Confira a entrevista completa:

Danilo Lavieri: Como está o seu momento no México? Já se adaptou 100%?
Paulo Victor:
Estou vivendo uma experiência fantástica, era o que eu vinha buscando para a minha carreira como desafio, somar uma experiência em altíssimo nível. Estou em um clube gigante aqui no México e é como se começasse uma vida do zero ao mudar de país. Tem que construir a sua trajetória, não somente profissional, mas pessoal e familiar. Isso dá uma casca, uma bagagem, para os próximos desafios da profissão.

O futebol mexicano tem muito dinheiro, faz grandes contratações, mas é subestimado pelo público brasileiro de uma forma geral, você não acha?
PV:
É surpreendente. Eu vinha acompanhando um pouco antes com o André aqui já e me chamou a atenção pela forma sobretudo como as grandes equipes jogavam. Elas têm um futebol propositivo e um nível técnico dos jogadores muito interessante. As principais equipes têm investido muito e é interessante para os jogadores. A Liga cresceu muito e tem sido muito enriquecedor. É um jogo muito mais solto, mais aberto, mais ofensivo.

Por aí, vocês sentem mais estabilidade do que aqui no cargo de técnico no Brasil?
PV:
É um mercado que tem mais estabilidade, mas não com tanta margem. É uma cultura que busca estar tendo sempre o protagonista. A imprensa aqui é exigente, com programas esportivos 24 horas, em quatro, cinco canais de televisão.

Por que você largou um time que você era referência para ser auxiliar no México?
PV:
Sempre fui um cara muito tranquilo e pé no chão. Me preocupo em escolher bem os próximos passos. Muitas vezes é possível, você precisa aceitar algumas situações. Eu tive a possibilidade de ir para o profissional em outros times, tive alguns convites, mas optei por passar por essa função que estou hoje. Ela vai me preparar para ser melhor treinador lá na frente. Eu tenho 35 anos, já vivi bastante coisa legal. Quero não ser mais um, quero marcar diferença.

Você viveu de perto a transformação do Palmeiras ao ser técnico do sub-15 em 2015 e depois sair da seleção para voltar no sub-20 em 2021. Qual o segredo dessa reestruturação?
PV:
É uma transformação de mentalidade. Eu tenho duas passagens, de 2015 a 2017 e 2021 até junho de 2023 como você falou. E eu acompanhei muito bem essa evolução. O João Paulo Sampaio chega em 2015 e a transformação de mentalidade é notável. O nível de exigência passou a ser muito grande em todos aspectos: preparadores físicos, os treinos técnicos, a estrutura, a exigência na captação de atletas? Mas o preparo físico e a rede captação de jogadores tomam conta da base. E lá se tem uma fome muito grande por ser melhor a cada dia. O Palmeiras passa muito por isso.

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Formado em Educação Física, apaixonado por tecnologia, decidi criar o site news space em 2022 para divulgar meu trabalho, tenho como objetivo fornecer informações relevantes e descomplicadas sobre diversos assuntos, incluindo jogos, tecnologia, esportes, educação e muito mais.