Shashi Tharoor fala sobre a controvérsia da consagração do Templo Ram
À medida que se aproxima a cerimónia de consagração do Templo Ram em Ayodhya, ondas políticas agitam-se por toda a Índia. No meio da turbulência, Shashi Tharoor, um alto líder do Congresso e membro do Parlamento, articula a sua posição sobre a controvérsia em torno do convite do evento aos líderes da oposição. Agendado para 22 de Janeiro, o evento carrega tanto significado religioso como conotações políticas, suscitando um caldeirão de dilemas para muitos líderes.
Presença: uma escolha pessoal
Tharoor, conhecido pelos seus discursos eloquentes e abordagem diplomática, enfatizou que a participação no evento deveria ser uma escolha pessoal e não uma declaração política. Ele argumentou contra a tendência de rotular os líderes como ‘anti-hindus’ por escolherem não comparecer ou endossar o Partido Bharatiya Janata (BJP) caso compareçam. “A participação em um evento religioso não deve ser politizada”, afirmou ele, expressando preocupação com as tentativas da mídia de criar um dilema para os líderes do Congresso em relação à sua decisão de participar do evento.
Um local de adoração, não um palco político
O próprio Tharoor, apesar de ser uma figura proeminente no cenário político, não recebeu convite para a consagração. Ele expressou a sua opinião de que um templo não é um palco político, mas um local de culto, traçando uma linha entre comparecer à oração e participar num evento politicamente carregado. “Um templo é um local de adoração, não uma plataforma para manifestações políticas”, ele afirmou. Vários líderes, incluindo Sitaram Yechury, Mamata Banerjee e a facção Uddhav Thackeray do Shiv Sena, recusaram o convite, expressando preocupações semelhantes sobre serem atraídos para a narrativa política do BJP.
Dia da Consagração: Um Grande Caso
O evento marcado para 22 de janeiro promete ser um grande acontecimento. Contará com a instalação do ídolo de Ram Lalla no templo, com o primeiro-ministro Narendra Modi presidindo a cerimônia. Estima-se que 4.000 santos sejam esperados no evento. A confiança do templo planejou colocar o ídolo no sanctum sanctorum durante um período auspicioso específico, com o sacerdote védico Lakshmi Kant Dixit liderando os rituais principais.
À medida que o dia da consagração se aproxima, os líderes políticos enfrentam uma decisão – comparecer ou não. As palavras de Shashi Tharoor soam bem alto, lembrando a todos que a decisão deve ser pessoal, não política. O cenário está montado e todos os olhares estão agora voltados para os líderes e para as suas escolhas nos dias que virão.