A 12ª edição dos Tambores Ancestrais na Noite Escura, projeto coordenado pelo artista cearense Pingo de Fortaleza, varreu a Praça João Gentil (Praça da Gentilândia, para os mais chegados) na noite da segunda-feira de Carnaval.
O bairro do Benfica se transformou, momentaneamente, em um terreiro de religiões afro, com deuses e orixás dançando no palco ao som dos instrumentos da Orquestra Solar de Tambores.
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Carnaval 2024: “aqui não tem ‘Macetando’, nem Apocalipse”
Cantor, compositor e produtor, Pingo de Fortaleza terminou a apresentação de 90 minutos com a alma em estado elevado. “Aqui não tem ‘Macetando’, nem Apocalipse”, bradou para a plateia.
Ao deixar o palco, ele falou ao O POVO sobre a apresentação.
“É emocionante, ainda que aqui a apresentação seja, por assim dizer, mais institucional. Lá na sede do Maracatu Solar, a energia extravasa mesmo. Mas é de arrepiar, mesmo assim”, diz, passando o dedo no próprio braço.
“É importante mostrar ao público um pouco da religião que está no berço da nação, e questionar os últimos episódios de intolerância religiosa, infelizmente tão comuns”, reflete.
Na terça-feira, 13, os tambores voltam a ecoar no Benfica, no fim da tarde, ocasião em que um cortejo percorrerá as ruas do entorno da praça da Gentilândia.