DM, como retino­patia, nefropatia diabética e doenças cardio­vascu­lares. (1) A hiperglicemia prolongada é danosa ao organismo por promover glicação de proteínas, hiperosmolaridade plasmática e aumento das concentrações de sorbitol dentro da célula, o que acarreta mudanças na função dos nervos. (2,3) A Organização Mundial da Saúde (4) estima que 5% de todas as mortes ocorridas anualmente no mundo são decorrentes das complicações do DM, e que a mortalidade mundial por DM tende a crescer mais de 50% nos próximos dez anos. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, 9,7% da população é diabética, o que constitui um problema de saúde pública. (5) A avaliação do controle glicêmico é tradicionalmente feita através da dosagem laboratorial de glicemia e de hemoglobina glicada (A1C). A dosagem de glicemia reflete a concentração glicêmica do paciente no momento do teste; já os valores de A1C refletem a glicemia média pregressa dos últimos dois a quatro meses, avaliando em longo prazo o controle glicêmico. (6) A determinação da glicemia foi utilizada durante décadas como critério diagnóstico de diabetes, sendo que a A1C era utilizada apenas para monitorar o controle glicêmico de indivíduos já diagnosticados. A partir de 2010, o uso da A1C passou a ser recomendado também para diagnóstico, preconizando-se valores iguais ou maiores que 6,5% como critério para diabetes. (7) Além da glicemia de jejum e da A1C, mais recentemente foram desenvolvidos outros dois parâmetros para avaliação do paciente diabético: a glicemia média estimada e a variabilidade glicêmica. (8) A variabilidade glicê­mica refere-se à amplitude de variação das concentrações glicêmicas durante todo o dia. Pacientes com a mesma média glicêmica podem apresentar diferenças significativas na amplitude dos picos glicêmicos, o que representa um fator de risco isolado e independente dos níveis médios de glicemia para a função endotelial, favorecendo complicações cardiovasculares no paciente diabético. (9,10) A glicemia média estimada (GME) é um novo conceito na avaliação do controle glicêmico e sua utilização, em conjunto com os resultados da A1C, está sendo recomendada por entidades médicas relacionadas ao diabetes. (10) Esse valor é obtido por meio de uma equação matemática estabelecida pelo grupo de estudo denominado A1C Derived Average Glucose (ADAG), (11) onde: glicose média estimada (mg/dL) = 28,7 × A1C – 46,7. O estudo ADAG contou com a participação de 507 pacientes, portadores de DM tipo 1, DM tipo 2 e indivíduos não diabéticos, os quais apresentavam ampla variação étnica. A determinação de glicemia média foi feita pelo moni­toramento contínuo da glicose e auto­moni­toramento da glicemia através de métodos portáteis. O estudo durou 12 semanas, e, ao final deste período, para cada participante foram realizadas aproximadamente 2.700 medições de glicose. A partir deste estudo foi determinada a fórmula para obtenção de glicemia média estimada. (11) Indivíduos com DM precisam manter um rígido controle glicêmico para minimizar as complicações micro e macro­vasculares da hiperglicemia crônica. Sabendo dessa necessidade, a proposta deste trabalho foi avaliar a relação da GME com os valores da glicemia em jejum, a fim de proporcionar ao paciente diabético uma interpretação mais simples e realista de seu estado glicêmico. MATERIAL E MÉTODOS Seleção da amostra Após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (Parecer no 0005460/11), foram convidados a participar desta pesquisa 150 indivíduos que iriam realizar coleta de sangue para análises laboratoriais em um laboratório público da cidade de Curitiba-PR. Todos os participantes receberam informações sobre o estudo, assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e responderam a um questionário de inclusão. Foram excluídos do estudo indivíduos com idade inferior a 18 anos e superior a 80 anos, com doença renal crônica, hemoglobinopatias, hepatopatias, valvulopatias e doença pulmonar. Também foram critérios de exclusão: tabagismo, uso contínuo de vitamina C, uso de drogas de abuso e/ou álcool, realização de intervenção cirúrgica nos últimos três meses, hipertrigliceridemia, hiperbilirrubinemia e uremia. Os critérios de exclusão foram elencados com base nos possíveis interferentes analíticos da determinação da hemo­globina glicada. (9) Dos 150 voluntários, apenas 79 atendiam aos critérios de inclusão. Quarenta e nove indivíduos com diagnóstico prévio de DM (conforme assinalado pelo sujeito de pesquisa no questionário aplicado), de ambos os sexos, com idade entre 18 e 80 anos e trinta indivíduos sadios, não diabéticos (conforme assinalado pelo sujeito de pesquisa no questionário aplicado), de ambos os sexos, com idade entre 18 e 80 anos, foram incluídos no grupo controle. Coleta de sangue e processamento das amostras Foram realizadas três coletas de sangue de cada participante do grupo DM, com um intervalo de 120 dias entre cada coleta; e uma coleta de sangue de cada participante do grupo controle. Em cada ocasião, foram coletados 10 mL de sangue de cada participante, sendo 5 mL de sangue total em tubos Vacutainer ® (BD) contendo EDTAK2 para as análise de A1C, e 5 mL de sangue em tubos Vacutainer ® (BD) com gel separador, para as análises de glicemia de jejum. Após a coleta de sangue, os tubos com gel separador foram submetidos à centrifugação a 3.500 rotações por minuto (rpm) por 15 minutos, imediatamente após o processo de coagulação da amostra, que leva cerca de 5 a 12 minutos. As análises de glicemia em jejum foram realizadas com o sobrenadante. Os tubos contendo o anticoagulante EDTAK2 foram homogeneizados por 10 minutos antes das análises de A1C. Dosagens laboratoriais As dosagens laboratoriais de glicemia de jejum foram realizadas no autoanalisador Vitros® 350 (Johnson & Johnson), através do princípio da reflectância e metodologia enzimática (glicose oxidase). A determinação da A1C foi realizada no autoanali­sador Variant II® (Bio-Rad), o qual utiliza sistema de cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) com troca iônica. Esta metodologia é certificada pelo National Glycohemoglobin Standardization Program (NGSP). (8) Os ensaios, calibração e controle de qualidade interno e externo foram realizados conforme protocolos fornecidos pelo fabricante dos reagentes. Todas as análises laboratoriais foram realizadas no mesmo dia da coleta de sangue. Análise dos dados Os valores de A1C foram aplicados na fórmula determinada pelo ADAG e as médias dos valores de glicemia em jejum foram comparadas com as médias de glicemia obtidas pela equação matemática. As análises estatísticas foram realizadas com os recursos dos programas Microsoft Excel 2010 e Statistica Six Sigma (StatSoft®). RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram realizadas três coletas de sangue, com intervalos de 120 dias entre elas, nos indivíduos do grupo DM para se obter uma média dos valores de glicemia em jejum e hemoglobina glicada desses indivíduos, minimizando a interferência de variações biológicas e/ou analíticas. O grupo controle foi formado apenas para que pudéssemos demonstrar que os valores de glicemia em jejum e hemoglobina glicada de indivíduos diabéticos são estatisticamente superiores aos de indivíduos sem diabetes. A fórmula derivada do estudo ADAG,(10) onde a glicemia média estimada (mg/dL) = 28,7 × A1C – 46,7) foi aplicada em 49 indivíduos diabéticos e 30 indivíduos não diabéticos, a fim de comparar os valores obtidos pela glicemia em jejum e a glicemia média estimada. Os indivíduos do grupo DM apresentaram idade variando de 32 a 80 anos, com média de 53 anos (± 10 anos). A média da idade do grupo controle foi 21 anos (± 3 anos), estatisticamente inferior à do grupo DM (p<0,001, Teste t), com indivíduos de 18 a 25 anos. A justificativa para tal diferença foi a dificuldade de encontrar voluntários sadios com idade superior a 50 anos durante o período da pesquisa. Contudo, esta diferença não trouxe viés à pesquisa, já que a idade não é uma variável que interfere na aplicação da fórmula e na comparação entre os valores de glicemia em jejum e glicemia média estimada. (10) O grupo DM foi composto por 28 homens (57,2%) e 21 mulheres (42,8%); e o grupo controle, 11 homens (36,7%) e 19 mulheres (63,3%), conforme ilustrado na Figura 1. Figura 1. Distribuição da frequência de sexo entre os grupos. Segundo a Associação Americana de Diabetes e a Sociedade Brasileira de Diabetes, valores de glicemia em jejum acima de 125 mg/dL ou hemoglobina glicada superior a 6,5%, em duas ocasiões diferentes, confirmam o diag­nóstico de DM. (1,6) Ao se avaliarem as médias de glice­mia em jejum, hemoglobina glicada e GME dos grupos DM e controle, houve diferença estatisticamente significante (p<0,001, Teste t), comprovando a estratificação da amostra em indivíduos com diabetes (grupo DM) e indivíduos sem diabetes (grupo controle), conforme demostrado na Figura 2. Figura 2. Médias de hemoglobina glicada, glicemia em jejum e GME dos grupos estudados. A aplicação da fórmula de GME ao grupo controle mostrou uma glicemia média estimada de 100,9 mg/dL (±13 mg/dL), enquanto que a média de glicemia de jejum desses pacientes foi de 71 mg/dL (±7,53 mg/dL), sendo estatisticamente diferentes entre si (p<0,001, Teste t). A fórmula da GME obtida no estudo ADAG (11) foi baseada na premissa de que existe uma relação linear entre A1C e a média glicêmica plasmática, assumindo que a variação de A1C na população é aleatória ou devido à variação da concentração glicêmica. Entretanto, inúmeros trabalhos demonstraram a existência da variação biológica da A1C. (12,13) Uma vez que a GME é estimada com base nos valores de A1C, seus resultados sofrem a interferência da variação biológica, o que pode justificar a diferença encontrada no grupo controle. Apesar da fórmula da GME ter sido desenvolvida a partir de médias glicêmicas de indivíduos diabéticos e indivíduos saudáveis, sua aplicação para o segundo grupo não tem sido indicada já que pode ser tendenciosa em virtude da variação biológica da A1C. (12,13) A média da glicemia em jejum do grupo DM foi de 163,55 mg/dL (± 59,75 mg/dL), enquanto a de GME foi de 193,83 mg/dL (± 58,70 mg/dL) sendo estatisticamente diferente entre si (p<0,001, Wilcoxon). Para esse teste de correlação foi considerado 5% de significância, ou seja, para valores de probabilidade p <0,05 dizemos que a correlação de Pearson (r) entre essas duas variáveis é significativa. O coeficiente de correlação foi de 0,83, o que é considerado estatisticamente elevado em virtude das variações biológicas. As análises mostram que a GME tem boa correlação com a glicemia de jejum já que apresentou baixa dispersão como mostra a Figura 3. Figura 3. Dispersão dos valores de glicemia em jejum versus GME para o grupo DM. Realizamos um teste de correlação entre as variáveis "glicemia em jejum" e "GME" subdividindo o grupo DM em um grupo com média de glicemia em jejum inferiores a 126 mg/dL (DM 126).

O valor de 126 mg/dL foi escolhido com base no valor de referência superior para diagnóstico de DM. (1) Os coeficientes obtidos foram 0,2652 para o grupo DM 126, conforme Figuras 4 e 5. Essa análise indica que a medida que os valores de glicemia em jejum aumentam, a correlação entre a glicemia de jejum e a glicemia média também aumenta.

Apesar da boa correlação entre glicemia em jejum e GME, seus valores podem diferir bastante, já que a GME se baseia nos valores de A1C, marcador de controle glicêmico de longo prazo. (8,11) Figura 4. Dispersão dos valores de glicemia em jejum versus GME para o grupo DM<126. Figura 5. Dispersão dos valores de glicemia em jejum versus GME para o grupo DM>126. Alguns pacientes diabéticos realizam a dieta recomendada pelo médico e fazem o uso de seus medicamentos de forma adequada apenas dias antes da coleta de sangue, com o intuito de obter um “melhor resultado” de seus exames. A glicemia em jejum avalia o estado glicê­mico no momento da coleta, podendo, neste caso, sofrer a interferência dessas condutas e apresentar concentrações mais baixas. A A1C, ao contrário, reflete o estado glicêmico dos 2 a 4 meses anteriores a coleta. Uma mudança no estilo de vida do paciente apenas nos dias que antecedem a coleta, não fará com que seus valores reduzam significativamente. (7,11,14,15) Para entender o papel da determinação laboratorial da A1C na avaliação do paciente diabético é necessário entender seu conceito. O processo de “glicação” de proteínas envolve uma ligação não enzimática e estável com açúcares redutores como a glicose. O termo genérico “hemo­globina glicada” refere-se a um conjunto de substâncias formadas pelas reações entre a hemoglobina A e alguns açúcares. (16,17) A fração HbA da hemoglobina é a predominante em adultos, sendo que a HbA0 é o principal componente da HbA e sofre glicação em outros pontos da cadeia alfa e beta da hemoglobina. Por outro lado, a HbA1 total corresponde às formas de HbA carregadas mais negativamente devido à adição de glicose e outros carboidratos. Existem vários subtipos de HbA1 cromatograficamente distintos, tais como HbA1a1, HbA1a2, HbA1b e HbA1c. A fração A1C é a que se refere à hemoglobina glicada propriamente dita, pois cerca de 80% ligam-se à glicose. É formada pela conden­sação da glicose a um resíduo de valina N-terminal de uma ou ambas as cadeia beta da hemoglobina A para formar uma base de Schiff instável (aldimina, pré-A1C). A base de Schiff pode dissociar-se ou sofrer uma modificação para formar uma cetoamina estável (A1C). (8,17,18) A Figura 6 ilustra o processo de glicação da molécula de hemoglobina. Figura 6. A molécula de hemoglobina, assim como a maioria das proteínas, se liga de forma não enzimática a açúcares como a glicose, formando uma Base de Schiff. Esta ligação é instável. Após uma série de reações, haverá a formação de um produto estável, denominado de hemoglobina glicada. Praticamente todas as proteínas podem sofrer glica­ção, sendo que a albumina glicada é considerada um melhor marcador de controle glicêmico que a A1C, pois não é afetada pela alteração no tempo de sobrevida das hemá­cias, hemoglobinopatias e outras alterações eritrocitárias. Contudo, os valores de referência para albumina glicada ainda não foram bem estabelecidos e seu resultado pode sofrer interferência de condições que alterem as concentrações de proteínas plasmáticas. Com isso, a utilização da hemoglobina glicada ainda é mais indicada para avaliar o controle glicêmico em longo prazo, por conveniência e por demonstrar melhor o risco de desenvolvimento das complicações crônicas do diabetes. (8,19) O valor de A1C depende da concentração de glicose plasmática, do tempo de vida do eritrócito e da variabilidade biológica da A1C. A hemoglobina glicada é resultado da glicação da hemoglobina presente em todas as hemácias circulantes no organismo, desde a mais velha, com cerca de 120 dias até aquela recém-liberada na corrente sanguínea. A glicemia recente, dos últimos trinta dias anteriores à dosagem é a que mais influencia na formação da A1C, contribuindo com 50% do seu valor. Outros 25% da A1C serão formados no segundo mês anterior ao exame, e os 25% remanescentes no terceiro e quarto mês. (20,21) Já que a GME se baseia na A1C, também refletirá o estado glicêmico de longo prazo. No presente estudo, a média da GME do grupo DM, 202,8 mg/dL, mostrou-se estatisticamente diferente da média da glicemia em jejum, 159,8 mg/dL (p<0,001, Teste t). Um estudo realizado na Turquia com pacientes diabéticos mostrou resultados semelhantes aos nossos, onde a comparação entre GME e glicemia em jejum apresentou forte correlação (r = 0,757, p<0,05), mas com médias estatisticamente diferentes (p<0,05, Wilcoxon). (22) Estes resultados podem indicar que os indivíduos do grupo DM seguiram as recomendações médicas em relação à dieta e medicamentos apenas nos dias que antecederam a coleta; no entanto, a longo prazo, tiveram um pior controle glicêmico. Por outro lado, as médias de glicemia em jejum e GME parecem não ser intercambiáveis, já que forneceram resultados discrepantes. Em pacientes onde a GME superestimar a glicemia média, um tratamento intensivo baseado apenas nos valores da GME poderia levar a quadros de hipoglicemia severa. (23) Em contrapartida, a falta de controle das concentrações glicêmicas expõe o paciente aos riscos da hiper­glicemia crônica. As complicações microvasculares, como nefropatia, retinopatia e neuropatia, e macrovasculares, como acidente vascular cerebral e infarto agudo do mio­cárdio, são responsáveis pela alta taxa de morbidade e mortalidade entre diabéticos. (24,25) O risco de mortalidade por doença cardio­vascular é três vezes maior em diabéticos sem outros fatores de risco quando comparados a indivíduos sem diabetes. (26,27) Só em 2000, o Sistema Único de Saúde (SUS) gastou aproximadamente 39 milhões de reais com a hospi­talização de pacientes diabéticos devido às complicações vasculares, que demandam procedimentos altamente complexos. (28) Embora não deva substituir a glicemia em jejum e A1C na avaliação do controle glicêmico, sugere-se que a GME seja calculada e reportada paralelamente aos valores de A1C e glicemia de jejum como forma de evidenciar ao paciente com DM a necessidade de atingir as metas terapêuticas sugeridas pelo médico. Para superar as limitações da GME, o ideal seria verificar o controle glicêmico do paciente de forma individualizada usando, quando possível, o monitoramento contínuo da glicemia. CONCLUSÕES A glicemia média estimada mostrou boa correlação com as médias de glicemia em jejum de pacientes diabéticos. Entretanto, os valores de GME e glicemia em jejum podem diferir bastante, já que a GME se baseia na A1C, marcador de controle glicêmico de longo prazo. A correlação se mostra boa em valores de glicemia em jejum superiores a 126 mg/dL, reforçando a premissa de que a fórmula para estimar GME só se mostra eficaz em pacientes com glicemia alterada. Neste estudo, a GME foi superior às médias de glicemia em jejum em pacientes com DM, o que pode ser reflexo da falta de controle glicêmico de longo prazo, ou pela característica que a fórmula tem de superestimar os valores de glicemia. Estudos com um maior número de amostras devem ser conduzidos para esclarecer estes dados. Abstract The routine procedures for assessment of glycemic control in individuals with diabetes mellitus (DM) is the fasting glucose, which reflects the glucose concentration at the moment, and glycated hemoglobin (A1C), which shows glycemic status over the past four months. It has been recommended the estimated average glucose (GME) to assess glycemic control, by using the equation GME (mg/dL) = 28.7 x A1C – 46.7. The GME is easier to be interpreted by the diabetic, facilitating the understanding of their glycemic status. This study evaluated the relationship between the GME and fasting glucose of diabetic patients and controls. We studied 49 diabetic (DM group), three blood samples each, at intervals of 120 days between collections, and 30 healthy individuals (control group). The average of the determinations of fasting glucose and A1C of the DM group were used for analysis. The mean values of fasting plasma glucose (mg/dL), A1C (%) and GME (mg/dL) for DM and control groups were respectively: 163.55, 183.83 and 8.38 and 71.0, 5.14 and 100.91. The formula does not bring benefits to non-diabetic subjects since overestimates glycemia. The results of fasting glucose and GME of the DM group were different (P <0.001, Wilcoxon), with correlation (r) of 0.83 (p <0.001). Therefore, GME has good correlation with fasting glucose, but their values may differ because of GME reflect the HbA1C, a long-term glycemic marker.

  • Keywords
  • Diabetes; Glycemic average; Estimated average glucose; Glycated hemoglobin
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  1. Correspondência
  2. Mauren Isfer Anghebem
  3. Faculdade de Farmácia, Universidade Federal do Paraná – UFPR
  4. Curitiba-PR, Brasil

: Correlação entre valores de glicemia média estimada e glicemia em jejum – Revista RBAC

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