Mudança constitucional da Coreia do Norte: Coreia do Sul declarada ‘nação inimiga número um’
Numa mudança dramática emblemática da escalada das tensões na Península Coreana, a Coreia do Norte revelou planos para redefinir a sua relação constitucional com a Coreia do Sul, proclamando esta última como a sua “nação inimiga número um”. De acordo com o anúncio feito pela mídia estatal norte-coreana na terça-feira, o regime pretende impor esta postura adversária através da educação constitucional, um movimento que lança uma longa sombra sobre quaisquer futuros esforços de reconciliação entre as duas nações.
Emenda à Hostilidade Âncora
O líder norte-coreano, Kim Jong Un, liderou o apelo a esta alteração constitucional, sinalizando um afastamento das políticas anteriores. As alterações propostas não só isolariam a Coreia do Sul como um Estado separado, mas também a consagrariam como o principal inimigo da Coreia do Norte dentro da Constituição. Isto representa uma mudança marcante na abordagem do reino eremita em relação ao seu vizinho do sul.
Impacto na infraestrutura intercoreana
Talvez igualmente preocupante seja a intenção da Coreia do Norte de desmantelar infra-estruturas transfronteiriças, incluindo uma importante linha ferroviária, como parte desta transformação. Esta manifestação física da mudança constitucional sublinha a severidade da posição de Pyongyang e as suas potenciais implicações na dinâmica da Península Coreana.
Afastando-se da reconciliação
Estes desenvolvimentos ocorrem num contexto de tensões acrescidas e marcam um desvio acentuado em relação a décadas de políticas destinadas a promover alguma forma de unidade entre as duas Coreias. A declaração de Kim de que a unificação já não é viável é uma inversão chocante, um mau presságio para as perspectivas de paz numa região já repleta de complexidade e volatilidade.
No contexto mais amplo da Guerra da Coreia, esta mudança constitucional é significativa. Apesar do Acordo de Armistício Coreano de 1953, a Coreia do Norte e a Coreia do Sul permanecem tecnicamente em guerra, uma vez que o acordo trouxe um cessar-fogo, não um tratado de paz. A última medida do Norte é um lembrete claro da relação delicada e muitas vezes tensa entre as duas Coreias.