Coreia do Sul desenvolverá drones de espionagem em meio a tensões crescentes
Num movimento sem precedentes que visa reforçar as suas capacidades de defesa, a Coreia do Sul anunciou planos para desenvolver drones de espionagem de última geração concebidos para serem implantados a partir dos seus navios de guerra. Esta iniciativa surge no meio da escalada das tensões militares ao longo da Linha Limite Norte (NLL), uma controversa demarcação marítima no Mar Amarelo, disputada entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul. O anúncio do projecto enquadra-se numa declaração recente do líder norte-coreano Kim Jong Un, que declarou a NLL uma fronteira “ilícita” no início deste mês.
Melhorando as capacidades de vigilância
A Administração do Programa de Aquisição de Defesa (DAPA) da Coreia do Sul, num acordo no valor de 143,3 mil milhões de won (107,1 milhões de dólares), fez parceria com a empresa de defesa Hanwha Systems. A parceria visa desenvolver e implantar aeronaves de reconhecimento não tripuladas até 2028. Esses drones, equipados com sensores ótico-eletrônicos, sensor infravermelho e sistema de radar, têm como objetivo expandir as patrulhas de fronteira e detectar sinais de provocação da vizinha Coreia do Norte.
Respondendo às ameaças norte-coreanas
O desenvolvimento destes drones faz parte da resposta estratégica mais ampla da Coreia do Sul aos atuais desafios de segurança colocados pelo seu vizinho do norte. A Coreia do Norte disparou recentemente centenas de tiros de artilharia perto da fronteira, resultando no aumento da capacidade de vigilância da Coreia do Sul. A implantação destes drones deverá fornecer à Coreia do Sul um mecanismo de vigilância mais robusto, permitindo-lhe monitorizar de perto as actividades norte-coreanas e fortalecer a sua postura de defesa marítima.
Um movimento estratégico de defesa
Esta iniciativa da Coreia do Sul é indicativa da sua abordagem proactiva para salvaguardar as suas fronteiras e manter a paz ao longo da volátil NLL. Espera-se que o desenvolvimento destes drones melhore significativamente a capacidade da Coreia do Sul de monitorizar e responder a potenciais ameaças da Coreia do Norte, desempenhando assim um papel fundamental na estratégia de defesa do país.