Como escritor de relacionamentos e fundador do Hack Spirit, já ouvi o velho ditado “seja você mesmo e encontrará o amor” inúmeras vezes. Eu mesmo preguei isso, citando meu conhecimento em atenção plena e filosofia oriental. Mas depois de anos de observação e experiências pessoais, comecei a questionar este conselho aparentemente infalível.
Em primeiro lugar, vamos analisar esta orientação bem-intencionada. Essencialmente, promove a autenticidade como a chave para conquistar corações. Mas e se o seu eu autêntico ainda for um trabalho em andamento? E se suas peculiaridades de personalidade não agradarem exatamente ao público?
Intrigado com essas dúvidas, decidi embarcar em uma jornada para desafiar a própria premissa deste conselho. Pesquisei, conversei com especialistas em relacionamento e até conduzi meu próprio experimento social.
Agora, antes de nos aprofundarmos em minhas descobertas, lembre-se de que o amor é multifacetado. O que funciona para uma pessoa pode não funcionar para outra. No entanto, esta exploração fornece uma nova perspectiva sobre como encontrar o amor. Não se trata de desmascarar a importância de ser você mesmo, mas sim de compreender que a equação envolve mais coisas.
Então vamos começar. O que descobri na minha busca para entender se “ser você mesmo” é realmente a fórmula mágica do amor? Existe uma abordagem melhor ou talvez algum outro ingrediente secreto que está faltando? Leia mais para descobrir…
Minha jornada ao coração da autêntica busca pelo amor
Antes de mergulharmos nos detalhes do meu experimento, deixe-me destacar algo. Se você acha que se trata de fingir ser outra pessoa para atrair o amor, está longe disso. Na verdade, trata-se de compreender e abraçar a complexidade multifacetada do nosso verdadeiro eu.
Para começar, comecei conduzindo uma autoavaliação profunda. Dei uma boa olhada em meus traços de personalidade, tanto cativantes quanto não tão cativantes. Examinando meus pontos fortes, fracos, peculiaridades e tudo mais.
Em seguida, veio o experimento social. Decidi adotar duas abordagens contrastantes para interações sociais e encontros:
- Abordagem Um: Seguindo a sabedoria convencional, eu era inteiramente eu mesmo, sem filtros e sem controle.
- Abordagem Dois: Apresentei uma versão mais refinada de mim mesmo, onde estava consciente de minhas ações e me esforçava conscientemente para ser a melhor versão de mim mesmo.
Este experimento não consistia em fingir ou ser falso. Em vez disso, tratava-se de reconhecer que todos temos espaço para melhorias e crescimento. Tratava-se de aparecer como a melhor versão de nós mesmos – não apenas para os outros, mas também para nossa auto-satisfação.
Agora que você sabe como embarquei nessa jornada e o que ela envolveu, vamos nos aprofundar no que descobri. Continue lendo enquanto revelo os resultados e insights surpreendentes dessa exploração.
Revelando os resultados surpreendentes
Embarcar nesta jornada foi, no mínimo, esclarecedor. Os resultados não foram nada do que eu havia previsto inicialmente.
Na primeira abordagem, onde eu era inteiramente eu mesmo, as respostas foram mistas. Alguns apreciaram minha franqueza, enquanto outros ficaram desanimados com certas características ou peculiaridades. Houve momentos de constrangimento, mal-entendido e até desconexão.
Porém, com a segunda abordagem, onde apresentei uma versão mais refinada de mim mesmo, as coisas tomaram um rumo surpreendente. Isso não significava que eu estava sendo inautêntico ou fingindo ser alguém que não era. Em vez disso, tratava-se de tomar decisões conscientemente que refletissem os melhores aspectos da minha personalidade.
A resposta? Foi extremamente positivo. As pessoas se sentiam mais atraídas por mim. As conversas fluíram com mais facilidade e as conexões pareciam mais profundas e significativas. Parecia que esse esforço consciente para crescer e ser melhor não era apenas apreciado, mas também atraente.
O interessante é que isso não afetou apenas meus relacionamentos românticos. Isso se refletiu em minhas amizades e relacionamentos profissionais também. Me senti mais confiante, mais feliz comigo mesmo e os resultados ficaram evidentes na qualidade das minhas interações.
Agora, você deve estar se perguntando por que esses resultados me pareceram tão surpreendentes. Isso porque entrei neste experimento com um conjunto diferente de expectativas. Deixe-me compartilhar o que eram …
Desafiando minhas expectativas iniciais
Quando embarquei nesta jornada, minhas expectativas estavam firmemente enraizadas no conselho popular que todos ouvimos: “seja você mesmo e encontrará o amor”. Eu ingenuamente acreditei que ser inteiramente eu mesmo, com peculiaridades e tudo, seria a coisa mais atraente para parceiros em potencial.
Previ que as pessoas apreciariam a autenticidade crua e se sentiriam atraídas por ela. Afinal, aprendemos que existe alguém por aí que vai nos amar, com defeitos e tudo. Então, eu esperava que meu eu não filtrado fosse suficiente para estabelecer conexões reais.
Mas meu experimento provou o contrário. Não que ser eu mesmo fosse pouco atraente ou errado. Acontece que ser a melhor versão de mim mesmo era mais atraente. O esforço consciente para crescer e melhorar repercutiu nas pessoas em um nível mais profundo.
Isso me fez perceber como o conselho “seja você mesmo” é apenas metade da história. Não se trata apenas de ser você mesmo, trata-se de ser o que você tem de melhor – um eu que está continuamente crescendo, aprendendo e melhorando.
Agora, vamos nos aprofundar na conclusão mais significativa desse experimento. Esta revelação mudou não apenas a forma como abordo o amor, mas também a forma como vejo o crescimento pessoal. Vamos explorar isso mais a fundo…
Aplicando as lições aprendidas
Então, o que tudo isso significa para você, leitor? Como você pode aplicar esta lição de autenticidade e crescimento pessoal à sua própria jornada de amor?
Primeiramente, entenda que ser você mesmo é de fato essencial. Autenticidade é a chave. No entanto, não se trata de apresentar uma versão estática e imutável de você. Trata-se de apresentar uma versão sua que está comprometida com o crescimento, aberta a melhorias e pronta para aprender.
Não se intimide com suas peculiaridades ou características únicas – elas fazem de você quem você é. Mas, ao mesmo tempo, não se torne complacente. Identifique áreas onde você pode crescer ou melhorar. Quer seja tornar-se mais paciente, mais gentil, ter a mente mais aberta ou melhorar a comunicação – todos estes são aspectos que não só o tornam mais atraente como parceiro, mas também contribuem para a sua felicidade e satisfação pessoal.
Lembre-se de que se esforçar para dar o melhor de si não significa impressionar os outros ou conseguir um parceiro. É uma questão de crescimento pessoal. É sobre se tornar alguém de quem você se orgulha. E acredite em mim, quando você estiver genuinamente orgulhoso da pessoa que está se tornando, os outros também perceberão.
Portanto, não tenha medo de crescer e evoluir sendo você mesmo. Afinal, estamos todos em obras. Abrace essa jornada. Só então você estará realmente pronto para o amor que complementa o seu crescimento e evolução.
Abraçando a jornada e o panorama geral
Então, qual é a conclusão mais ampla de tudo isso? É mais do que apenas encontrar o amor ou dar o melhor de si. Trata-se de adotar uma abordagem holística da vida, onde o autoaperfeiçoamento, a atenção plena e a inteligência emocional ocupam o centro do palco.
Deixe-me resumir:
- Abrace a atenção plena: ao estar presente e consciente em suas ações, você pode escolher conscientemente ser uma versão melhor de si mesmo.
- Priorize o autoaperfeiçoamento: esforce-se pelo crescimento pessoal. Lembre-se, não se trata de mudar quem você é, mas de melhorar quem você é.
- Desenvolva Inteligência Emocional: Entenda e regule suas emoções. Isso não apenas o tornará mais atraente, mas também o ajudará a construir relacionamentos mais saudáveis.
Essa jornada me ensinou que dar o melhor de si não é um destino, mas um processo contínuo. Trata-se de evoluir, aprender e crescer continuamente.
Em meu livro, “Segredos Ocultos do Budismo: Como Viver com Impacto Máximo e Ego Mínimo”, aprofundo-me em como os princípios budistas podem nos guiar nesta jornada de autoaperfeiçoamento e atenção plena. Confira aqui.
Lembre-se de que a vida não é estática e nós também não. Então abrace esse dinamismo. Esteja aberto ao crescimento e ao aprimoramento, mantendo-se fiel a si mesmo. E acredite em mim, o amor não apenas chegará até você, mas você também encontrará um sentimento mais profundo de realização e felicidade dentro de si.
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