Legisladores do Reino Unido se reúnem para abordar o escândalo Post Office Horizon
Na sequência do escândalo Post Office Horizon, um dos erros judiciais mais significativos da história recente do Reino Unido, os legisladores reuniram-se em 16 de janeiro de 2024 para questionar os principais intervenientes envolvidos e discutir o caminho para a retificação. O escândalo gira em torno de um sistema informático defeituoso, o Horizon, que levou à condenação injusta de vários sub-postmasters sob a acusação de roubo e fraude.
Grelhando as partes interessadas
Em julgamento estava a credibilidade dos chefes dos Correios, executivos da Fujitsu e ex-sub-agentes dos correios implicados pelo defeituoso sistema Horizon. Os deputados fizeram perguntas a Nick Read, CEO dos Correios, e a Paul Patterson, CEO para a Europa da Fujitsu, a empresa de tecnologia que desenvolveu o controverso sistema. O ministro do governo responsável pelos Correios, Kevin Hollinrake, e Alan Bates, um ex-sub-agente dos correios que lutou com sucesso contra uma reclamação contra os Correios, também estiveram presentes.
Desvendando a injustiça
A investigação centrou-se na compreensão do que a Fujitsu e os Correios sabiam sobre os problemas do sistema Horizon e quando. Além da busca pela verdade, a sessão também se concentrou na potencial compensação para as vítimas. O escândalo resultou num clamor público, com apelos a uma compensação completa, justa e rápida para os sub-agentes dos correios injustiçados. O governo está planejando reservar 1 bilhão de libras para esse fim.
Legislação e Compensação
O Ministério da Justiça anunciou que uma nova legislação primária será apresentada nas próximas semanas para anular as condenações criminais e permitir que as vítimas do escândalo Post Office Horizon tenham acesso a indemnizações. A legislação anularia as condenações e concederia aos inocentados pelo menos 600.000 libras. No entanto, isto levanta o risco de que alguns funcionários dos correios que cometeram fraude ou roubo possam acabar por ser exonerados e receberem indemnizações. À medida que o inquérito prossegue, estas questões permanecem no topo da agenda de Westminster.