
CAPÍTULO SEXTO – Das árvores agrestes do Brasil Há, no Brasil, grandíssimas matas de árvores agrestes, cedros, carvalhos, vinháticos, angelins, e outras não conhecidas em Espanha, de madeiras fortíssimas para se poderem fazer delas fortíssimos galões e, o que mais é, que da casca de algumas se tira a estopa para se calafetarem e fazerem cordas para enxárcia e amarras, do que tudo se aproveitam os que querem cá fazer navios, e se pudera aproveitar el-Rei se cá os mandara fazer.
Mas os índios, naturais da terra, as embarcações de que usam são canoas de um só pau, que lavram o fogo e o ferro; e há paus tão grandes que ficam depois de cavadas com dez palmos de boca de bordo a bordo, e tão compridas, que remam a vinte remos por banda. (…) SALVADOR, Frei Vicente de. História da custódia do Brasil.
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CAPÍTULO SEXTO – Das árvores agrestes do Brasil
O Brasil é conhecido mundialmente por sua exuberante biodiversidade, e uma das manifestações mais impressionantes dessa riqueza natural encontra-se nas grandíssimas matas de árvores agrestes presentes no país. Descritas pelo frei Vicente de Salvador em sua obra “História da custódia do Brasil”, essas matas abrigam uma variedade surpreendente de espécies, como cedros, carvalhos, vinháticos, angelins e muitas outras que eram desconhecidas na Espanha. No presente artigo, exploraremos a importância e a diversidade dessas árvores, suas utilidades na confecção de materiais e o contraste entre as embarcações indígenas e as necessidades da colonização.
A diversidade madeireira do Brasil: um tesouro escondido
As matas brasileiras são verdadeiros tesouros quando se trata da diversidade de madeiras disponíveis. A descrição de Frei Vicente de Salvador ressalta a presença de espécies como cedros, carvalhos, vinháticos e angelins, cujas madeiras são fortíssimas e altamente valorizadas. Essas árvores oferecem uma vasta gama de possibilidades para a produção de diferentes materiais, desde fortíssimos galões até cordas utilizadas na enxárcia e amarras das embarcações.
A utilização das cascas das árvores agrestes: versatilidade e aproveitamento
Além da madeira em si, um detalhe fascinante destacado pelo autor é a utilidade das cascas de algumas dessas árvores. Através de um processo de extração, é possível obter estopa, que é utilizada para calafetar as embarcações e também para a confecção de cordas. Essa versatilidade torna as árvores agrestes ainda mais valiosas, uma vez que seu aproveitamento é completo, desde a madeira até a casca.
A importância das árvores agrestes na construção naval
Os relatos de Frei Vicente de Salvador mencionam o aproveitamento das árvores agrestes por aqueles que desejam construir navios no Brasil. A qualidade e a resistência das madeiras encontradas nessas matas são essenciais para a fabricação de embarcações robustas e duráveis. Considerando o contexto histórico, é possível entender a relevância dessas árvores para a colonização, uma vez que a construção naval era um aspecto fundamental para a expansão marítima e o estabelecimento de rotas comerciais.
O contraste entre as embarcações indígenas e as necessidades coloniais
Apesar da abundância de madeiras agrestes propícias para a construção naval, Frei Vicente de Salvador também destaca um contraste curioso. Enquanto os colonizadores buscavam aproveitar as árvores para a fabricação de navios, os povos indígenas, que já possuíam um profundo conhecimento do ambiente natural brasileiro, utilizavam canoas feitas de um único pau. Essas canoas eram habilmente trabalhadas, utilizando fogo e ferro, e podiam
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