Como você pesa um dos maiores objetos de todo o universo? Com muito cuidado, de acordo com novas pesquisas.
A teia cósmica é o maior padrão encontrado na natureza. É feito de galáxias da mesma forma que seu corpo é feito de células… se suas células fossem um milhão de vezes menores do que elas. É verdadeiramente gigantesco, com as suas partes individuais estendendo-se por milhões de anos-luz de cada vez.
Os intrincados filamentos da teia cósmica são feitos de centenas de milhares de galáxias que se estendem por centenas de milhares de anos-luz entre os aglomerados. São como superestradas, conectando um cluster a outro.
Os cosmólogos não estão interessados apenas na teia cósmica porque ela é bonita. Ele também codifica informações vitais sobre o universo. Tem crescido há mais de 13 mil milhões de anos e as suas propriedades estão intimamente ligadas à natureza da matéria escura e da energia escura. Se você alterar a quantidade de matéria escura existente no universo ou variar a força da energia escura, poderá acabar com padrões de teia cósmica radicalmente diferentes.
No entanto, a maior parte dessa informação sobre a matéria escura e a energia escura é muito difícil de extrair. Isso ocorre porque a própria teia cósmica é uma estrutura muito complexa. Quando se trata dos filamentos, sua largura, comprimento e densidade respondem à natureza da matéria escura e da energia escura. Mas temos muita dificuldade em medir essas propriedades porque a maioria dos filamentos é feita de matéria escura invisível.
Usando um conjunto de simulações que acompanharam a evolução das galáxias e da matéria escura, uma equipe de pesquisadores desenvolveu uma técnica para pesar esses filamentos gigantes.
A técnica baseia-se na relação entre a quantidade de matéria escura e o movimento das galáxias dentro do filamento. Todas as galáxias estão se movendo, e algumas delas estão se movendo em nossa direção e outras estão se afastando. Os investigadores descobriram que havia uma relação estreita entre a propagação destas velocidades e a quantidade de matéria escura naquela secção do filamento. Em outras palavras, quanto maior a velocidade média das galáxias, maior será a massa contida na matéria escura invisível.
Isso significa que podemos potencialmente mapear os filamentos, medindo as velocidades de propagação da Galáxia ao longo do comprimento desses filamentos, e mapear o resultado na massa do filamento subjacente.
Este é apenas o começo da nova abordagem. O próximo passo é conectar a massa do filamento às propriedades da matéria escura e da energia escura e então ver se podemos sair pelo universo e aprender algo novo.